Carreira

Quais as situações que garantem a estabilidade no emprego?

Existem situações em que a empresa não pode demitir o empregado sem justa causa. Advogado trabalhista explica quais são esses casos

 (Andersen Ross Photography Inc/Getty Images)

(Andersen Ross Photography Inc/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 12h30.

Última atualização em 5 de novembro de 2020 às 13h11.

A estabilidade no emprego é o direito do empregado em permanecer empregado durante certo período, mesmo contra a vontade da empresa. Enquanto perdurar, o trabalhador somente poderá ser despedido por justa causa.

As hipóteses de estabilidades são previstas na legislação e seu período varia conforme a causa que deu origem à garantia de emprego. Uma das hipóteses mais comuns é o caso da gestante. Nessas situações, a empregada adquire estabilidade desde a confirmação da gravidez, até cinco meses após o parto.

Outra hipótese comum se refere ao empregado que sofre acidente do trabalho. Se ele tiver que se afastar do trabalho em razão do acidente e, durante esse período, receber auxílio-doença acidentário do INSS, quando retornar ao serviço terá estabilidade por 12 meses, a contar do retorno.

Também, ocupar certas funções eletivas gera o direito à estabilidade provisória ao trabalhador. Nesse sentido, o dirigente sindical, assim como o empregado eleito para cargo de direção de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), têm a garantia a partir do registro da sua candidatura ao cargo, até um ano após o final do mandato.

Ainda, haverá estabilidade provisória ao empregado que ocupar determinados cargos em conselhos colegiados. São os casos dos trabalhadores membros do Conselho Curador do FGTS e do Conselho Nacional de Previdência Social. Em qualquer das situações, a estabilidade ocorrerá da nomeação, até um ano após o término do mandato.

Além desses casos, neste período de calamidade pública declarada em razão da Covid-19, o trabalhador que teve o contrato de trabalho suspenso ou sofreu redução do salário com a correspondente diminuição da jornada de trabalho, mediante o recebimento do Benefício Emergencial pago pelo Estado, não poderá ser despedido sem justa causa, enquanto perdurar essas alterações e também pelo mesmo período, após o retorno à normalidade.

Por fim, é possível que outras causas de estabilidade provisória no emprego sejam definidas em negociação coletiva com o sindicato da categoria profissional.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDireitos trabalhistasLeis trabalhistas

Mais de Carreira

Concurso Nacional Unificado: governo detalha novo cronograma; selecionados devem começar em janeiro

Portugal corta impostos para atrair trabalhadores estrangeiros qualificados

Por que tem um "buraco" no seu currículo? Como explicar na entrevista de emprego

Conserto ou concerto: afinal, qual é o correto?

Mais na Exame