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Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2013 às 19h36.
Quem quer investir muitas vezes fica em dúvida de onde colocar o dinheiro. Uma alternativa é acompanhar os vários setores da economia, verificar quais deles estão em alta e apostar em ações das companhias dos segmentos mais promissores.
“É claro que as empresas estão sujeitas às suas idiossincrasias e algumas podem registrar perdas com operações financeiras apesar de o setor estar bem”, diz Caio Pires, analista da consultoria Lafis, especialista em análises financeiras, de São Paulo.
A consultoria coleta informações financeiras das associações pertinentes a 68 setores e segmentos da economia e divulga suas projeções a cada trimestre. No cálculo das projeções entram todas as variáveis macroeconômicas e a estimativa de crescimento do PIB. A seguir, os principais setores que devem ter um aumento de faturamento entre 5% e 15% até 2012.
Agricultura
Os sinais de recuperação da economia mundial e a perspectiva de melhora no preço das principais commodities devem garantir a expansão do setor agrícola até 2012. A maior parte das empresas do setor — trigo, soja e algodão — pode registrar aumento no faturamento entre 5% e 15%. No começo deste ano, as boas condições climáticas permitiram que não houvesse quebra na safra agrícola e o Produto Interno Bruto (PIB) agrícola deve crescer 6% neste ano. A estimativa é de que a produção de grãos aumente 8% nos próximos anos.
Celulose
Até maio deste ano, a produção de celulose havia crescido 10% em relação ao mesmo período do ano passado. O preço do produto também subiu por causa da demanda chinesa por celulose. A China deve continuar importando o produto e a estimativa é de que o faturamento das companhias do segmento alcance 20% no ano que vem e 18% em 2012.
Bancos
O resultado financeiro dos bancos deve permanecer em alta pelos próximos anos. Dois motivos devem contribuir para aumentar a rentabilidade bancária. O primeiro é a inclusão no sistema financeiro de quem não tem conta em banco, cerca de 40 milhões de pessoas.
O segundo é a continuidade da concessão de crédito. Com a taxa básica de juros da economia em queda, a Selic está em 10,75% ao ano, os empréstimos vão ficar mais baratos e atrair mais clientes.
Cerveja
A Copa do Mundo e o aumento dos empregos garantiram o crescimento no consumo de cerveja neste ano. Bom para a indústria cervejeira que já faturou 14% a mais. Nos próximos dois anos, a tendência também é positiva para o segmento. A queda no preço dos insumos deve fazer com que o valor da cerveja fique abaixo da inflação, garantindo a manutenção e até a ampliação das vendas.
Construção
O programa do governo federal de construção de moradias Minha Casa, Minha Vida e as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, também do governo federal, devem garantir um bom resultado para as empresas de construção civil nos próximos dois anos.
Além disso, o reaquecimento da atividade econômica deve permitir a ampliação do faturamento das empresas do setor em 6% em 2011 e 2012.
Cosméticos e higiene pessoal
O Brasil já é o terceiro maior país consumidor de produtos de higiene e beleza do mundo. Dois fatores devem continuar impulsionando as vendas nos próximos anos: o aumento da renda dos trabalhadores e a ampliação das vendas diretas desses produtos.
Telefonia Móvel
Para cada 100 brasileiros há 95 celulares em operação. A disseminação das redes 3G, a portabilidade do número do celular, a fidelização dos clientes e a convergência de serviços de telefonia móvel, dados e mídia devem garantir o aumento do faturamento das empresas de telefonia móvel nos próximos anos.
A estimativa dos analistas é que o faturamento das empresas aumente 7% neste ano e continue assim nos próximos dois anos.
Shopping Center Quem não gosta de fazer compras atire a primeira pedra. O aumento da renda nacional e a facilidade em conseguir crediário devem garantir um aumento do faturamento dos principais shopping centers do país. As vendas também devem crescer com a segmentação dos centros de compras e a expansão para a região Nordeste.
Produtos de limpeza
O aumento da renda do brasileiro vai favorecer a indústria de produtos de limpeza doméstica nos próximos anos. No ano passado, a produção aumentou 5% com a inclusão de novos consumidores no mercado. Além disso, a inovação no setor e o combate à concorrência de produtos informais devem garantir o crescimento do faturamento das empresas.