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7 formas inteligentes e sustentáveis de consumir

Sete maneiras de economizar, reduzir o impacto ambiental e dar um destino inteligente aos seus bens usados

Venda fracionada e time sharing (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 17h48.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h34.

O consumo de luxo também pode ser consciente. Hoje já existem maneiras mais econômicas e sustentáveis de usufruir dos benefícios de um imóvel de alto padrão para as férias, de um carro superesportivo, de um iate e até de uma aeronave, bens que tendem mais à desvalorização que o contrário. Uma delas é o time sharing, prática já bem estabelecida no Brasil, em que várias pessoas podem dividir o uso de um desses bens mediante o pagamento de uma mensalidade. Na Four Private Motorinvest, empresa especializada em time sharing de carrões, embarcações e aeronaves, desfrutar de um iate Numarine 78 de 12 milhões de reais sai por uma taxa de adesão de 2,92 milhões de reais, mais uma mensalidade de 28.000 reais. O contrato dura seis anos, e os períodos de uso são previamente agendados. Conceito mais novo no Brasil é a venda fracionada, em que o cotista compra de fato uma fração do veículo ou imóvel, podendo depois vendê-la ou deixá-la aos herdeiros. A Prime Fraction Club é uma empresa especializada na venda de frações de iates, helicópteros, jatos e carros como Ferraris, Maseratis e BMWs. No ramo imobiliário, já existem três empreendimentos de venda fracionada no Brasil, o Aguativa Privilège (Cornélio Procópio, PR), o Quintas Private Residences (Costa do Sauípe, BA) e o Itacaré Paradise (Itacaré, BA). Neste último, uma fração de um doze avos de uma das oito residências custa de 123.800 a 163.000 reais, com uma mensalidade de 577 reais. O dono da fração pode, portanto, usufruir do imóvel durante um mês por ano, dividindo seus custos de manutenção com outros proprietários.
  • 2. Troca de casa e Couchsurfing

    2 /7(Divulgação)

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    Não são só os milionários que dispõem de facilidades na hospedagem quando viajam. Há pelo menos duas maneiras baratas, sustentáveis e culturalmente enriquecedoras fazendo sucesso entre os viajantes e mochileiros de hoje. Em um site como o Trocacasa.com.br, viajantes habituais podem trocar de residência com outros, em qualquer lugar do mundo, durante um certo período. A participação na comunidade tem um custo de 16,25 reais por mês no plano anual e 26,95 por mês no plano mensal. Outra modalidade que vem ganhando cada vez mais adeptos é o Couchsurfing, comunidade virtual por meio da qual mochileiros e aventureiros conseguem um quarto, uma cama ou mesmo um sofá na casa de outros viajantes no local de destino. Após se inscrever gratuitamente no site é possível conseguir vagas no mundo inteiro, ou mesmo oferecer a sua pontinha de sofá, também de graça, a outros "surfistas". Participantes de ambas as comunidades explicam que trocar de casa ou excursionar de sofá em sofá é mais do que uma forma de economizar com hospedagem ao viajar. É um estilo de vida que preza pelo intercâmbio cultural. Afinal, são formas eficientes de viver como um nativo, mesmo que por um breve período.
  • 3. Car sharing

    3 /7(Divulgação/Divulgação)

  • O car sharing ou compartilhamento de carros é uma alternativa ao aluguel de carro tradicional. O cliente paga por dia ou por hora e pode alugar carros esporadicamente, apenas para ocasiões de necessidade, como um trabalho específico, um evento ou mesmo para sair à noite. A primeira empresa brasileira do ramo no Brasil foi a Zazcar ( www.zazcar.com.br ), que atua na cidade de São Paulo. Inspirada na Zipcar, maior empresa de car sharing do mundo, a Zazcar oferece três tipos de planos para quem se inscreve, de acordo com a frequência de utilização. Há preços diferenciados para o cliente que quiser pernoitar com o carro ou alugá-lo durante a madrugada. Os carros disponíveis são Smart, Siena, Punto, Novo Gol, Fox, New Civic, Corolla e Zafira. As reservas podem ser feitas por telefone ou pela internet. No Plano Fácil, para quem vai utilizar o serviço apenas uma vez por mês, o cliente não paga mensalidade. O serviço custa a partir de 21,90 reais a hora, e as diárias, a partir de 199,20 reais, com seguro e combustível inclusos. A partir do 101º quilômetro rodado, cada quilômetro adicional custa 37 centavos. Quem usa o serviço de forma recorrente pode fazer o Plano Flex 15 ou Flex 45. No primeiro, a mensalidade custa 15 reais, e a hora vale a partir de 12,90 reais. No segundo, a mensalidade é de 45 reais e a hora custa 8,90 reais a hora.
  • 4. Sites de trocas

    4 /7(Divulgação)

    A modernidade da internet trouxe de volta uma prática social perdida com o advento do capitalismo. O velho escambo tomou uma roupagem moderna nos sites de trocas que aproximam pessoas interessadas em trocar seus pertences. Em vez de comprá-los e vendê-los em sites como o Mercado Livre, os internautas podem trocar objetos que não queiram mais diretamente pelos produtos desejados, sem desembolsar um tostão. No exterior, sites como o Swap.com já estão bem estabelecidos na prática, mas seu alcance não chega ao Brasil. No ano passado, o adolescente americano Steven Ortiz, de apenas 17 anos, tornou-se conhecido como o “mestre do escambo” após realizar 14 trocas em dois anos, começando com um celular velho até chegar a um Porsche Boxster S. A prática ainda engatinha no Brasil, mas já marca presença em iniciativas como o XCambo, por meio do qual os usuários podem se cadastrar, anunciar e trocar gratuitamente quaisquer itens e avaliar uns aos outros. Quem quiser destaque para seu anúncio no site, poderá pagar pelo espaço. Semelhante ao XCambo, o Troca Jogo permite a permuta de jogos originais de Playstation 3, Wii e Xbox 360, também sem custo algum para os participantes.
  • 5. Bookcrossing

    5 /7(Johannes Kazah/Wikimedia Commons)

    Quem não quer ver os livros empoeirando na estante pode tomar parte em um projeto de Bookcrossing, uma prática de troca de livros bastante peculiar. Nascido nos Estados Unidos, o Bookcrossing já chegou a 130 países, inclusive o Brasil. A ideia é transformar o mundo em uma grande biblioteca, onde os livros, depois de lidos, devem ser passados adiante. Eles podem ser deixados em locais públicos para serem encontrados por outras pessoas, ou trocados gratuitamente por outros livros em pontos fixos de troca. É o caso, por exemplo, dos postos de gasolina Ale, e dos campi da faculdade paulista Anhembi-Morumbi. Não é preciso ser inscrito no projeto para levar para casa um livro encontrado. Mas quem se inscrever poderá colocar no circuito novos livros, escrever resenhas online e informar aos demais "bookcrossers" onde foram deixados seus livros. A inscrição e a interação entre os participantes é feita por meio dos sites dos projetos, como o Bookcrossing.com.br e o Livro para Voar. Neles é possível também imprimir as etiquetas que devem ser coladas aos livros "libertados", para identificá-los como parte de um projeto de Bookcrossing. Tudo isso sem custo algum para os participantes.
  • 6. Aluguel de objetos

    6 /7(Bergdorf Brunette/Creative Commons)

    Nem tudo que as pessoas querem ou precisam usar precisa ser comprado. Coisas que só serão usadas por um curto período de tempo ou cujo custo-benefício não compensa podem ser simplesmente alugadas. E não se trata apenas de vestidos de noiva, decorações para festas, fantasias ou equipamentos para eventos. Hoje em dia já é possível alugar itens como brinquedos e até bolsas e acessórios de grife. Para os pequenos, existem iniciativas como o Clube do Brinquedo, que permite o aluguel de brinquedos para crianças de até seis anos, para a alegria das mamães que não sabem o que fazer com cercadinhos e móbiles que logo ficam obsoletos. Mediante uma mensalidade que varia de 75 a 175 reais, os pais recebem em casa de dois a sete brinquedos por um período mínimo de 30 dias, depois do qual podem ou não trocá-los. A empresa atua apenas na cidade de São Paulo. Existe também o aluguel de "brinquedos" voltados para mamães e outras moças vaidosas. Mulheres apaixonadas por bolsas de grife podem renovar constantemente o visual, ou mesmo alugar os acessórios apenas por um fim de semana, a fim de compor um look mais chique em um evento, por exemplo. A empresa carioca BoBags, que atua em várias cidades, aluga pela internet marcas como Chanel, Louis Vuitton e Hermès. Uma Chanel modelo 2.55, que custa 3.000 dólares, pode ser alugada por 568 reais por mês ou 198 reais em um fim de semana. O mesmo sistema é adotado pela loja paulistana Feel Chic, localizada na Vila Olímpia.
  • 7. Group order

    7 /7(Wikimedia Commons)

    Quem gosta de comprar importados pela internet usando o cartão de crédito internacional sempre teve que se preocupar com o valor do frete e o imposto de importação. Para reduzir os custos de se trazer um importado, uma boa tática é organizar um "group order", ou seja, um pedido em grupo com outras pessoas interessadas em encomendar produtos no mesmo site. Essa prática já é bastante comum entre membros de comunidades virtuais cujos hobbies dependem de importações, como fãs de bandas japonesas ou carros antigos. Basta fazer o pedido em conjunto e dividir o valor do frete. É bem verdade que os impostos pesam bastante na importação, mas devido ao grande volume de mercadorias que entram no país, alguns produtos acabam escapando à taxação. Se apenas alguns dos itens encomendados sofrerem cobrança de imposto, o grupo pode também dividir esse custo. Vale lembrar que livros e revistas são isentos de imposto, e que softwares sofrem cobrança apenas sobre o valor da mídia - CD ou DVD - e não sobre o custo do produto.
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