10 lugares para ver belas obras de grafite em São Paulo
Rua Augusta, becos da Vila Madalena e bairros do centro são boa opções para quem gosta de apreciar arte urbana
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2013 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h46.
São Paulo - Modernidade, beleza e um toque de rebeldia. Essas são algumas das características que o grafite proporciona a São Paulo . Para quem gosta de street art , a cidade é um prato cheio, com seus viadutos, muros e espaços coloridos por spray, estêncil e outras técnicas dessa arte urbana. Pensando nisso, EXAME.com mostra 10 lugares da cidade onde é possível encontrar belas obras concentradas. Confira.
Até o dia 17 de fevereiro, obras de grafiteiros de diferentes países estarão reunidas no MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), na 2ª Bienal de Graffiti Fine Art. Alguns importantes nomes que estão na exposição são Kongo, ECB e Kress, entre os estrangeiros, e os brasileiros Nunka, Speto e Finok. A arte veio em diferentes formatos, como painéis, instalações, esculturas e intervenções, entre outros. O MuBE fica na Avenida Europa, número 218.
Quem passa de carro rapidamente pelo túnel que liga a Avenida Paulista à Avenida Rebouças pode não ter a chance de ver com detalhes a verdadeira galeria de arte ali existente. Em toda a extensão do túnel, trabalhos de vários artistas colorem os muros que envolvem o caminho por onde milhares de pessoas passam todos os dias.
A lateral do edifício Ragi, na Praça Oswaldo Cruz, número 124 (região da Avenida Paulista), ganhou neste mês uma imagem que faz jus à grandiosidade de Oscar Niemeyer, morto em dezembro de 2012. O artista Eduardo Kobra desenhou o rosto do arquiteto em uma mescla com suas obras, como o Edifício Copan, o Memorial da América Latina, o Palácio do Planalto e o Parque do Ibirapuera.
Nas imediações das ruas Galvão Bueno e Glória, no bairro Liberdade, é possível encontrar várias obras de arte ao ar livre, espalhadas entre muros e portas de estabelecimentos comerciais. Não por acaso, é comum ver desenhos com a estética de mangás (quadrinhos japoneses) e outros temas e traços orientais.
Um dos bairros mais tradicionais de São Paulo, quando se fala em grafite, é o Cambuci. Muros, fachadas e portões são decorados com as cores dos sprays. Os famosos grafiteiros Otávio e Gustavo Pandolfo , conhecidos como Os Gêmeos, foram criados lá. A Rua Lavapés é uma das referências, mas vale passear por outras da vizinhança para ter belas surpresas.
Apesar de um pouco desgastados pelo tempo, os grafites do Viaduto Jaceguai, no centro, próximo à Avenida Brigadeiro Luís Antônio, ainda valem a pena de ser visitados. Para quem passa por baixo, de carro, é difícil captar todos os traços das obras devido ao intenso fluxo de carros. Mas aqueles que observam os desenhos de cima ou passando por baixo a pé, conseguem ter uma vista privilegiada.
A Rua Augusta, na região central da cidade, traduz a modernidade por seus bares, baladas e diferentes tipos de pessoas que a frequentam. Mas parte desse cenário urbano é composto também pelos grafites que preenchem muros e fachadas, como esse da foto, que retrata a Avenida Paulista.
Todo ano, os muros de uma escola pública na Rua Padre Chico, número 102, Villa Pompéia, ganham uma nova roupagem. Isso porque, na Feira de Artes da Villa Pompéia, grafiteiros são convidados para deixar sua marca no local, que permanece até a edição seguinte da festa, que costuma acontecer no mês de maio.
Com desenhos feitos em diferentes épocas, os muros das casas do chamado Beco do Batman, na Vila Madalena, são compostos de uma mistura entre a tinta e os sinais do tempo, revelados em rachaduras e plantas que nascem nas fendas das paredes. Nesse beco, cada grafiteiro é “dono” do muro onde pinta, ou seja, após a autorização do dono da casa, a única pessoa que pode grafitar ali é o autor do desenho original. A entrada fica na Rua Harmonia, quase esquina com a Rua Medeiros de Albuquerque.
A pequena praça com uma quadra de esportes da Rua Belmiro Braga, na Vila Madalena, é a entrada para um caminho cheio de cores, formas e mensagens deixadas por grafiteiros de várias partes de São Paulo. O Beco do Aprendiz já foi ponto frequentado por traficantes de drogas, mas, em 2002, foi transformado em galeria de arte a céu aberto, com trabalhos de dezenas de grafiteiros.