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10 mandamentos para o comprador de arte

Um ABC para você adquirir, admirar e vender na hora certa — agora que o mercado está mais quente do que nunca

Com as dicas, o único risco que pode correr é o de ser acometido pela Síndrome de Stendhal — mal que atinge quem é exposto a muita beleza (Matthew Lloyd/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2012 às 16h33.

São Paulo - À vontade em um ambiente de exposição com calor de feirão, visitantes da SP- Arte trocavam o olhar profundo e a mão no queixo por angústias prosaicas: “Aceita cartão de débito? Faz em dez vezes? Entrega em casa?” Em maio de 2011, a maior feira de arte da América Latina reuniu 88 galeristas nacionais e estrangeiros na Bienal de São Paulo e movimentou mais de 40 milhões de reais — 30% mais que em 2010. Muitos colecionadores de primeiro vernissage deram as caras.

“Todas as galerias fizeram negócios com novos colecionadores. Uma delas vendeu obras para 35 compradores iniciantes”, comemora Alessandra d’Aloia, presidente da Associação Brasileira de Arte Contemporânea. Com o mercado aquecido, sobe também a temperatura de brasileiros no exterior: em fevereiro deste ano, a carioca Adriana Varejão teve sua obra Parede com Incisões à La Fontana II arrematada por 1,2 milhão de euros — maior valor pago pelo trabalho de um artista nacional vivo.

Tanta oferta e procura pode intimidar o colecionador iniciante. Para ajudar você nessa empreitada, ouvimos galeristas, críticos, jornalistas e artistas. Com suas dicas, o único risco que você corre é o de ser acometido pela Síndrome de Stendhal — mal que atinge quem é exposto a muita beleza.

Arte

Afinal, isto aqui é uma obra de arte ou apenas um extintor de incêndio grudado na parede? O ponto número 1 para lucrar com arte, além de ter vontade e algum dinheiro, é investir na própria educação artística. Assim como na bolsa de valores, você pode comprar o que um consultor indicar — mas bom mesmo é aprender como funciona esse mercado. “Não é legal comprar o que você não gosta pensando que aquilo vai se valorizar um dia.Com arte tem de haver identificação, não pode ser só negócio”, diz Alexandre Gabriel, da galeria Fortes Vilaça.


O melhor dos mundos? Encontrar um artista que você aprecie e que também se valorize. Isso requer algum tempo. Isabella Prata, diretora da Escola São Paulo, ensina: “Uma coleção não é um conjunto de obras — tem de ser consciente”. Ou seja, quanto maiores a coesão, a coerência e o significado de uma coleção, melhor.

Bolso

Baixo Ribeiro, da galeria Choque Cultural, avisa que é um risco buscar retorno no curto prazo. “Nem sempre uma obra de arte tem liquidez: não é algo que se possa vender, numa emergência, por um preço justo. Nunca será como um imóvel”, diz. À frente da principal galeria de street art do país, Ribeiro acredita que a valorização da obra de arte é “geracional” — ou seja, demora. Mas, tendo bons olhos, a recompensa vem. Uma foto de Zezão, por exemplo, era vendida a 300 reais em 2005. Hoje, custa 12 mil reais. Outra dica: o colecionador inteligente não compra uma peça — “investe na cena que rodeia o artista”.

Cópia

Como determinar o preço de uma obra que não é única, uma fotografia, por exemplo? Marcella Brandimarti, produtora da galeria Fass, ensina que “a técnica usada na revelação e na fixação da imagem, o valor histórico, a assinatura e a tiragem são os fatores que valorizam uma foto”. Se um fotógrafo como Martin Chambi tivesse tiragem fechada, seu valor seria inestimável. Pablo di Giulio, da Fass, recomenda cuidado com as cópias falsas de fotos vintage: é importante exigir o certificado de autenticidade.


Quanto aos contemporâneos, sua valorização depende do número de publicações, da trajetória da imagem, se ganhou prêmios, se pertenceu a acervos, museus ou coleções. Um dos fotógrafos contemporâneos mais valorizados é Vik Muniz — uma imagem sua 1/5 (com cinco cópias) flutua entre 150 mil e 300 mil reais. No caso de gravuras, quanto menos cópias houver circulando, maior o seu valor.

Galerias

“O ideal para o colecionador iniciante é procurar as galerias. Claro que se pode ir ao mercado secundário — revendas, leilões, escritórios de arte —, onde os preços são flexíveis. Mas na galeria você conhece melhor o artista, a história dele está à disposição”, defende Alexandre Gabriel, da Fortes Vilaça. A galeria funciona como agente: fica com 50% do valor cobrado e dá ao artista os outros 50% — raros artistas vendem diretamente.

A galeria também divulga o trabalho do artista, o inclui em exposições, museus e cursos, apresenta-o a curadores, críticos e jornalistas, banca seu ateliê e até seus materiais. Cada galeria tende a especializar-se em um movimento, cena, geração, estilo. Luisa Strina, uma marchand pioneira, que lançou gente como Leonilson, Cildo Meireles, Tunga e Antônio Dias, adverte: “Muita gente compra gato por lebre. Vi obras de uma moça muito parecidas com as de Beatriz Milhazes sendo vendidas por 700 mil reais!”, indigna-se. Sua dica? “O colecionador precisa estudar.”

Informe-se

Exposições, mostras e bienais são os locais para conhecer obras e artistas. Um bom ponto de partida para visitar galerias é o site da própria SP-Arte (www.sparte.com). Se quiser um bom guia, o Mapa das Artes (www.mapadasartes.com.br) servirá. Para atualizar-se, há revistas como Art + Auction, ArtForum, ArtReview, Frieze, Bravo! e sites como o ArtNexus (www.artnexus.com). Outra dica é pesquisar o catálogo raisonné do artista, que contém imagens e documentos imprescindíveis para conhecer sua trajetória — e preço. Quer se aprofundar mais? O caminho são os cursos de arte de instituições como a Escola São Paulo e a Casa do Saber (São Paulo e Rio).


Mercadão

Acontecem duas grandes feiras no país: a SP-Arte, em maio, e a Art-Rio, em setembro. Os leilões de arte mais conhecidos são mantidos pela Bolsa de Arte (www.bolsadearte.com), Escritório de Arte (www.escritoriodearte.com), Lordello & Gobbi (www.lordelloegobbi.com.br) e Leilão das Galerias (www.canvasgaleriadearte.com.br/Lotes.html) — nele, a mítica obra Zero Centavo, de Cildo Meirelles, está à venda a partir de módicos 3.200 reais. Arco Madrid, Frieze Art Fair de Londres, Art Basel da Suíça e Art Basel Miami Beach são as mais importantes feiras de arte do planeta, enquanto os leilões mais renomados acontecem na Sotheby’s e na Christie’s.

Outsiders & Gringos

Cada vez mais colecionadores brasileiros compram obras de arte estrangeiras. O preço ainda é bem alto (porque incidem 100% de imposto na importação). Ao lado da disseminação de galerias brasileiras representando gringos há também o fenômeno de galerias que se multiplicam em cidades fora do eixo Rio-São Paulo.

Uma alternativa para o colecionador que quer garimpar emergentes ou consagrados brasileiros é procurar esses locais, como a Bolsa de Arte de Porto Alegre, a Celma Albuquerque, de Belo Horizonte, a baiana Paulo Darzé e as pernambucanas Mariana Moura e Amparo 60. Entre as internacionais, fique de olho na bogotana El Museo, nas espanholas Fernando Pradilla e La Fábrica, na argentina GC, na uruguaia Sur e na americana Claudio Tovar.

Truque

Ao comprar uma obra, peça seu certificado de autenticidade, que contém a assinatura do autor, imagens e dados técnicos, e pode ser registrado em cartório. Em algum momento, talvez seja necessário você buscar a figura de um avaliador, que presta consultoria para oferecer um valor plausível para determinada obra. Ele vai seguir parâmetros como a autoria, a técnica (óleo, guache, aquarela etc.), a tiragem e a fundição (no caso de esculturas), a fase em que se encontra o artista, a dimensão da obra, o estado de conservação e a trajetória da própria.


Urubus

As aves da instalação Bandeira Branca, de Nuno Ramos, na Bienal de 2010, reacenderam uma velha polêmica: isto é arte? Posso levar para casa? A arte conceitual — definida por Marcel Duchamp, aprofundada nos anos 60 e hoje largamente difundida — ainda é estranha para o novo comprador. Mas está cada vez mais valorizada. Fora a conceitual, a pop art, a arte cinética, a arte tropicalista e a concretista (além, claro, da arte moderna) são algumas das escolas observadas com atenção. Ao mesmo tempo, pela audácia, artistas latino-americanos e de países emergentes vêm ganhando cada vez mais destaque no mercado.

Valorização

“O que determina o preço de um artista é a demanda”, simplifica Marina Buendía, da galeria Vermelho. “Quanto mais procurado e vendido, mais caro. Hoje a chegada do artista ao público é ainda mais rápida por causa da internet”, diz. Além disso, se um artista ganha um prêmio, é convidado para uma bienal, comprado por um museu ou fatura uma bolsa de estudos, automaticamente seu preço sobe. “Há uma lógica no preço de uma obra de arte. O colecionador que estuda dificilmente se engana”, diz Lucia Santos, da Amparo 60.

Zezão

O ex-motoboy despontou com grafites em galerias subterrâneas. Foi descoberto pela crítica internacional e protagoniza a street art de São Paulo — outrora vista como transgressiva, hoje em alta. O galerista Baixo Ribeiro prevê uma supervalorização da street art em 20 anos — quando a arte pública terá atingido um número ainda maior de pessoas. É que a street art se valoriza na galeria à medida que as intervenções em espaços abertos se tornam mais espetaculares.

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São Paulo - À vontade em um ambiente de exposição com calor de feirão, visitantes da SP- Arte trocavam o olhar profundo e a mão no queixo por angústias prosaicas: “Aceita cartão de débito? Faz em dez vezes? Entrega em casa?” Em maio de 2011, a maior feira de arte da América Latina reuniu 88 galeristas nacionais e estrangeiros na Bienal de São Paulo e movimentou mais de 40 milhões de reais — 30% mais que em 2010. Muitos colecionadores de primeiro vernissage deram as caras.

“Todas as galerias fizeram negócios com novos colecionadores. Uma delas vendeu obras para 35 compradores iniciantes”, comemora Alessandra d’Aloia, presidente da Associação Brasileira de Arte Contemporânea. Com o mercado aquecido, sobe também a temperatura de brasileiros no exterior: em fevereiro deste ano, a carioca Adriana Varejão teve sua obra Parede com Incisões à La Fontana II arrematada por 1,2 milhão de euros — maior valor pago pelo trabalho de um artista nacional vivo.

Tanta oferta e procura pode intimidar o colecionador iniciante. Para ajudar você nessa empreitada, ouvimos galeristas, críticos, jornalistas e artistas. Com suas dicas, o único risco que você corre é o de ser acometido pela Síndrome de Stendhal — mal que atinge quem é exposto a muita beleza.

Arte

Afinal, isto aqui é uma obra de arte ou apenas um extintor de incêndio grudado na parede? O ponto número 1 para lucrar com arte, além de ter vontade e algum dinheiro, é investir na própria educação artística. Assim como na bolsa de valores, você pode comprar o que um consultor indicar — mas bom mesmo é aprender como funciona esse mercado. “Não é legal comprar o que você não gosta pensando que aquilo vai se valorizar um dia.Com arte tem de haver identificação, não pode ser só negócio”, diz Alexandre Gabriel, da galeria Fortes Vilaça.


O melhor dos mundos? Encontrar um artista que você aprecie e que também se valorize. Isso requer algum tempo. Isabella Prata, diretora da Escola São Paulo, ensina: “Uma coleção não é um conjunto de obras — tem de ser consciente”. Ou seja, quanto maiores a coesão, a coerência e o significado de uma coleção, melhor.

Bolso

Baixo Ribeiro, da galeria Choque Cultural, avisa que é um risco buscar retorno no curto prazo. “Nem sempre uma obra de arte tem liquidez: não é algo que se possa vender, numa emergência, por um preço justo. Nunca será como um imóvel”, diz. À frente da principal galeria de street art do país, Ribeiro acredita que a valorização da obra de arte é “geracional” — ou seja, demora. Mas, tendo bons olhos, a recompensa vem. Uma foto de Zezão, por exemplo, era vendida a 300 reais em 2005. Hoje, custa 12 mil reais. Outra dica: o colecionador inteligente não compra uma peça — “investe na cena que rodeia o artista”.

Cópia

Como determinar o preço de uma obra que não é única, uma fotografia, por exemplo? Marcella Brandimarti, produtora da galeria Fass, ensina que “a técnica usada na revelação e na fixação da imagem, o valor histórico, a assinatura e a tiragem são os fatores que valorizam uma foto”. Se um fotógrafo como Martin Chambi tivesse tiragem fechada, seu valor seria inestimável. Pablo di Giulio, da Fass, recomenda cuidado com as cópias falsas de fotos vintage: é importante exigir o certificado de autenticidade.


Quanto aos contemporâneos, sua valorização depende do número de publicações, da trajetória da imagem, se ganhou prêmios, se pertenceu a acervos, museus ou coleções. Um dos fotógrafos contemporâneos mais valorizados é Vik Muniz — uma imagem sua 1/5 (com cinco cópias) flutua entre 150 mil e 300 mil reais. No caso de gravuras, quanto menos cópias houver circulando, maior o seu valor.

Galerias

“O ideal para o colecionador iniciante é procurar as galerias. Claro que se pode ir ao mercado secundário — revendas, leilões, escritórios de arte —, onde os preços são flexíveis. Mas na galeria você conhece melhor o artista, a história dele está à disposição”, defende Alexandre Gabriel, da Fortes Vilaça. A galeria funciona como agente: fica com 50% do valor cobrado e dá ao artista os outros 50% — raros artistas vendem diretamente.

A galeria também divulga o trabalho do artista, o inclui em exposições, museus e cursos, apresenta-o a curadores, críticos e jornalistas, banca seu ateliê e até seus materiais. Cada galeria tende a especializar-se em um movimento, cena, geração, estilo. Luisa Strina, uma marchand pioneira, que lançou gente como Leonilson, Cildo Meireles, Tunga e Antônio Dias, adverte: “Muita gente compra gato por lebre. Vi obras de uma moça muito parecidas com as de Beatriz Milhazes sendo vendidas por 700 mil reais!”, indigna-se. Sua dica? “O colecionador precisa estudar.”

Informe-se

Exposições, mostras e bienais são os locais para conhecer obras e artistas. Um bom ponto de partida para visitar galerias é o site da própria SP-Arte (www.sparte.com). Se quiser um bom guia, o Mapa das Artes (www.mapadasartes.com.br) servirá. Para atualizar-se, há revistas como Art + Auction, ArtForum, ArtReview, Frieze, Bravo! e sites como o ArtNexus (www.artnexus.com). Outra dica é pesquisar o catálogo raisonné do artista, que contém imagens e documentos imprescindíveis para conhecer sua trajetória — e preço. Quer se aprofundar mais? O caminho são os cursos de arte de instituições como a Escola São Paulo e a Casa do Saber (São Paulo e Rio).


Mercadão

Acontecem duas grandes feiras no país: a SP-Arte, em maio, e a Art-Rio, em setembro. Os leilões de arte mais conhecidos são mantidos pela Bolsa de Arte (www.bolsadearte.com), Escritório de Arte (www.escritoriodearte.com), Lordello & Gobbi (www.lordelloegobbi.com.br) e Leilão das Galerias (www.canvasgaleriadearte.com.br/Lotes.html) — nele, a mítica obra Zero Centavo, de Cildo Meirelles, está à venda a partir de módicos 3.200 reais. Arco Madrid, Frieze Art Fair de Londres, Art Basel da Suíça e Art Basel Miami Beach são as mais importantes feiras de arte do planeta, enquanto os leilões mais renomados acontecem na Sotheby’s e na Christie’s.

Outsiders & Gringos

Cada vez mais colecionadores brasileiros compram obras de arte estrangeiras. O preço ainda é bem alto (porque incidem 100% de imposto na importação). Ao lado da disseminação de galerias brasileiras representando gringos há também o fenômeno de galerias que se multiplicam em cidades fora do eixo Rio-São Paulo.

Uma alternativa para o colecionador que quer garimpar emergentes ou consagrados brasileiros é procurar esses locais, como a Bolsa de Arte de Porto Alegre, a Celma Albuquerque, de Belo Horizonte, a baiana Paulo Darzé e as pernambucanas Mariana Moura e Amparo 60. Entre as internacionais, fique de olho na bogotana El Museo, nas espanholas Fernando Pradilla e La Fábrica, na argentina GC, na uruguaia Sur e na americana Claudio Tovar.

Truque

Ao comprar uma obra, peça seu certificado de autenticidade, que contém a assinatura do autor, imagens e dados técnicos, e pode ser registrado em cartório. Em algum momento, talvez seja necessário você buscar a figura de um avaliador, que presta consultoria para oferecer um valor plausível para determinada obra. Ele vai seguir parâmetros como a autoria, a técnica (óleo, guache, aquarela etc.), a tiragem e a fundição (no caso de esculturas), a fase em que se encontra o artista, a dimensão da obra, o estado de conservação e a trajetória da própria.


Urubus

As aves da instalação Bandeira Branca, de Nuno Ramos, na Bienal de 2010, reacenderam uma velha polêmica: isto é arte? Posso levar para casa? A arte conceitual — definida por Marcel Duchamp, aprofundada nos anos 60 e hoje largamente difundida — ainda é estranha para o novo comprador. Mas está cada vez mais valorizada. Fora a conceitual, a pop art, a arte cinética, a arte tropicalista e a concretista (além, claro, da arte moderna) são algumas das escolas observadas com atenção. Ao mesmo tempo, pela audácia, artistas latino-americanos e de países emergentes vêm ganhando cada vez mais destaque no mercado.

Valorização

“O que determina o preço de um artista é a demanda”, simplifica Marina Buendía, da galeria Vermelho. “Quanto mais procurado e vendido, mais caro. Hoje a chegada do artista ao público é ainda mais rápida por causa da internet”, diz. Além disso, se um artista ganha um prêmio, é convidado para uma bienal, comprado por um museu ou fatura uma bolsa de estudos, automaticamente seu preço sobe. “Há uma lógica no preço de uma obra de arte. O colecionador que estuda dificilmente se engana”, diz Lucia Santos, da Amparo 60.

Zezão

O ex-motoboy despontou com grafites em galerias subterrâneas. Foi descoberto pela crítica internacional e protagoniza a street art de São Paulo — outrora vista como transgressiva, hoje em alta. O galerista Baixo Ribeiro prevê uma supervalorização da street art em 20 anos — quando a arte pública terá atingido um número ainda maior de pessoas. É que a street art se valoriza na galeria à medida que as intervenções em espaços abertos se tornam mais espetaculares.

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