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Reputação em risco no trabalho: como agir

Especialistas dão conselhos sobre o que fazer quando um colega de trabalho conspira contra a sua reputação

Partir para o ataque e perder a cabeça é a pior estratégia neste tipo de situação (Getty Images)

Talita Abrantes

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 16h02.

São Paulo – Por mais gente boa que você seja, as opiniões a seu respeito nem sempre serão uma unanimidade positiva. Vez ou outra, alguém pode, sim, tecer um comentário a seu respeito no trabalho. Não se assuste.

“As relações humanas são sempre a partir das diferenças”, afirma o coach Homero Reis. “Um dos indicadores de maturidade é ver essas diferenças como possibilidades e não ameaças. E que essas divergências a seu respeito são um conflito de possibilidades”.

Da crítica à conspiração contra a sua reputação  na carreira nem sempre há um longo percurso. E basta um comentário maldoso (e muitas vezes injusto) para que a sua imagem profissional fique em risco. Mas qual é o comportamento adequado para este tipo de situação? Especialistas respondem:

1Para além da rádio peão

Antes de entrar em desespero e querer abrir um buraco para se esconder, avalie a veracidade e a relevância sobre os comentários negativos tecidos a seu respeito. “Neste caso, a pessoa precisa se certificar se realmente existe uma ação orquestrada contra ela. Percebido isso, deve sair do campo da dúvida para a certeza”, afirma o coach Homero Reis.

Confrontar a pessoa que traz essa informação para você é o primeiro passo. “Pergunte se o que ela está dizendo é verdade, se é importante e que tipo de benefício este dado irá lhe trazer. Se a pessoa não tiver uma resposta, você já cortou a fofoca pela raiz. Você neutraliza uma difamação”, afirma o consultor Kharim Khoury, autor do livro “Vire a página – Estratégias para resolver conflitos” (Editora Senac). “Você precisa obrigar essa pessoa se posicionar. É uma maneira de cortar a rádio peão”.

2Controle suas reações

Confirmados todos os boatos, a hora é de colocar em ordem todos os sentimentos em relação ao caso. Nestas circunstâncias, é normal sentir raiva, tristeza e outras emoções negativas. Mas você não pode se deixar levar por elas.


“Temos que ter controle sobre o nosso comportamento, nunca sobre o comportamento do outro”, diz Khoury.

Para isso, é essencial “conhecer bem a si mesmo e saber quais são as suas fortalezas”, afirma Irene Azevedo da LLH| DBM. “Aquele que conhece a si mesmo e ao outro não perde nenhuma batalha porque consegue prever os próprios comportamentos”.

3Chame para uma conversa

Com a cabeça em ordem, chame o autor das supostas estratégias para minar sua reputação para uma conversa. Uma franca conversa, diga-se de passagem. Dependendo do caso, vá acompanhado de uma testemunha de confiança.

Neste momento, fique despido de toda vontade de pular no pescoço da pessoa, ou dito de uma maneira mais elegante, acusá-la de acabar com a sua reputação. Seja diplomático e equilibrado. Nada de partir para o ataque.

Uma dica é usar a técnica dos postos. A ideia é entrar para a discussão com a ideia de que os dois lados tem posições legitimas e que devem, juntos, construir uma terceira via. “Não precisa chegar a um consenso, mas, sim, a um ajuste de possibilidades”, afirma Reis.

4Se não resolver ...

Continue fazendo seu trabalho da melhor maneira possível de forma que não tenham o que falar contra você. Agora, se o cenário se agravar e todas as possibilidades de negociação forem exauridas, vale recorrer a uma via judicial por dano moral.

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São Paulo – Por mais gente boa que você seja, as opiniões a seu respeito nem sempre serão uma unanimidade positiva. Vez ou outra, alguém pode, sim, tecer um comentário a seu respeito no trabalho. Não se assuste.

“As relações humanas são sempre a partir das diferenças”, afirma o coach Homero Reis. “Um dos indicadores de maturidade é ver essas diferenças como possibilidades e não ameaças. E que essas divergências a seu respeito são um conflito de possibilidades”.

Da crítica à conspiração contra a sua reputação  na carreira nem sempre há um longo percurso. E basta um comentário maldoso (e muitas vezes injusto) para que a sua imagem profissional fique em risco. Mas qual é o comportamento adequado para este tipo de situação? Especialistas respondem:

1Para além da rádio peão

Antes de entrar em desespero e querer abrir um buraco para se esconder, avalie a veracidade e a relevância sobre os comentários negativos tecidos a seu respeito. “Neste caso, a pessoa precisa se certificar se realmente existe uma ação orquestrada contra ela. Percebido isso, deve sair do campo da dúvida para a certeza”, afirma o coach Homero Reis.

Confrontar a pessoa que traz essa informação para você é o primeiro passo. “Pergunte se o que ela está dizendo é verdade, se é importante e que tipo de benefício este dado irá lhe trazer. Se a pessoa não tiver uma resposta, você já cortou a fofoca pela raiz. Você neutraliza uma difamação”, afirma o consultor Kharim Khoury, autor do livro “Vire a página – Estratégias para resolver conflitos” (Editora Senac). “Você precisa obrigar essa pessoa se posicionar. É uma maneira de cortar a rádio peão”.

2Controle suas reações

Confirmados todos os boatos, a hora é de colocar em ordem todos os sentimentos em relação ao caso. Nestas circunstâncias, é normal sentir raiva, tristeza e outras emoções negativas. Mas você não pode se deixar levar por elas.


“Temos que ter controle sobre o nosso comportamento, nunca sobre o comportamento do outro”, diz Khoury.

Para isso, é essencial “conhecer bem a si mesmo e saber quais são as suas fortalezas”, afirma Irene Azevedo da LLH| DBM. “Aquele que conhece a si mesmo e ao outro não perde nenhuma batalha porque consegue prever os próprios comportamentos”.

3Chame para uma conversa

Com a cabeça em ordem, chame o autor das supostas estratégias para minar sua reputação para uma conversa. Uma franca conversa, diga-se de passagem. Dependendo do caso, vá acompanhado de uma testemunha de confiança.

Neste momento, fique despido de toda vontade de pular no pescoço da pessoa, ou dito de uma maneira mais elegante, acusá-la de acabar com a sua reputação. Seja diplomático e equilibrado. Nada de partir para o ataque.

Uma dica é usar a técnica dos postos. A ideia é entrar para a discussão com a ideia de que os dois lados tem posições legitimas e que devem, juntos, construir uma terceira via. “Não precisa chegar a um consenso, mas, sim, a um ajuste de possibilidades”, afirma Reis.

4Se não resolver ...

Continue fazendo seu trabalho da melhor maneira possível de forma que não tenham o que falar contra você. Agora, se o cenário se agravar e todas as possibilidades de negociação forem exauridas, vale recorrer a uma via judicial por dano moral.

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