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20 curiosidades sobre Charles M. Schulz, criador de Peanuts

Protagonizadas pelo eternamente hesitante Charlie Brown e pelo travesso beagle Snoopy, elas tiveram estreia em 1950, em nove jornais dos Estados Unidos


	Peanuts: Schulz, nascido em Minneapolis, Minnesota, dedicou boa parte de sua vida às historinhas da turma de Snoopy, que foi publicada até o dia da sua morte
 (Reprodução/Peanuts)

Peanuts: Schulz, nascido em Minneapolis, Minnesota, dedicou boa parte de sua vida às historinhas da turma de Snoopy, que foi publicada até o dia da sua morte (Reprodução/Peanuts)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 21h41.

Nesta sexta-feira (2), a tirinha de quadrinhos Peanuts, criada por Charles Monroe Schulz, completam 65 anos.

Protagonizadas pelo eternamente hesitante Charlie Brown e pelo travesso beagle Snoopy, elas tiveram estreia em 1950, em nove jornais dos Estados Unidos, como Washington Post, Boston Globe e New York World-Telegram & Sun.

O enorme sucesso fez os dois personagens se tornarem símbolos da tirinha (conhecida no Brasil como Minduim).

Schulz, nascido em Minneapolis, Minnesota, dedicou boa parte de sua vida às historinhas da turma de Snoopy, que foi publicada até o dia da sua morte.

Na ocasião do aniversário de sua criação, queremos destacar o homem por trás dela.

Reunimos 20 curiosidades que você pode não saber sobre esse grande artista americano. Eis algumas das idiossincrasias de Schulz:

1. Charles M. Schulz, o homem, e Charlie Brown, o personagem, são bastante parecidos

O pai de Schulz era barbeiro, e a mãe, dona de casa, assim como os pais de Charlie Brown. Além disso, como o aluno mais novo da turma na escola Central High School, em Saint Paul, Minnesota, Schulz era notoriamente tímido.

2. O apelido de infância de Schulz foi baseado em uma tirinha

O apelido de Schulz quando ele era criança, Sparky, foi dado a ele por seu tio e é uma referência ao cavalo Spark Plug ("vela de ignição", em português), que aparecia na tirinha Barney Google, de Billy DeBeck.

3. Schulz tinha seu próprio cão incomum, chamado Spike

Quando Schulz era criança, ele enviou um desenho de seu cão, Spike, para o programa de TV Acredite se Quiser (Ripley's Believe It or Not!).

4. Schulz serviu na Segunda Guerra Mundial, mas nunca disparou sua arma

Em 1943, Schulz foi convocado para o Exército dos Estados Unidos, que ele serviu como sargento na 20ª Divisão Blindada, na Europa.

Durante seu período no Exército, ele foi líder de esquadrão em uma equipe que operava uma metralhadora calibre .50.

Mas a unidade não se envolveu em muitos combates, e Schulz explicou mais tarde que, durante a única oportunidade que teve para disparar sua metralhadora, ele havia esquecido de carregá-la.

Seu desenho apareceu no programa de Robert Ripley, descrevendo Spike como um cachorro "normal, que comia alfinetes, tachinhas e lâminas de barbear".

5. Schulz estreou seus dois personagens mais famosos numa tirinha conhecida como Li'l Folks

O nome do personagem mais famoso de Schulz -- Charlie Brown -- apareceu pela primeira vez em uma das primeiras tiras de autoria do criador Peanuts.

Intitulada Li'l Folks , ela foi publicada entre 1947 e 1950. Essa mesma série também contava com um cão parecido com Snoopy.

6. Na verdade, não foi Schulz quem criou o título "Peanuts"

Em 1950, Schulz apresentou a tira Lil’ Folks para a United Feature Syndicate, uma empresa que distribuía conteúdo para jornais de todo o país.

A empresa aceitou distribuir o trabalho de Schulz, mas decidiu que o nome Li'l Folks era parecido demais com os de duas tiras da época: Li'l Abner, de Al Capp, e uma tirinha intitulada Little Folks.

Para evitar confusão, a United Feature Syndicate escolheu o nome Peanuts, uma referência ao programa de TV Howdy Doody.

No fim das contas, não foi Schulz quem batizou seu trabalho mais famoso.

7. E ele odiava o nome

Schulz nunca gostou do título da sua tirinha.

Em uma entrevista de 1987, Schulz disse: "É totalmente ridículo, não tem sentido, é simplesmente confuso e indigno -- e acho que o meu humor tem dignidade".

8. Schulz queria chamar Snoopy de "Sniffy"

Inicialmente Snoopy se chamaria "Sniffy" -- até Schulz descobrir que o nome já havia sido utilizado em uma outra tirinha.

O cartunista mudou o nome do cachorro para "Snoopy" depois de lembrar que sua falecida mãe, Dena Schulz, havia dito à família que, se um terceiro cão fosse adotado, ele deveria se chamar Snoopy, um termo afetuoso em norueguês (a palavra é "Snuppa").

9. E Schulz queria que Snoopy fosse completamente quieto

Schulz originalmente imaginou Snoopy como um personagem silencioso. Foi só em 1952, depois do segundo ano da tira, que Snoopy passou a verbalizar o que pensava aos leitores, por meio de um balão de pensamento.

10. Schulz deu o nome de seus amigos a vários outros personagens de Peanuts

Linus e Shermy, personagens de destaque de Peanuts, foram batizados em homenagem a dois bons amigos de Schulz, Linus Maurer e Sherman Plepler.

11. Parentes também foram fonte de inspiração

A personagem Patty Pimentinha foi inspirada em Patricia Swanson, prima de Schulz por parte de mãe. O sobrenome Pimentinha foi escolhido porque Schulz viu um pacote de balas de hortelã-pimenta (peppermint, em inglês) na casa dela.

12. E ex-namoradas

A Garotinha Ruiva, menina por quem Charlie Brown é apaixonado em Peanuts, foi baseada em uma mulher da vida de Schulz, chamada Donna Mae Johnson.

13. Schulz foi inflexível sobre o especial de TV O Natal do Charlie Brown

Os executivos da rede de TV tinham receio sobre uma cena de O Natal do Charlie Brown em que Linus recitava a história do nascimento de Cristo.

Mas em um documentário sobre o making of do programa, Schulz afirma: "Se nós não contarmos o verdadeiro significado do Natal, quem o fará?"

E assim a cena permaneceu. Schulz também estava determinado a não incluir uma trilha de risadas no desenho animado, argumentando que o público deveria ser capaz de aproveitar o show em seu próprio ritmo, sem precisar de dicas de quando rir.

A rede CBS criou uma versão com a trilha de risadas, mas ela nunca foi ao ar.

Ela era contadora da Art Instruction Inc. e teve um relacionamento com o cartunista, mas quando ele pediu sua mão em casamento, ela recusou.

14. Schulz era louco por hóquei no gelo

Schulz era fanático por hóquei no gelo. Em 1998, ele organizou o primeiro torneio de hóquei Over 75 e, em 2001, o condado de Ramsey rebatizou a Highland Park Ice Arena, em St. Paul, como Charles M. Schulz Highland Arena, em homenagem ao cartunista.

15. Schulz amava o programa espacial americano

Ele também foi um grande defensor do programa espacial, tanto que o módulo de comando da Apollo 10, 1969 foi batizado de Charlie Brown, e um módulo lunar, de Snoopy.

16. Schulz era amigo de Reagan

Fã da tirinha, o ex-presidente americano Ronald Reagan enviou uma mensagem para Schulz dizendo que se identificava com Charlie Brown.

17. Schulz realmente queria Charlie Brown conseguisse chutar a bola de futebol americano

Quando perguntaram a Schulz se Charlie Brown iria finalmente conseguir a chutar a bola de futebol americano na tira final de Peanuts, sua resposta foi:

"Oh, não! Com certeza não! Não poderia deixar Charlie Brown chutar aquela bola, seria um desserviço terrível para com ele depois de quase meio século".

Mas em uma entrevista de dezembro de 1999 Schulz falou sobre o momento em que ele assinou a última tirinha de Peanuts: "De repente, pensei, 'Aquela pobre, pobre criança, ela nunca conseguiu chutar a bola. Que truque sujo -- ela nunca teve a chance de chutar a bola!'"

18. Schulz foi indicado para o Hall da Fama da Patinação Artística

Schulz foi postumamente indicado para o Hall da Fama da Patinação Artística do Estados Unidos, em 2007.

19. Schulz foi publicado em 75 países

Em seu auge, a tirinha Peanuts foi publicada em 75 países, em 21 idiomas diferentes.

20. Schulz criou uma das histórias mais longas já contadas por um ser humano

De acordo com Robert Thompson, da Universidade de Syracuse, Schulz criou "sem dúvida, a história mais longa jamais contada por um ser humano".

No total, Schulz produziu 17.897 tiras, publicadas por 50 anos. E elas são republicadas até hoje.

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