Computador: vagas terão percentual mínimo de 55% para mulheres negras e 5% para mulheres trans (Malte Mueller/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 26 de janeiro de 2021 às 17h20.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2021 às 17h09.
Tanto o baixo número de profissionais habilitados no mercado quanto a falta de mulheres são dois desafios para o setor de tecnologia.
Há mais oferta de vagas do que pessoas com formação e muito mais homens do que mulheres. Em São Paulo, por exemplo, as vagas de tecnologia cresceram 600% em 2020, apesar da crise pela qual vive o Brasil devido à pandemia.
De frente a esse cenário de desigualdade, a {reprograma}, startup social que ensina programação para mulheres transgênero e/ou negras, acaba de lançar o programa “Todas em Tech”, gratuito e com duração de 18 semanas, que vai contar com a participação de aproximadamente 2,4 mil mulheres em oficinas online.
Para as interessadas, a primeira fase do processo seletivo, destinada a mulheres de qualquer região do Brasil, com preferência para negras e/ou transgênero, será encerrada no dia 5 de fevereiro de 2021.
As inscrições podem ser realizadas pelo site: https://reprograma.com.br/todas-tech/
Após a aprovação das alunas na primeira etapa, vão acontecer as oficinas de seleção online, com duração de um dia inteiro, no final de fevereiro, que tem como objetivo apresentar o universo de programação e desenvolvimento para mais de 2 mil mulheres em dois anos.
Elas terão uma introdução a HTML e CSS e, como resultado do aprendizado, produzirão uma página pessoal para enviarem a recrutadores ou clientes, para estimular a entrada no mercado de tecnologia.
A segunda parte do processo envolve o preenchimento de 400 vagas, sendo que o percentual mínimo será de 55% para mulheres negras e 5% para mulheres trans, para participar dos bootcamps, os cursos online de back-end e front-end, que serão iniciados em março e têm duração de 18 semanas.