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5 coisas que aprendi jogando Flappy Bird

Estou longe dos líderes dos rankings, mas joguei o suficiente para aprender essas 5 lições

Flappy (Reprodução)

Flappy (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2014 às 08h47.

Estou bem longe dos líderes dos rankings de Flappy Bird, com seus milhares de pontos. Marquei pouco mais de 100, em alguns dias de jogo. Apesar de minha pontuação não impressionar muito, foi suficiente para aprender essas 5 lições com o joguinho que se tornou febre entre usuários de smartphone:

1 - A prática faz milagres

Assim que baixei e instalei Flappy Bird no celular, minha primeira reação foi: "Não vou conseguir fazer mais de 3 pontos nesse jogo". As primeiras tentativas em guiar o passarinho por entre os canos foram tão desastrosas que parecia difícil qualquer placar maior que esse. Mas, com um pouco de prática, comecei a pegar o ritmo certo de toques na tela, os pontos subiram, e lá estava: os três pontos ficaram rapidamente para trás. Me lembrou da teoria das 10 mil horas, popularizada pelo autor Malcom Gladwell em seu livro Outliers, mas em versão mobile.

2 - Dificuldade vicia

Esse primeiro choque de dificuldade provoca uma vontade imediata de jogar mais, como se o cérebro não aceitasse sua incapacidade de fazer um mero passarinho passar entre dois canos verdes numa tela de smartphone. Como é possível? Nos games, a dificuldade vicia, ainda mais quando associada a um mecanismo simples como o de Flappy Bird, que permite o reinício quase instantâneo da partida. Vale lembrar que um dos maiores clássicos dos games de todos os tempos, Battletoads, também é lembrado até hoje por sua dificuldade extrema -- lembra da fase da moto no túnel? 

3 - Ansiedade nos faz cometer erros

Várias vezes isso aconteceu enquanto eu jogava Flappy Bird: depois de guiar o passarinho por uma série de canos, o momento mais crítico era quando eu me aproximava do recorde anterior. Os números piscando na tela sugavam minha atenção, me desconcentrando na tarefa mais importante, de desviar dos canos. Muitas vezes bati a poucos pontos do recorde, justamente por me desviar do que realmente importava.

4 - O fim não é o mais importante

Quebrei meu recorde anterior e logo em seguida rachei a cabeça do pobre passarinho num dos canos. Ou então, como disse acima, parei pouco antes de alcançar a nova meta. Frustração? Não necessariamente... Flappy Bird mantém a tradição de games como Temple Run em que a viagem é mais interessante do que o destino -- até porque, não há destino. O esforço em se concentrar para manter o ritmo certo dos toques na tela, as finas tiradas dos canos logo depois de fazer o passarinho mergulhar lá do alto são os grandes atrativos do game. Além, é claro, de tentar fazer mais pontos que seus amigos.

5 - A simplicidade é linda

A simplicidade de Flappy Bird impressiona, e é certamente um dos principais motivos para o seu sucesso estrondoso -- o game já fatura 50 mil dólares por dia com publicidade. A facilidade para começar uma partida, a ausência de instruções complicadas e a jogabilidade intuitiva garantem que qualquer um entenda sua dinâmica logo de cara. E qualquer brecha no dia, numa fila ou esperando por um amigo, garante tempo suficiente para pelo menos uma partidinha. Tomara que essa simplicidade inspire muitos outros desenvolvedores de games em suas próprios projetos.

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