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Com trabalho remoto e híbrido, iFood abre 300 vagas para negros

A meta da empresa para 2023 é ter um total de 30% de líderes negros e 40% no quadro geral de funcionários.

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Escritório do iFood (foto antes da pandemia): a empresa adotou o modelo híbrido ou totalmente remoto (iFood/Divulgação)

Escritório do iFood (foto antes da pandemia): a empresa adotou o modelo híbrido ou totalmente remoto (iFood/Divulgação)

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Luísa Granato

Publicado em 11 de novembro de 2021, 06h00.

Última atualização em 11 de novembro de 2021, 13h35.

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Nesta quinta-feira, 11, o iFood, plataforma de delivery, anuncia novo programa de recrutamento focado em inclusão: o programa iFood Inclui Pessoas Negras. Serão 300 vagas de emprego para profissionais negros e negras de todo o Brasil.

Segundo Gustavo Vitti, vice-presidente de Pessoas e Soluções Sustentáveis do iFood, o objetivo é acelerar a inclusão dentro da empresa, fazendo em 5 meses uma evolução nas contratações que poderia levar 18 meses.

Desde 2019, a empresa conseguiu aumentar de 11% para 20% o total de profissionais negros ocupando cargos de liderança. A meta para 2023 é ter um total de 30% de líderes negros e 40% no quadro geral de funcionários.

“É um caminho longo de evolução e a jornada toda exige que existam iniciativas dentro e fora da empresa”, fala o vice-presidente.

No último ano, o iFood trabalhou com várias frentes focadas na diversidade, com programas de formação, contratação e mentoria. O programa Empretece, por exemplo, mapeou vagas em todo o Grupo Movile, dono do iFood, para contratar pessoas negras em posições de liderança.

Vitti compara a estratégia da empresa com uma casa. “Você precisa trabalhar fora de casa, na porta e dentro. É como você completa o ciclo”, explica ele.

Do lado de fora, é o trabalho com educação, cuidado para que o ecossistema de talentos tenha maior diversidade. Um exemplo dessa frente foi o lançamento da meta para formar 25 mil profissionais de tecnologia em cinco anos.

Dentro de casa, é o trabalho com grupos de afinidade e treinamento de lideranças contra vieses inconscientes. “Nosso índice de segurança psicológica, de 0 a 10, teve nota de 8.5. Qualquer coisa acima de 6 é muito alto. E o valor foi igual entre brancos e negros”, diz Vitti.

E a porta dessa casa é o processo de atração de candidatos e a melhoria do próprio processo de seleção. Segundo Vitti, os aprimoramentos com o Empretece e outras iniciativas ajudaram a chegar no modelo atual.

Ao longo da seleção, a empresa oferece informações sobre as perguntas das entrevistas e o que acontece em cada fase, aumentando a segurança dos candidatos. Também há o cuidado de colocar recrutadores negros para avaliar os profissionais.

“O programa foi construído com muitas mãos, e mãos muito coloridas. Falamos com muita gente para criar a ação afirmativa, entre elas a Mafoane Odara, Monique Evelle, Ana Minuto, Lázaro Ramos”, diz.

Como se candidatar para as vagas

As 300 vagas de emprego no iFood serão divididas entre três principais frentes: tecnologia, comercial e corporativo. E as oportunidades serão para diversos níveis de experiência, com cargos de liderança mais sênior, como head e diretor, a vagas para posições iniciantes ou de especialista.

Como a empresa já adotou o modelo remoto ou híbrido de trabalho, profissionais de qualquer parte do Brasil podem se candidatar.

As contratações serão em duas ondas; a primeira se encerra em janeiro e a segunda em março. Os únicos requisitos do programa são:

  • Ter experiência ou conhecimento na área da vaga que vai se candidatar
  • Ser uma pessoa negra (preta ou parda) ou se auto-declarar como pessoa negra.

Confira mais informações e se inscreva pelo site, que será liberado às 10h: www.grupociadetalentos.com.br/ifood_inclui

 

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