8 razões que explicam por que você está sempre com fome
Desidratação, noites mal dormidas e até o estresse corriqueiro podem justificar a necessidade constante de comer
Daniela Barbosa
Publicado em 26 de agosto de 2015 às 16h29.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h34.
São Paulo – Funciona assim: você acaba almoçar e minutos depois a fome aparece. Antes de dormir, mesmo jantando, sempre tem a necessidade de beliscar alguma coisa. Calma, você não é o único no mundo a estar com a sensação de fome constante e essa necessidade absurda de comer pode ter relação com o seu estilo de vida. Segundo a médica Viviane Christina de Oliveira, endocrinologista da Endoquali, cada pessoa possui um organismo diferente, por isso é importante, antes de tudo, identificar os fatores influenciadores na fome a fim de controlá-la A especialista listou as razões que podem influenciar na fome das pessoas. Uma noite mal dormida, o estresse do dia a dia e um corpo desidratado são algumas das justificativas da vontade constante de precisar comer. “Se a pessoa se alimentou adequadamente, mastigou bem os alimentos, ou seja, não devorou a comida, não há motivos para ela ainda assim ter uma fome incontrolável. Se isto acontecer, há algum erro que precisa ser acertado”, afirma Viviane. A médica ainda explica que alguns alimentos podem dar ainda mais fome, principalmente os ricos em carboidratos simples, como o açúcar e a farinha branca. “Eles fazem com que a glicose no sangue aumente rapidamente e, consequentemente, a insulina, que por sua vez reduz o nível de açúcar no sangue e aumenta a fome”. Veja nas imagens 8 razões que explicam por que você está sempre com fome listadas pela endocrinologista:
Segundo a endocrinologista, a desidratação leve é muitas vezes interpretada como a sensação de fome, quando na verdade o seu corpo só precisa de líquidos. “A confusão acontece no hipotálamo, a parte do cérebro que regula tanto apetite quanto a sede. Se você sentir fome e não bebeu muito, tente tomar um copo de água e esperar 15 a 20 minutos para ver se a sua fome desaparece”, explica Viviane.
No momento em que você acorda, após uma noite de sono ruim, dois hormônios relacionados ao apetite já começaram a conspirar contra você. De acordo com a médica, estudos comprovam que alterações no sono podem levar ao aumento dos níveis de grelina - hormônio que estimula o apetite -, bem como a diminuição dos níveis de leptina - hormônio que provoca sensação de saciedade. Os níveis de cortisol também podem aumentar. Viviane afirma que, no caso do cortisol, uma noite mal dormida não fará diferença, mas pode ser um fator que colabora com o ganho de peso se for algo constante. “Depois de uma noite mal dormida, você fica mais propenso a ter fadiga e alterações do humor e apetite. Muitas vezes, regularizando o seu sono, você pode melhorar muito seu nível de energia e controlar melhor a fome, com seus hormônios de volta nos trilhos”, aconselha a médica.
Carboidratos simples, encontrados em doces e alimentos feitos com farinha branca, aumentam o nível de açúcar no sangue muito rapidamente. O problema é que em seguida, esse nível logo diminui, pois o pâncreas percebe e aumenta a produção de insulina. “Essa queda de açúcar no sangue provoca fome intensa por mais carboidratos, e o ciclo continua, uma vez que o cérebro e corpo ficam viciados em carboidratos”, diz Viviane.
Jornada de trabalho exaustiva, problemas pessoais e até os simples aborrecimentos do dia a dia, Viviane explica que o estresse pode aumentar a fome. “Quando a pessoa está muito tensa, ocorre aumento na produção de hormônios do estresse: adrenalina e cortisol. Os níveis elevados desses hormônios enganam o corpo que pensa que está sendo atacado, então a fome aumenta” Segundo a médica, o estresse também reduz os níveis de serotonina do cérebro, e que também pode aumentar sua fome. Repensar a rotina e iniciar atividades para relaxamento são algumas das saídas para diminuir o estresse e consequentemente a fome.
Comer proteína magra e gordura saudável traz mais saciedade. “As proteínas são os macronutrientes essenciais para a construção e reparação do nosso corpo. A ingestão diária recomendada, no entanto, varia de acordo com estado físico e grau de atividade”, explica a médica.
Assim como a proteína, a gordura do bem também está ligada à saciedade. Segundo a médica, quando você fica satisfeito após uma refeição, é mais provável que sinta menos fome na próxima refeição e que saciedade perdure por mais tempo. “Adicione azeite, nozes, e abacate no cardápio. Já está comprovado que esses alimentos melhoram a função cerebral e a memória, além de diminuir risco cardiovascular”, diz Viviane.
Quando você pula uma refeição e seu estômago está vazio por muito tempo, ele aumenta a produção do hormônio grelina, aquele que regula a fome, causando assim aquela sensação de estômago vazio e muita fome. “Como regra geral, tente comer no máximo a cada 4 ou 5 horas. Não precisa ser de 3 em 3 horas, exceto se existe muita fome”.
Quando você come muito rápido, mesmo o estômago estando jeito, o cérebro não consegue identificar a saciedade De acordo com a especialista, quando seu cérebro ainda está no escuro, ele mantém a vontade de comer. Um estudo publicado pelo Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, em 2013, descobriu que comer a um ritmo moderado solicita a liberação de hormônios que indicam seu cérebro "não mais." “Procure comer sua comida devagar, saboreando cada mordida a fim de desfrutar o ritual de uma boa refeição. Espere pelo menos 20 minutos antes de decidir se você realmente precisa de outra porção”.
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