Quer ser competitivo no mercado de trabalho? Este é o 1º passo
Veja o conselho de Sofia Esteves, presidente do Conselho do Grupo Cia de Talentos, sobre como usar seu talento para conquistar oportunidades no mercado
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2017 às 19h00.
Última atualização em 27 de novembro de 2017 às 19h00.
Na semana passada, o instituto de pesquisa suíço IMD divulgou um ranking global que mede a capacidade dos países de atrair, desenvolver e reter talentos . Infelizmente, o Brasil caiu sete posições em relação ao ano anterior, agora, ocupamos o 52º lugar. Detalhe importante: o estudo engloba 63 países.
Embora os Estados Unidos estejam em uma classificação muito melhor do que a nossa, me chamou a atenção o fato de que eles também caíram no ranking, agora, ocupam o 16º lugar e receberam um alerta do IMD: o país corre o risco de perder a sua competitividade global se não investir em educação pública. Isso demonstra o quanto a educação tem papel fundamental no desenvolvimento de talentos.
Segundo o estudo, que bate exatamente com os resultados que temos constatado nos processos seletivos, um dos pontos sensíveis que resultaram na queda da nossa classificação é a falta de preparo dos nossos profissionais, ou seja, o Brasil não está fornecendo o tipo de habilidade ou talento que tem sido exigido.
O investimento em educação pedagógica e sócio emocional é essencial para que talentos sejam desenvolvidos e, como a educação é nosso calcanhar de Aquiles, tivemos uma pontuação baixa nesse quesito.
É importante dizer que o IMD apontou que também é importante a participação do setor privado no desenvolvimento de talentos. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de treinamento dos colaboradores. Porém, nosso indicador nesse quesito foi bem baixo, o que impacta diretamente na motivação dos profissionais. E se as pessoas não possuem oportunidades de desenvolvimento pessoal, o que elas fazem? A resposta é: emigram. Isso resulta em um problema sério de fuga de capital humano.
Afinal, o que estamos fazendo de errado?
A primeira coisa que deveríamos melhorar é a nossa educação básica. Feito isso, as chances de esse aluno chegar preparado ao ensino superior aumentam muito. Também é importante criar um caminho alternativo para o jovem que não quer uma profissão que exija um curso superior. Para o perfil desse jovem é essencial ter um caminho de educação que o leve a preencher posições que não demandam curso superior, mas necessitam de algumas habilidades técnicas.
Agora, também não podemos esquecer que o profissional de sucesso é aquele que tem a iniciativa de procurar manter sua competitividade. Nesse caso, a palavra-chave é disciplina. Se você for disciplinado para manter sua rede de contatos ativa, para entregar resultados acima da média e para se manter atualizado, então, estará no caminho certo.
E se vale um conselho extra, então, eu diria para que você se pergunte, ao final de cada projeto: o que eu fiz de muito bom e o que pode melhorar? Essas respostas irão dar a você perspectivas valiosas.