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Todo mundo conectado na Vivo

Na empresa, 44% do quadro de funcionários é de jovens. Existe identidade entre eles e o público consumidor de celulares

Galera da Vivo, feliz com as oportunidades de crescimento: em 2010, 1 552 pessoas foram promovidas (Raul Junior/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2013 às 13h05.

São Paulo - Basta uma reunião com os jovens funcionários da Vivo , maior operadora de telecomunicação móvel do país, para perceber a afinidade que eles têm com a empresa. A começar pela paixão pelo produto que vendem. Nem adianta pedir para desligar seus inseparáveis smartphones, que ficam tremendo sobre a mesa.

Bancado pela companhia, com direito a internet e a ligações quase ilimitadas, o benefício faz brilhar os olhos dessa turma aficionada por tecnologia, mas está longe de ser o principal atrativo da Vivo, cujo segredo é, acima de tudo, reconhecer o papel central que os jovens têm no seu negócio. Eles, que representam 44% do quadro de funcionários atualmente, apontam tendências, conhecem como ninguém os hábitos do consumidor (que são na sua maioria jovens como eles) e são recompensados à altura por isso.

“Gosto do que faço e sei que meu trabalho é importante para a organização”, diz uma funcionária. É essa identidade entre a empresa e sua equipe, sustentada por sólidas políticas de carreira e desenvolvimento, que faz da Vivo a Melhor Empresa para Começar Carreira no Brasil.

O primeiro passo para alcançar esse objetivo, claro, é ouvir os jovens, entender o que querem e bancar suas ideias. Cabe aos gestores fazer essa ponte. Em algumas lojas, por exemplo, quem sugere melhorias efetivas no atendimento ganha até dia de folga. “Já teve gente que apresentou quase um trabalho de faculdade”, lembra um funcionário.

A companhia oferece também um canal para os próprios empregados encaminharem as reclamações que recebem de amigos e parentes. Depois de muito tempo ouvindo cobranças sem ter o que fazer além de direcioná-las ao SAC, cada profissional passou a se envolver diretamente na resolução de problemas e pode dar uma satisfação aos clientes. “A Vivo é uma empresa que sempre tenta melhorar”, diz a turma. Por meio da avaliação anual de desempenho, o pessoal também pode manifestar sua opinião sobre o chefe, analisar o próprio rendimento e discutir seu plano de carreira e como concretizá-los ali dentro.

As possibilidades de carreira, aliás, são muitas, especialmente para quem está começando. Os estagiários passam um ano e meio trabalhando em diferentes áreas da empresa, e 80% deles são efetivados. Já no programa anual de trainee, além de conhecer todas as áreas, os cerca de 30 jovens selecionados fazem uma pós-graduação pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, participam de uma rede de comunicação entre eles e têm o acompanhamento de um tutor.


Para quem já está contratato, a Vivo envia toda segunda-feira por e-mail as vagas internas disponíveis, e todos podem se candidatar, desde que combinem com o gestor. As movimentações, tanto para o lado como para cima, de fato acontecem, às vezes até antes do que se espera. “Fui pego de surpresa pela minha promoção. Tinha gente com mais tempo de casa, mas era eu quem entregava mais”, diz um jovem e autoconfiante gerente. Como ele, 2 552 pessoas foram promovidas em 2010.

Caminhos não faltam também para quem busca uma experiência internacional. Controlada pelo grupo espanhol Telefónica, a Vivo vai receber neste ano oito estrangeiros e mandar 11 brasileiros para países da América Latina e da Europa durante seis meses, por meio do projeto Rotaciones — aberto, inclusive, a atendentes e vendedores. Há ainda o programa internacional de jovens talentos e a seleção anual para uma bolsa de estudo na Espanha.

Líder em um setor que convive diariamente com a inovação, a empresa procura manter sua equipe atualizada por meio de um plano amplo de desenvolvimento, que em 2010 chegou a mais de 20 horas de treinamento por pessoa. No curso de formação de líderes, realizado desde 2007, 150 futuros gerentes estão aprendendo, por exemplo, como estabelecer metas, cobrá-las e dar feedback. Sem falar nos treinamentos para recém-promovidos, gerentes de lojas, altos executivos e cursos online, cujos temas vão de atitude no trabalho a novas tecnologias móveis.

Os funcionários também não têm do que reclamar em relação ao salário. “Ganho mais do que mereço, nem dá para comparar com o mercado”, diz um deles. No segundo semestre de 2009, a Vivo decidiu efetivar todos os terceirizados que trabalham nas lojas, contratando cerca de 5 000 pessoas.

“Na época, meu salário dobrou”, conta uma ex-terceirizada. Ela passou a receber também benefícios como plano de previdência privada, remuneração variável (mais de dois salários em 2010) e serviços in company, como salão de beleza, sapataria e aluguel de filme. A fim de tornar o ambiente de trabalho mais informal e flexível, foi liberado no ano passado o uso do Twitter, para que todos possam acompanhar os passos do presidente. E até o tradicional paletó e gravata tem sido abandonado pelos executivos.

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São Paulo - Basta uma reunião com os jovens funcionários da Vivo , maior operadora de telecomunicação móvel do país, para perceber a afinidade que eles têm com a empresa. A começar pela paixão pelo produto que vendem. Nem adianta pedir para desligar seus inseparáveis smartphones, que ficam tremendo sobre a mesa.

Bancado pela companhia, com direito a internet e a ligações quase ilimitadas, o benefício faz brilhar os olhos dessa turma aficionada por tecnologia, mas está longe de ser o principal atrativo da Vivo, cujo segredo é, acima de tudo, reconhecer o papel central que os jovens têm no seu negócio. Eles, que representam 44% do quadro de funcionários atualmente, apontam tendências, conhecem como ninguém os hábitos do consumidor (que são na sua maioria jovens como eles) e são recompensados à altura por isso.

“Gosto do que faço e sei que meu trabalho é importante para a organização”, diz uma funcionária. É essa identidade entre a empresa e sua equipe, sustentada por sólidas políticas de carreira e desenvolvimento, que faz da Vivo a Melhor Empresa para Começar Carreira no Brasil.

O primeiro passo para alcançar esse objetivo, claro, é ouvir os jovens, entender o que querem e bancar suas ideias. Cabe aos gestores fazer essa ponte. Em algumas lojas, por exemplo, quem sugere melhorias efetivas no atendimento ganha até dia de folga. “Já teve gente que apresentou quase um trabalho de faculdade”, lembra um funcionário.

A companhia oferece também um canal para os próprios empregados encaminharem as reclamações que recebem de amigos e parentes. Depois de muito tempo ouvindo cobranças sem ter o que fazer além de direcioná-las ao SAC, cada profissional passou a se envolver diretamente na resolução de problemas e pode dar uma satisfação aos clientes. “A Vivo é uma empresa que sempre tenta melhorar”, diz a turma. Por meio da avaliação anual de desempenho, o pessoal também pode manifestar sua opinião sobre o chefe, analisar o próprio rendimento e discutir seu plano de carreira e como concretizá-los ali dentro.

As possibilidades de carreira, aliás, são muitas, especialmente para quem está começando. Os estagiários passam um ano e meio trabalhando em diferentes áreas da empresa, e 80% deles são efetivados. Já no programa anual de trainee, além de conhecer todas as áreas, os cerca de 30 jovens selecionados fazem uma pós-graduação pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, participam de uma rede de comunicação entre eles e têm o acompanhamento de um tutor.


Para quem já está contratato, a Vivo envia toda segunda-feira por e-mail as vagas internas disponíveis, e todos podem se candidatar, desde que combinem com o gestor. As movimentações, tanto para o lado como para cima, de fato acontecem, às vezes até antes do que se espera. “Fui pego de surpresa pela minha promoção. Tinha gente com mais tempo de casa, mas era eu quem entregava mais”, diz um jovem e autoconfiante gerente. Como ele, 2 552 pessoas foram promovidas em 2010.

Caminhos não faltam também para quem busca uma experiência internacional. Controlada pelo grupo espanhol Telefónica, a Vivo vai receber neste ano oito estrangeiros e mandar 11 brasileiros para países da América Latina e da Europa durante seis meses, por meio do projeto Rotaciones — aberto, inclusive, a atendentes e vendedores. Há ainda o programa internacional de jovens talentos e a seleção anual para uma bolsa de estudo na Espanha.

Líder em um setor que convive diariamente com a inovação, a empresa procura manter sua equipe atualizada por meio de um plano amplo de desenvolvimento, que em 2010 chegou a mais de 20 horas de treinamento por pessoa. No curso de formação de líderes, realizado desde 2007, 150 futuros gerentes estão aprendendo, por exemplo, como estabelecer metas, cobrá-las e dar feedback. Sem falar nos treinamentos para recém-promovidos, gerentes de lojas, altos executivos e cursos online, cujos temas vão de atitude no trabalho a novas tecnologias móveis.

Os funcionários também não têm do que reclamar em relação ao salário. “Ganho mais do que mereço, nem dá para comparar com o mercado”, diz um deles. No segundo semestre de 2009, a Vivo decidiu efetivar todos os terceirizados que trabalham nas lojas, contratando cerca de 5 000 pessoas.

“Na época, meu salário dobrou”, conta uma ex-terceirizada. Ela passou a receber também benefícios como plano de previdência privada, remuneração variável (mais de dois salários em 2010) e serviços in company, como salão de beleza, sapataria e aluguel de filme. A fim de tornar o ambiente de trabalho mais informal e flexível, foi liberado no ano passado o uso do Twitter, para que todos possam acompanhar os passos do presidente. E até o tradicional paletó e gravata tem sido abandonado pelos executivos.

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