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Nesta modalidade vão surgir 100 mil vagas (mas há preconceito)

Oportunidades temporárias são destaque. Veja quem mais contrata e como conseguir a vaga

Busca sem fim (Getty Images)

Busca sem fim (Getty Images)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 25 de novembro de 2016 às 06h00.

Última atualização em 25 de novembro de 2016 às 06h00.

São Paulo – Em meio ao mau humor do mercado de trabalho, um estímulo para quem busca emprego são as seleções para oportunidades temporárias que já começaram. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Temporários a expectativa é de 100 mil novas oportunidades em todo país.

“As vagas surgem basicamente na área de varejo, em toda parte de atendimento, e em algumas indústrias que fornecem para o varejo como, por exemplo, as indústrias de refrigerantes que atendem supermercados, que também estão contratando”, diz a diretora de recursos humanos e marketing da Manpower, Márcia Almström. A consultoria está selecionando para mais de 6 mil vagas temporárias, neste momento. Interessados devem fazer o cadastro no site, onde também já é possível se candidatar para as vagas.

“As empresas começaram a contratar consultorias de recrutamento no fim de outubro prevendo começar as contratações no fim de novembro. Três delas que atendemos na Manpower já anteciparam”, diz Márcia. Isso é um bom sinalizador da reação econômica e de mais otimismo no volume de consumo, afirma. Mutirões de renegociação de dívidas também devem dar fôlego para o consumo de Natal.

A C&Aé um exemplo de varejista que já está recrutando e contratando. Serão mais 600 profissionais para reforçar sua equipe nas lojas do estado de São Paulo e já recebe inscrições no seu site.

Com muita gente disponível no mercado, as seleções serão disputadas ainda que muita gente tenha preconceito em relação ao trabalho temporário.

O receio, segundo Márcia, é justamente pela temporalidade do trabalho, mas ela garante que existem sim chances reais de contratação. “Tenho clientes que pegam essa época do ano para trazer os temporários e avaliá-los para fazer uma oxigenação na empresa”, diz.

A efetivação vai depender do momento da empresa e também do desempenho do profissional, é claro. “A companhia, muitas vezes, espera essa época porque é muito melhor fazer uma troca quando já teve a experiência com o funcionário, já sabe como ele reage sob pressão, como lida com grande volume de trabalho”, diz Márcia.

Como conquistar a vaga

Pecar na preparação para a entrevista pode significar a perda da oportunidade, segundo Luciana Ferreira, presidente do grupo Elemento RH.

Por mais básico que pareça, há candidatos que não pesquisam sobre o setor de atuação e a empresa antes de encarar um recrutador. “Procure saber sobre produtos ou serviços oferecidos, diferenciais, missão, valores e principais clientes”, indica Luciana.

Vão certamente se destacar, de acordo com a presidente do Grupo Elemento RH, aqueles que, além da “lição de casa”, souberem demonstrar por que podem contribuir com a empresa. “Avalie quais são os seus pontos fortes e como eles podem ajudar no dia a dia de trabalho”, diz Luciana.

“Usualmente as empresas esperam encontrar pessoas que tenham algum conhecimento naquela atividade, isso é importante. Contudo, se a pessoa tiver algumas características de atendimento ao público, iniciativa e dinamismo já se destaca bastante”, diz Márcia.

Para se ter uma ideia, disposição para aprender, o dinamismo e gostar de trabalhar com o público são os requisitos comportamentais que a C&A vai medir durante seu processo seletivo.

“Cada vez mais o comportamento e questões de atitude aparecem. Um dos clientes varejistas da Manpower nos pediu que buscássemos pessoas que sejam mais voltadas para o cliente. Eles não querem mais pessoas tão preocupadas em organizar a roupas na loja”, diz Márcia.

Mas não vale colocar essas qualidades comportamentais no currículo, segundo Luciana, da Elemento RH. “Deixe para demonstrá-las durante a entrevista”, diz.

 

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