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Recorde de empregos

Os três estados do Sul têm registrado recordes de contratação. Conheça os setores mais aquecidos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 16h36.

São Paulo - No mês passado duas grandes montadoras, a Fiat e a General Motors, anunciaram investimentos na ampliação de suas fábricas em Campo Largo (PR) e Gravataí (RS). Juntas, elas vão criar 1 400 postos de trabalho.

Em Santa Catarina, há novos empreendimentos hoteleiros chegando a Florianópolis e também abrindo suas portas em cidades vizinhas, como é o caso da pequenina Governador Celso Ramos, município de 12 000 habitantes, localizado a 30 minutos de carro da capital catarinense, que se prepara para receber um imenso resort do Grupo Brasil Hospitality, dono de outros hotéis de luxo na Bahia.

Nessa região, a indústria de tecnologia vem criando mais empregos para programadores, analistas de sistemas e desenvolvedores de software. No Paraná o expoente é a Positivo Informática; em Santa Catarina tem a Datasul, de Joinville; e em Porto Alegre, o centro de desenvolvimento da Dell é o destaque.

A indústria metal-mecânica catarinense é outro pólo de empregos. Entre as empresas contratantes está a catarinense Weg.  Os mais jovens têm emprego garantido nas operadoras de call center da região, como a Contax, com sede na capital gaúcha.

Os números do Ministério do Trabalho para a região confirmam o bom momento do mercado de trabalho no Sul. Porto Alegre e sua região metropolitana registraram, no mês passado, a menor taxa de desemprego regional  medida pelo IBGE, que ficou em 5% — o menor para o mês de maio desde 2002.

Paraná e Santa Catarina têm números parecidos. Nas capitais desses estados os empregadores já reclamam da falta de mão de obra qualificada e queixam-se que os candidatos a uma vaga de emprego já estão mais exigentes na hora de negociar o salário.

Os especialistas no mercado de trabalho local estimam que, nos três primeiros meses do ano, houve um aumento de 10% no pacote de remuneração oferecido na contratação pelas empresas com sede no Sul, ante o mesmo período do ano passado.

Entre os empregadores que estão tendo de rever o pacote de salário e benefícios estão as construtoras, que têm de pagar mais para recrutar engenheiros, pedreiros e mestres de obras. “Falta gente e os salários estão inflacionados”, diz Gustavo Selig, presidente da Hestia, construtora com empreendimentos no Paraná e em Santa Catarina.

Polo Exportador

Uma atividade que vem ganhando projeção cada vez maior no Sul é a importação e a exportação, devido ao aumento das transações com os países da América Latina e da Ásia. Com isso, tem-se aberto mais oportunidades de trabalho nas regiões portuárias de Itajaí, Navegantes e Imbituba, em Santa Catarina, e no porto de Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

“Esse é um mercado que está crescendo bastante e vai demandar mais pessoas”, diz o gaúcho Felipe Knorr, de 28 anos, gerente comercial da Ittalian Line, operadora de logística gaúcha. Formado em comércio internacional pela Unisinos (importante universidade do Sul do país), Felipe começou cedo no ramo.

Foi estagiário da Libra, que também atua no mercado de importação e exportação, e lá foi crescendo até se tornar gerente de vendas. Há um ano e meio, foi convidado para trabalhar na Ittalian, companhia que foi montada há cinco anos. “Vim pelo desafio de participar de um negócio que está começando”, diz. Felipe conta que teve de estruturar a parte comercial da empresa, que hoje negocia com 2 000 agentes, companhias que prestam serviço nos portos nacionais e estrangeiros.

Os profissionais mais procurados pelas operadoras são engenheiros, para atuar na área de logística, e de comércio exterior, para atuar na parte comercial e de contratos. As competências indispensáveis são fluência em inglês, embora o espanhol e o mandarim sejam diferenciais importantes, habilidade para negociar e muito jogo de cintura para lidar com imprevistos, fusos horários diferentes e profissionais do mundo todo.

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