QuintoAndar quer contratar mais desenvolvedoras - e vai formá-las de graça
Estão abertas até 25 de agosto as inscrições para o curso de desenvolvimento de software, que é gratuito e exclusivo para mulheres
Luísa Granato
Publicado em 13 de agosto de 2019 às 05h55.
Última atualização em 15 de agosto de 2019 às 17h06.
São Paulo - Além de revolucionar o mercado imobiliário, o QuintoAndar quer solucionar outro problema: a desigualdade entre gêneros na área de tecnologia.
Com esse objetivo, a startup decidiu começar dentro de casa e fez uma parceria com a Code Nation para lançar o curso Java Women, que vai formar profissionais na área de desenvolvimento de software, com foco na programação back-end em Java e completamente gratuito.
“Quando olhamos para a área de tecnologia, só 20% dos profissionais são mulheres. Fazendo um recorte geral da empresa, vimos um equilíbrio entre homens e mulheres em todas as áreas e nos cargos de liderança. Porém, na área de tecnologia,vimos a mesma diferença que no mercado”, conta Heloísa Vieira, gerente de atração de talentos do QuintoAndar.
As inscrições podem ser feitas através do site da Code Nation até o dia 25 de agosto. O curso é apenas para mulheres, mas não há restrição de idade ou exigência de cursos ou graduações.
O único requisito é que as candidatas tenham alguma experiência em programação back-end, em qualquer linguagem ou projeto, seja profissional ou pessoal.
São 30 vagas disponíveis e a empresa tem a meta de contratar metade da turma. No final do curso, as alunas vão apresentar um projeto final, desenvolvido ao longo do curso e, após uma entrevista final, poderão ser contratadas.
Mesmo com a parceria, as alunas não têm qualquer obrigação com a empresa e terão um certificado do curso, podendo procurar oportunidades no mercado.
O curso terá a duração de 10 semanas, com aulas presenciais aos sábados em São Paulo, no escritório do QuintoAndar, e atividades remotas ao longo da semana. As aulas terão início no dia 14 de setembro.
Segundo KésiaCristine, ela é líder de Marca Empregadora, que participou da estruturação do projeto desde o início, as alunas terão conteúdos técnicos, focados na linguagem Java, e também terão workshops sobre competências comportamentais, empoderamento e protagonismo na carreira.
“Vamos trazer as mulheres do nosso time para falar com as alunas, mostrar um pouco do ambiente e oportunidades no mercado. Elas poderão se espelhar nas mulheres que trabalham aqui com a gente”, diz ela.
Segundo levantamento da Robert Half, um profissional desenvolvedor back-end pode receber salários entre 3,7 mil a 13 mil reais.