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Onde estão os bons empregos em 2015

A maioria dos brasileiros tem planos de buscar um novo trabalho neste ano. Cumprir esse objetivo será uma tarefa complicada, mas não impossível

Fábrica do grupo Petrópolis, em Alagoinhas, na Bahia: fabricante de cerveja contratou 900 pessoas no ano passado. (Fernando Vivas)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 21h20.

Não será em 2015 que a economia brasileira vai se recuperar do mau desempenho do ano passado. Em janeiro, o boletim Focus, do Banco Central, que traz estimativas das principais instituições financeiras, previa um crescimento de 0,13% para o PIB brasileiro neste ano, um reflexo da desaceleração econômica que já provoca queda nas contratações e demissões na indústria e na construção civil.

A previsão é que o mercado de trabalho fique estagnado neste ano, com a taxa de desemprego na casa de 7,1%, acima da média da América Latina (6,8%), segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O problema é que o desejo do brasileiro de mudar de emprego em busca de mais satisfação ou valorização profissional vem aumentando em ritmo inversamente proporcional às taxas de crescimento da economia.

De acordo com uma pesquisa com 8 500 profissionais de nível superior, conduzida pela empresa de recrutamento Hays em parceria com o Insper, 79,17% dos entrevistados disseram almejar uma nova oportunidade neste ano — ante 76,7% na edição anterior do levantamento.

Outro estudo, do site de empregos Catho, também detectou o desejo de mudar de trabalho — 67,7% disseram ter planos de buscar uma nova vaga em 2015. “Mesmo que haja incerteza no ar, os profissionais consideram abrir mão de lugares onde se sentem estagnados”, afirma Luís Testa, diretor de pesquisa e estratégia da Catho.

Alguns setores devem continuar a contratar neste ano, embora sejam poucos (veja quadros). Se você está em um deles e tem planos de mudar de trabalho, será um dos privilegiados que poderão assumir mais riscos na hora de fazer a mudança.

O administrador de empresas Daniel Kano, de 31 anos, trocou em 2014 uma posição de controller na Syngenta, uma das líderes mundiais do agronegócio, na qual estava há dez anos, por uma similar na NexSteppe, startup californiana especializada em sementes para a produção de biocombustíveis, com apenas 40 funcionários no Brasil. “Foi uma mudança que deu um frio na barriga, mas fiz o processo de seleção diretamente com o CFO e com a fundadora da NexSteppe. Eles me mostraram o que a empresa poderia me oferecer de conhecimento e aprendizado”, diz Daniel. Na mudança, ele conseguiu aumento de 13% no salário.

Para quem não está num dos setores aquecidos, a troca deve ser mais demorada. Na pesquisa Hays Insper, 37,3% dos trabalhadores desempregados estão buscando um posto há mais de seis meses.

Na pesquisa anterior, a parcela era de 25,2% do total. Os números são coerentes com a postura mais austera das empresas: as que não pretendiam aumentar o quadro eram 39% no começo de 2014, ante 44% em 2015.

Por isso, quem for tentar uma nova vaga deve se preparar para uma concorrência maior. “Quando a economia está estagnada, as empresas fazem uma seleção mais criteriosa, que se alonga e envolve mais gente”, diz Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half, empresa de recrutamento executivo de São Paulo.

Alguns profissionais terão mais chances. É o caso dos cargos técnicos e gerentes, considerados importantes para obter maior eficiência e produtividade num ano de recursos mais magros.

Os primeiros porque são treinados para melhorar os processos, e os últimos, como lideranças, são considerados cruciais para fazer com que as equipes alcancem suas metas.  “Os empregadores estarão de olho naqueles que conseguiram passar pela turbulência de 2014 entregando bons resultados e que poderiam trazer essa experiência para o novo trabalho”, afirma Rodrigo Soares, diretor comercial da Hays.

As competências valorizadas pelas corporações se alteram num cenário como o atual. O levantamento da Hays e do Insper mostrou que, em momentos de crise, o que 49,8% dos empregadores mais valorizam é a capaci­dade de adaptação. “Essa pessoa vai precisar demonstrar ter energia, pois será um ano que vai exigir muito física, mental e emocionalmente dos profissionais, que precisarão mostrar resultados”, diz Bernardo Cavour, sócio da Flow Executive Finders, de São Paulo.“É preciso saber se comunicar bem, trabalhar em equipe e ser multidisciplinar.”

Os candidatos não devem contar com aumentos de salário substanciais se quiserem migrar para outras empresas. “De maneira geral, as transições estão ocorrendo com um incremento salarial de 10%”, afirma Fernando, da Robert Half.

Nos níveis executivos, as empresas têm tentado contrabalançar a proposta salarial — que resulta em crescimento das despesas fixas com a folha de pagamentos — com benefícios e bônus atrelados aos resultados. “Na composição do pacote de ganhos anual, 50% têm sido de remuneração variável, tendência que deve se manter”, diz João Marcio Souza, da Talenses, empresa de recrutamento de São Paulo.

Os especialistas aconselham, portanto, que o salário não seja o principal motivo para a busca de um novo trabalho. “O candidato deve avaliar se o novo emprego agrega experiência para a carreira e se a empresa para onde deseja ir tem condições de crescer e prevalecer”, afirma Bernardo, da Flow Executive Finders.

Conhecer os mercados que vão bem pode ajudar a definir as empresas nas quais haverá mais oportunidades, caso você esteja disposto a mudar de área.

Foi assim que Filipe Maciel, de 38 anos, definiu sua saí­da de um cargo de direção na Aon Hewitt, multinacional de benefícios trabalhistas onde estava desde 1998, para tornar-se diretor da Vis Corretora, empresa de seguros, no ano passado, em busca de mais autonomia. “Havia as incertezas da economia, eu tenho uma filha pequena, tudo isso pesou na hora de escolher o segmento para onde migraria”, diz Filipe, que afirma ter conseguido retiradas 10% maiores do que o salário na empresa anterior. Prova de que estudar e entender o mercado antes de tomar decisões profissionais pode trazer boas recompensas.

Onde estarão as melhores vagas

Indústria de alimentos e bebidas

Estudo recente da Food Consulting, de São Paulo, sobre o impacto de 20 variáveis — como renda, emprego, inflação e dólar — mostra que, enquanto os dois primeiros se mantiverem estáveis, o desempenho da indústria de alimentos não será afetado no país. “A projeção é que o faturamento do setor cresça de 6% a 8% neste ano”, diz Sergio Molinari,­ especialista em indústria de alimentos da Food Consulting. Um bom exemplo é o grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, que, na contramão da crise na indústria, contratou 900 pessoas em 2014.

Melhores oportunidades: gerentes de planejamento financeiro, de tesouraria e de marketing estão em alta no setor, bem como gerentes e executivos de vendas.

Agronegócio

Nesse setor, segundo os especialistas, as empresas estão deixando de ser familiares para se profissionalizar, o que abre espaço para executivos de diversas áreas.

O ano também deve ter crescimento da safra. “O preço das commodities está menor do que a média dos últimos anos, mas o dólar mais alto pode compensar isso, permitindo que o setor cresça entre 4% e 6%”, afirma o analista de mercado agrícola Vlamir Brandalizze, de Curitiba.

Melhores oportunidades: executivos de finanças, gerentes de desenvolvimento

Varejo

O comércio varejista, principalmente de alimentos, cosméticos e higiene pessoal, não deve sofrer imediatamente os impactos do fraco crescimento. “As pessoas podem mudar o mix de produtos, o que pode levar a indústria a desenvolver opções mais baratas, mas não vão deixar de consumir”, afirma Sergio Molinari, da Food Consulting. Um dos grandes varejistas que vão recrutar em 2015 é o Grupo Pão de Açúcar, com previsão de abrir 20 000 vagas em todo o país.

Melhores oportunidades: profissionais de finanças, vendas, tecnologia e marketing de estratégia podem ter espaço nesse setor.

Farmacêutico, de higiene pessoal e cosméticos

O menor custo desse tipo de produto permite que essa indústria seja menos afetada pelo endividamento das famílias. O setor também é favorecido pelo envelhecimento da população brasileira. O Grupo Raia Drogasil, presente em 12 estados, prevê a abertura de 2 000 novos postos de trabalho neste ano. As vagas

Melhores oportunidades: farmacêuticos e profissionais de logística, para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Seguros e mercado financeiro

A instabilidade econômica do último ano resultou num impulso às seguradoras, segundo o Guia Salarial Hays/Insper. Houve ainda o desenvolvimento de canais alternativos de venda, como a internet, a chegada de startups do setor ao país e a expansão de empresas de pequeno porte.

Em 2015, a Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg) projeta um crescimento de 12,4% para o setor. “As empresas que oferecem produtos diferenciados têm uma margem de crescimento ainda maior”, diz Fabio Pinho, CEO da francesa Essor

Seguros, especializada em seguros agrícolas para construção civil e transportes, que pretende aumentar seu quadro em 20% neste ano. As posições serão no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Sul do país, com salários entre 3 000 e 8 000 reais.

Melhores oportunidades: entre as empresas de seguros, diretores de novos negócios e subescritores (profissionais de análise de risco) estão bastante requisitados. Já as instituições financeiras deverão contratar nas áreas de compliance e auditoria, pois estão sob a mira dos órgãos reguladores.

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Não será em 2015 que a economia brasileira vai se recuperar do mau desempenho do ano passado. Em janeiro, o boletim Focus, do Banco Central, que traz estimativas das principais instituições financeiras, previa um crescimento de 0,13% para o PIB brasileiro neste ano, um reflexo da desaceleração econômica que já provoca queda nas contratações e demissões na indústria e na construção civil.

A previsão é que o mercado de trabalho fique estagnado neste ano, com a taxa de desemprego na casa de 7,1%, acima da média da América Latina (6,8%), segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O problema é que o desejo do brasileiro de mudar de emprego em busca de mais satisfação ou valorização profissional vem aumentando em ritmo inversamente proporcional às taxas de crescimento da economia.

De acordo com uma pesquisa com 8 500 profissionais de nível superior, conduzida pela empresa de recrutamento Hays em parceria com o Insper, 79,17% dos entrevistados disseram almejar uma nova oportunidade neste ano — ante 76,7% na edição anterior do levantamento.

Outro estudo, do site de empregos Catho, também detectou o desejo de mudar de trabalho — 67,7% disseram ter planos de buscar uma nova vaga em 2015. “Mesmo que haja incerteza no ar, os profissionais consideram abrir mão de lugares onde se sentem estagnados”, afirma Luís Testa, diretor de pesquisa e estratégia da Catho.

Alguns setores devem continuar a contratar neste ano, embora sejam poucos (veja quadros). Se você está em um deles e tem planos de mudar de trabalho, será um dos privilegiados que poderão assumir mais riscos na hora de fazer a mudança.

O administrador de empresas Daniel Kano, de 31 anos, trocou em 2014 uma posição de controller na Syngenta, uma das líderes mundiais do agronegócio, na qual estava há dez anos, por uma similar na NexSteppe, startup californiana especializada em sementes para a produção de biocombustíveis, com apenas 40 funcionários no Brasil. “Foi uma mudança que deu um frio na barriga, mas fiz o processo de seleção diretamente com o CFO e com a fundadora da NexSteppe. Eles me mostraram o que a empresa poderia me oferecer de conhecimento e aprendizado”, diz Daniel. Na mudança, ele conseguiu aumento de 13% no salário.

Para quem não está num dos setores aquecidos, a troca deve ser mais demorada. Na pesquisa Hays Insper, 37,3% dos trabalhadores desempregados estão buscando um posto há mais de seis meses.

Na pesquisa anterior, a parcela era de 25,2% do total. Os números são coerentes com a postura mais austera das empresas: as que não pretendiam aumentar o quadro eram 39% no começo de 2014, ante 44% em 2015.

Por isso, quem for tentar uma nova vaga deve se preparar para uma concorrência maior. “Quando a economia está estagnada, as empresas fazem uma seleção mais criteriosa, que se alonga e envolve mais gente”, diz Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half, empresa de recrutamento executivo de São Paulo.

Alguns profissionais terão mais chances. É o caso dos cargos técnicos e gerentes, considerados importantes para obter maior eficiência e produtividade num ano de recursos mais magros.

Os primeiros porque são treinados para melhorar os processos, e os últimos, como lideranças, são considerados cruciais para fazer com que as equipes alcancem suas metas.  “Os empregadores estarão de olho naqueles que conseguiram passar pela turbulência de 2014 entregando bons resultados e que poderiam trazer essa experiência para o novo trabalho”, afirma Rodrigo Soares, diretor comercial da Hays.

As competências valorizadas pelas corporações se alteram num cenário como o atual. O levantamento da Hays e do Insper mostrou que, em momentos de crise, o que 49,8% dos empregadores mais valorizam é a capaci­dade de adaptação. “Essa pessoa vai precisar demonstrar ter energia, pois será um ano que vai exigir muito física, mental e emocionalmente dos profissionais, que precisarão mostrar resultados”, diz Bernardo Cavour, sócio da Flow Executive Finders, de São Paulo.“É preciso saber se comunicar bem, trabalhar em equipe e ser multidisciplinar.”

Os candidatos não devem contar com aumentos de salário substanciais se quiserem migrar para outras empresas. “De maneira geral, as transições estão ocorrendo com um incremento salarial de 10%”, afirma Fernando, da Robert Half.

Nos níveis executivos, as empresas têm tentado contrabalançar a proposta salarial — que resulta em crescimento das despesas fixas com a folha de pagamentos — com benefícios e bônus atrelados aos resultados. “Na composição do pacote de ganhos anual, 50% têm sido de remuneração variável, tendência que deve se manter”, diz João Marcio Souza, da Talenses, empresa de recrutamento de São Paulo.

Os especialistas aconselham, portanto, que o salário não seja o principal motivo para a busca de um novo trabalho. “O candidato deve avaliar se o novo emprego agrega experiência para a carreira e se a empresa para onde deseja ir tem condições de crescer e prevalecer”, afirma Bernardo, da Flow Executive Finders.

Conhecer os mercados que vão bem pode ajudar a definir as empresas nas quais haverá mais oportunidades, caso você esteja disposto a mudar de área.

Foi assim que Filipe Maciel, de 38 anos, definiu sua saí­da de um cargo de direção na Aon Hewitt, multinacional de benefícios trabalhistas onde estava desde 1998, para tornar-se diretor da Vis Corretora, empresa de seguros, no ano passado, em busca de mais autonomia. “Havia as incertezas da economia, eu tenho uma filha pequena, tudo isso pesou na hora de escolher o segmento para onde migraria”, diz Filipe, que afirma ter conseguido retiradas 10% maiores do que o salário na empresa anterior. Prova de que estudar e entender o mercado antes de tomar decisões profissionais pode trazer boas recompensas.

Onde estarão as melhores vagas

Indústria de alimentos e bebidas

Estudo recente da Food Consulting, de São Paulo, sobre o impacto de 20 variáveis — como renda, emprego, inflação e dólar — mostra que, enquanto os dois primeiros se mantiverem estáveis, o desempenho da indústria de alimentos não será afetado no país. “A projeção é que o faturamento do setor cresça de 6% a 8% neste ano”, diz Sergio Molinari,­ especialista em indústria de alimentos da Food Consulting. Um bom exemplo é o grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, que, na contramão da crise na indústria, contratou 900 pessoas em 2014.

Melhores oportunidades: gerentes de planejamento financeiro, de tesouraria e de marketing estão em alta no setor, bem como gerentes e executivos de vendas.

Agronegócio

Nesse setor, segundo os especialistas, as empresas estão deixando de ser familiares para se profissionalizar, o que abre espaço para executivos de diversas áreas.

O ano também deve ter crescimento da safra. “O preço das commodities está menor do que a média dos últimos anos, mas o dólar mais alto pode compensar isso, permitindo que o setor cresça entre 4% e 6%”, afirma o analista de mercado agrícola Vlamir Brandalizze, de Curitiba.

Melhores oportunidades: executivos de finanças, gerentes de desenvolvimento

Varejo

O comércio varejista, principalmente de alimentos, cosméticos e higiene pessoal, não deve sofrer imediatamente os impactos do fraco crescimento. “As pessoas podem mudar o mix de produtos, o que pode levar a indústria a desenvolver opções mais baratas, mas não vão deixar de consumir”, afirma Sergio Molinari, da Food Consulting. Um dos grandes varejistas que vão recrutar em 2015 é o Grupo Pão de Açúcar, com previsão de abrir 20 000 vagas em todo o país.

Melhores oportunidades: profissionais de finanças, vendas, tecnologia e marketing de estratégia podem ter espaço nesse setor.

Farmacêutico, de higiene pessoal e cosméticos

O menor custo desse tipo de produto permite que essa indústria seja menos afetada pelo endividamento das famílias. O setor também é favorecido pelo envelhecimento da população brasileira. O Grupo Raia Drogasil, presente em 12 estados, prevê a abertura de 2 000 novos postos de trabalho neste ano. As vagas

Melhores oportunidades: farmacêuticos e profissionais de logística, para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

Seguros e mercado financeiro

A instabilidade econômica do último ano resultou num impulso às seguradoras, segundo o Guia Salarial Hays/Insper. Houve ainda o desenvolvimento de canais alternativos de venda, como a internet, a chegada de startups do setor ao país e a expansão de empresas de pequeno porte.

Em 2015, a Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg) projeta um crescimento de 12,4% para o setor. “As empresas que oferecem produtos diferenciados têm uma margem de crescimento ainda maior”, diz Fabio Pinho, CEO da francesa Essor

Seguros, especializada em seguros agrícolas para construção civil e transportes, que pretende aumentar seu quadro em 20% neste ano. As posições serão no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Sul do país, com salários entre 3 000 e 8 000 reais.

Melhores oportunidades: entre as empresas de seguros, diretores de novos negócios e subescritores (profissionais de análise de risco) estão bastante requisitados. Já as instituições financeiras deverão contratar nas áreas de compliance e auditoria, pois estão sob a mira dos órgãos reguladores.

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