11 comidas de festas juninas que fazem bem à saúde
Ao contrário do que se pensa, as comidas típicas desta época do ano podem ajudar o organismo a funcionar melhor
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2013 às 10h37.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h33.
São Paulo – Assim com nas comemorações de final de ano, muita gente tem medo de se entregar aos quitutes das festas juninas por pensar que elas não fazem bem à saúde . Felizmente, esse pensamento não condiz muito com a verdade. Tanto que a nutricionista Vânia Barberan costuma indicar os alimentos desta época do ano para seus pacientes que buscam uma dieta mais saudável. “De um modo geral, a festa junina é o melhor período do mundo, pois as comidas são muito nutritivas. Se forem feitas de um modo mais perto do tradicional, melhor. O problema são os exageros e mudanças nas receitas”, afirma. Segundo ela, leite condensado, creme de leite e outros ingredientes altamente calóricos são dispensáveis e podem roubar o caráter saudável dos pratos. A seguir, você confere alguns itens típicos dessas festividades para comer sem culpa.
Além de saborosa, uma canjica tradicional pode ser bastante nutritiva. Na receita, há leite, rico em sais minerais, como cálcio, potássio, sódio e magnésio, em vitaminas A, D, B2, B12, triptofano e em ácido fólico, o que ajuda a prevenir doenças, o envelhecimento precoce e dá a sensação de bem-estar. A canela e cravo usados têm também um papel importante para o organismo, já que diminuem o índice glicêmico, ou seja, fazem com que o corpo demore mais tempo para transformar o açúcar em glicose – dificultando o processo de engorda. Mas todo esse efeito pode ser prejudicado com o uso de açúcar em excesso ou de leite condensado, que altera o sabor original e pode ser prejudicial à saúde.
Pesquisas recentes mostraram que essa guloseima não é, necessariamente, inimiga da saúde. Se for preparada sem gordura nem sal em excesso, a pipoca é uma comida que possui altos níveis de antioxidantes, que atuam na prevenção de doenças cardiovasculares, neurológicas, envelhecimento precoce e até do câncer. Outra vantagem é que essa guloseima possui muitas fibras, o que contribui para a saciedade e o funcionamento do intestino, e ácido fólico, bom para tratar problemas cardiovasculares e anemias, além de magnésio e vitaminas B1 e B2.
Seja em forma de pamonha, curau ou cozido, o milho é um item típico bastante saudável. De acordo com Vânia, ele é rico em fibras, betacaroteno (que dá cor alaranjada e é uma fonte de vitamina A), zeaxantina e luteína, dois flavonoides que ajudam a prevenir cegueira noturna e degeneração de mácula ocular. Para consumir essas delícias, a nutricionista recomenda apenas não exagerar na quantidade de sal e de manteiga, que é uma opção mais saudável do que margarina.
Essa leguminosa, consumida torrada, como pé-de-moleque ou paçoca, pode ser bastante saudável, se houver moderação. Isso porque o amendoim é rico em antioxidantes, muito importantes na prevenção de doenças, e tem ação proteica similar à do feijão. Ele também é uma boa fonte de fibras, vitaminas e minerais, que fazem bem ao organismo.
“Perfeito, maravilhoso”. Essa é a definição que a nutricionista Vânia Barberan deu à tapioca. Segundo ela, essa comida típica tem poucas calorias, é rica em fibras hidrossolúveis e pode levar ingredientes que também são saudáveis, como o coco, que tem vitamina E e age como antioxidante, carne seca e queijo coalho, que não possuem muita gordura e não oferecem grandes riscos, se ingeridos com parcimônia.
De acordo com a nutricionista, o caldo de feijão é outro prato que pode ser considerado “perfeito”, ainda mais se preparado com carnes menos gordurosas, como a carne seca, lombo ou músculo. Esta última é a melhor opção, já que o entremeio da carne possui colágeno e não gordura. Além dos itens adicionais, quem come ainda tem os benefícios da leguminosa, como a proteína, o ferro e os antioxidantes.
Os carboidratos da batata se somam ao cálcio, à fibra alimentar, ao potássio, à vitamina C e ao ferro da couve e resultam em uma bela combinação presente no caldo verde. Por isso, esse alimento pode ser uma ajuda no controle da glicemia, do colesterol, no funcionamento dos intestinos e tratamento de anemia.
Típico das festas juninas do sul do país, o pinhão (semente de araucária) é rico em substâncias como ferro, manganês, zinco, fósforo, magnésio, cálcio, vitaminas do complexo B, vitamina C, fibras e proteínas. Tudo isso contribui para a prevenção de várias doenças, como as cardíacas, câncer, diabetes, osteoporose e colesterol elevado. Cada semente tem cerca de 20 calorias, então não é recomendado exagerar na dose para não engordar.
Assim como a canjica, o arroz doce não só é saudável pelas propriedades do seu ingrediente principal, que atua no afastamento de doenças do coração e do sistema digestivo. Essa sobremesa também é uma boa escolha pelos condimentos usados nele: a canela e o cravo, que diminuem o índice glicêmico. A nutricionista recomenda apenas que não se use leite condensado na receita, para deixar o prato mais leve e menos calórico.
Item muito apreciado pelo público fiel das academias, a batata-doce reduz o índice glicêmico, como o cravo e a canela, e dá saciedade. Rica em betacaroteno (que se converte em vitamina A), essa comida neutraliza os radicais livres, por ser antioxidante, prevenindo o envelhecimento, melhorando a saúde dos olhos, unhas e cabelos, e aumentando a imunidade.
Até mesmo essa bebida alcoólica pode fazer bem, de acordo com a nutricionista Vânia. Se não houver exagero na cachaça, os ingredientes que dão o sabor ao líquido são bastante benéficos. Além da canela e do cravo, o quentão também leva gengibre, que é um forte aliado do organismo. Nas noites frias do mês de junho, ele ajuda a esquentar o corpo e ainda ajuda na digestão, de acordo com a especialista. Esse rizoma é também um bom antioxidante, risco em vitamina B6, cobre, magnésio e potássio.