Carreira

Veja como essa startup quer estimular o salário sob demanda no Brasil usando o WhatsApp

A Payssego recebeu aporte de R$1,5 milhão de investimentos em uma rodada pré-seed e busca impactar diretamente 150 mil vidas com suas soluções

Leandro Borges, fundador e CFO, e Antoine Fougeat, fundador e CEO da Payssego  (Payssego/Divulgação)

Leandro Borges, fundador e CFO, e Antoine Fougeat, fundador e CEO da Payssego (Payssego/Divulgação)

Publicado em 7 de maio de 2024 às 07h27.

Tudo sobreSalários
Saiba mais

Nesta terça-feira, 7, uma nova startup entra no mercado brasileiro: a Payssego chega para reforçar o acesso ao salário sob demanda, em que o funcionário poderá adiantar o seu pagamento sem precisar esperar o dia 15 ou o quinto dia último do mês.

A companhia foi planejada há um ano, em São Paulo, pelo administrador francês Antoine Fougeat, fundador e CEO, e pelo brasileiro e matemático Leandro Borges, fundador e CFO da Payssego. "Comecei como prestador de serviço para o Antoine e logo depois ele me chamou para ser sócio do negócio", diz Borges.

Com Borges passando por grandes empresas como iFood, e Fougeat transacionando entre o Brasil e a França por causa de sua experiência de anos pela Decathlon, ambos conheceram bem o mercado brasileiro e viram que poderiam contribuir de alguma forma para diminuir o nível de endividados no país.

“No Brasil temos cerca de 100 milhões de brasileiros economicamente ativos, mais de 60% ganham até dois salários-mínimos. Vimos, portanto, no Brasil, um lugar onde o salário sob demanda poderia ser uma opção para melhorar o crédito dos funcionários no mercado”, diz o CEO.

Apesar do usuário final ser os funcionários, Borges reforça que o cliente direto é a empresa. “Trata-se de um negócio que tem a empresa como o cliente direto, seja ela uma startup ou de grande porte”, afirma o executivo.

Para começar as suas operações neste ano, a startup recebeu R$1,5 milhão de investimentos em uma rodada pré-seed composta por um grupo de quatro investidores anjos e já conta com 10 empresas brasileiras como clientes.

O diferencial está no que a maioria tem em comum: o WhatsApp

Além de usar a IA em sua plataforma de celular, para receber e organizar os dados dos funcionários diretamente com a folha de pagamento da empresa, a Payssego desenvolveu também um canal via WhatsApp. A ideia é garantir que até mesmo aqueles que não podem baixar o aplicativo no celular tenham acesso aos serviços oferecidos pela startup.

“Pelo Whatsapp será possível consultar ou resgatar o salário em segundos, em qualquer dia e horário, inclusive de madrugada. O usuário também pode agendar a consultoria financeira ou acessar a plataforma de gestão de finanças pessoais.”, afirma o CEO.

Sobre as expectativas

Borges reforça que a missão da companhia é proporcionar uma experiência única e intuitiva para todos os usuários. “Com a integração perfeita dos sistemas de folha de pagamento e relógio de ponto, nossa tecnologia proprietária entrega uma solução prática para os departamentos de RH, sem a necessidade de controle adicional sobre o benefício", diz Borges.

A expectativa da startup é de atingir, em um ano, 40 milhões de reais em valor transacionado, expandindo a base de clientes para 2 mil empresas e impactando diretamente 150 mil vidas com suas soluções.

“As metas refletem o compromisso da empresa em alcançar um crescimento sustentável e significativo no mercado brasileiro de benefícios corporativos”, diz Fougeat.

Quer dicas para decolar o seu negócio? Receba informações exclusivas de empreendedorismo diretamente no seu WhatsApp. Participe já do canal EXAME Empreenda

Acompanhe tudo sobre:SaláriosBenefíciosflexibilidade-no-trabalho

Mais de Carreira

Lifelong learning: o segredo para crescer profissionalmente pode estar fora da sua área de atuação

Pedido para cidadania italiana ficará mais caro a partir de janeiro; entenda a nova lei

Brasileiros que se mudaram para Finlândia compartilham uma lição: a vida não é só trabalho

Como usar a técnica de Delphi para tomada de decisões