Nova Friburgo (Valter Campanato/Agência Brasil)
Talita Abrantes
Publicado em 21 de março de 2011 às 06h36.
Última atualização em 18 de outubro de 2016 às 11h52.
São Paulo – Aos poucos, a carreira de gestores de continuidade de negócios começa a ganhar destaque no Brasil. Eles são os responsáveis por elaborar um plano alternativo para as empresas em caso de desastres, como o que vitimou o Japão há alguns dias ou o que assolou a região serrana do Rio de Janeiro, no fim de janeiro.
Parte dessa valorização está ligada à pressão dos investidores internacionais. “Ninguém quer que o cenário do ataque ao World Trade Center se repita”, diz o Jeferson D'Addario, diretor da consultoria de gestão de riscos Daryus.
Mas também porque o mercado nacional está amadurecendo graças a algumas regulamentações. Os setores financeiro e de óleo e gás são os que apresentaram os melhores avanços nos últimos anos.
A expectativa é de que até a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a profissão deve ganhar mais espaço no Brasil.
“Uma equipe fará um mapeamento de possíveis riscos, como um inundação ou um ataque terrorista”, afirma Alexandre Guindani, autor de um livro sobre assunto que deve ser lançado em breve.
A maior parte do tempo o trabalho é prevenir, planejar e cruzar os dedos para que nada aconteça. Se acontecer, o foco é liderar equipes para cumprir o plano B.Para atuar no setor, o profissional precisa ter um profundo conhecimento de detalhes do negócio em questão para que possa ver o desastre para além dos fatos.
Ainda não existe nenhum curso voltado para o setor. Profissionais formados em engenharia ou administração, entre outros, podem tentar dois tipos de certificação, a DRII (Disaster Recovering International Institute) e BCI (Business Continuity Institute) .A certificação, contudo, não é obrigatória.
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