São Paulo ainda paga bem, mas...
...os salários pagos por empresas de outras metrópoles estão se tornando mais atraentes
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 21h24.
São Paulo - Antonio Carlos Guimarães é diretor comercial e deixou São Paulo há pouco mais de dois meses, atraído por um salário melhor, para trabalhar na Red&White IT Solutions, empresa de tecnologia da informação de Goiânia. Com 41 anos, casado e pai de uma menina, Antonio é o exemplo do que está acontecendo com profissionais qualificados que não veem mais São Paulo como a melhor opção de carreira, quando consideram oportunidade de crescimento e retorno financeiro.
Um dado divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma o que Antonio descobriu na prática. Entre 2003 e 2011, a capital paulista registrou o menor avanço salarial em relação a Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Estariam os salários no Brasil se tornando mais equânimes? A resposta é: depende do cargo.
Para alguns analistas como o economista Fábio Romão, da LCA Consultores, a explicação para essa constatação do IBGE está no desdobramento da geração de empregos indexados pelo salário mínimo, principalmente no Nordeste, puxado pelo ganho real do mínimo de 6% em 2009 e 2010.
Para quem não tem salário indexado ao mínimo a capital paulista continua sendo, na média, a melhor pagadora. É o que diz o consultor sênior de capital humano da consultoria Mercer, Christian Pereira. “Claro que há empresas que podem pagar mais no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro ou em Goiás, mas ainda são casos isolados, que dependem da necessidade de fazer frente à falta de mão de obra qualificada e à sua estratégia de crescimento”, diz Christian. É o que acontece no Rio de Janeiro com a indústria de petróleo e gás, que sofre com a falta de mão de obra. “É uma questão de lei de oferta e demanda de gente qualificada. Esse estado está aquecido e vivendo um bom momento”, diz a consultora em RH Jacqueline Resch.
Para os executivos e presidentes a fórmula é outra. As diferenças salariais regionais estão sujeitas a outros fatores, como origem do capital da empresa, segmento de atuação e seu porte. Christian, da Mercer, destaca que as companhias de capital nacional são mais agressivas do que suas concorrentes estrangeiras no que se refere aos ganhos relacionados aos programas de remuneração variável.
E os segmentos que possuem a maior média de remuneração fixa do mercado para diretores e gerentes seniores são os setores de construção e farmacêutico. “Aqui em Goiânia, os salários de executivos e especialistas em desenvolvimento de sistemas não estão devendo nada para os pagos em São Paulo”, diz Antonio Carlos, que está feliz com o novo emprego.
São Paulo - Antonio Carlos Guimarães é diretor comercial e deixou São Paulo há pouco mais de dois meses, atraído por um salário melhor, para trabalhar na Red&White IT Solutions, empresa de tecnologia da informação de Goiânia. Com 41 anos, casado e pai de uma menina, Antonio é o exemplo do que está acontecendo com profissionais qualificados que não veem mais São Paulo como a melhor opção de carreira, quando consideram oportunidade de crescimento e retorno financeiro.
Um dado divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma o que Antonio descobriu na prática. Entre 2003 e 2011, a capital paulista registrou o menor avanço salarial em relação a Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Estariam os salários no Brasil se tornando mais equânimes? A resposta é: depende do cargo.
Para alguns analistas como o economista Fábio Romão, da LCA Consultores, a explicação para essa constatação do IBGE está no desdobramento da geração de empregos indexados pelo salário mínimo, principalmente no Nordeste, puxado pelo ganho real do mínimo de 6% em 2009 e 2010.
Para quem não tem salário indexado ao mínimo a capital paulista continua sendo, na média, a melhor pagadora. É o que diz o consultor sênior de capital humano da consultoria Mercer, Christian Pereira. “Claro que há empresas que podem pagar mais no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro ou em Goiás, mas ainda são casos isolados, que dependem da necessidade de fazer frente à falta de mão de obra qualificada e à sua estratégia de crescimento”, diz Christian. É o que acontece no Rio de Janeiro com a indústria de petróleo e gás, que sofre com a falta de mão de obra. “É uma questão de lei de oferta e demanda de gente qualificada. Esse estado está aquecido e vivendo um bom momento”, diz a consultora em RH Jacqueline Resch.
Para os executivos e presidentes a fórmula é outra. As diferenças salariais regionais estão sujeitas a outros fatores, como origem do capital da empresa, segmento de atuação e seu porte. Christian, da Mercer, destaca que as companhias de capital nacional são mais agressivas do que suas concorrentes estrangeiras no que se refere aos ganhos relacionados aos programas de remuneração variável.
E os segmentos que possuem a maior média de remuneração fixa do mercado para diretores e gerentes seniores são os setores de construção e farmacêutico. “Aqui em Goiânia, os salários de executivos e especialistas em desenvolvimento de sistemas não estão devendo nada para os pagos em São Paulo”, diz Antonio Carlos, que está feliz com o novo emprego.