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4 motivos para fugir da rotina de todo dia no trabalho

Especialistas listam os principais prejuízos para a carreira dos profissionais que sempre fazem mais do mesmo

Jovem em frente a pilha de papéis: se a rotina é importante para adquirir excelência em determinada ação, ela é matadora das novas ideias (Getty Images)

Camila Pati

Publicado em 2 de maio de 2014 às 17h01.

São Paulo – Se os versos da música “Cotidiano” de Chico Buarque parecem ter sido feitos para ilustrar a sua vida profissional, cuidado: “fazer tudo sempre igual” pode estar prejudicando sua carreira .

É claro que um pouco de rotina no dia a dia de trabalho é necessário. Isso traz segurança e permite que você domine tarefas e processos da empresa. “A rotina ajuda o profissional a aperfeiçoar a execução das tarefas”, diz Danielle Torres, sócia da Affero Lab.

Mas, se você já sabe exatamente o que vai fazer do minuto que você chega à empresa até o fim do expediente pelos próximos meses (ou mais!) pode ser a hora de repensar a rigidez de sua agenda. Confira os prejuízos de ficar preso à rotina, segundo duas especialistas:

1Sua criatividade é limitada

Se a rotina é importante para adquirir excelência em determinada ação, ela é matadora das novas ideias, segundo Helena Ribeiro, presidente do Grupo Empreza.

“A pessoa tem que ter espaço para desenvolver pensamento estratégico, para pensar em novos meios para o que ele está fazendo”, diz Helena. Preso às mesmas tarefas - e ocupado demais com elas - o profissional acaba passando longe da inovação .

2Você não enxerga as oportunidades

Com os olhos voltados sempre para o mesmo lugar, é possível que boas oportunidades passem ao seu lado sem serem notadas.

“Andar no trilho e não sair dele leva a um só caminho, mas existem outros que podem até ser arriscados, mas são novos e podem trazer crescimento”, diz Helena.

3Você não se desafia, nem é desafiado

Se a zona é sempre a de conforto, nela não entram desafios. Por isso, Danielle da Affero Lab fala no perigo do comodismo gerado pela rotina. Isso porque nada como desafio novo para sacudir o dia de trabalho e exigir mais energia de uma pessoa.

“Essa questão de não sair da zona de conforto está relacionada ao medo de errar. O profissional se mantém na sua rotina porque sabe que assim ele não erra”, diz Helena Ribeiro. Assim, além de não procurar, ele foge de qualquer atividade diferente por receio de não conseguir acertar de primeira.

4O aprendizado é mínimo

A soma de todos os itens anteriores só poderia resultar na falta de aprendizado. Sem ele, a trilha de carreira que leva ao crescimento perde seus contornos e some do campo de visão do profissional.

“A pessoa que fica só na rotina acaba vivendo de passado”, diz Helena. E a especialista lembra que o que você faz hoje determina o seu futuro.

Ou seja, deixar de aprender agora é ficar para trás amanhã. “Em minha opinião, ficar preso à rotina é um desperdício de potencial e de talento”, diz a especialista.

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São Paulo - O que a franquia de filmes do “007”, o aclamado “Argo” e o clássico “Big – Quero ser grande” têm em comum? De acordo com a especialista em criatividade e inovação Gisela Kassoy, eles trazem uma série de lições sobre o processo criativo e podem ser úteis para quem quer pensar fora da caixa na carreira .  Confira quais são as produções que, por surpreender, podem aguçar um olhar inovador sobre as suas atividades profissionais.
  • 2. Argo

    2 /12

  • Eleito o melhor drama do ano no Globo de Ouro e o filme do ano pela Critics'Choice Award de 2013, o filme Argo se baseia em fatos reais para contar a história de seis diplomatas que se escondem na casa de um embaixador canadense para se livrar da ameaça da Revolução Iraniana. Para salvá-los, o agente da CIA Tony Mendez recorre a um plano inusitado: disfarçar os fugitivos de integrantes de uma equipe de produção de um longa-metragem de ficção científica, chamado Argo. “O filme ilustra o lampejo de criatividade que levou o agente a ter uma ideia tão esdrúxula. Do ponto de vista da inovação, vale à pena aproveitar todos os lances desse agente na busca da credibilidade para sua ideia maluca”, diz Gisela. Argo
    Ano
    : 2012
    Direção: Ben Affleck
    Duração: 120 minutos
  • 3. A rede social

    3 /12

    Baseado no livro homônimo, o filme “A rede social” conta uma das versões para a criação do Facebook e a batalha na justiça que Mark Zuckerberg teve que encarar logo nos primeiros anos de empresa. “Vários aspectos podem ser aproveitados com o surgimento e aprimoramento da ideia inicial e os bastidores de uma inovação tão poderosa, incluindo traições e brigas de poder”, diz a especialista. The social network
    Ano: 2010
    Duração: 120 minutos
    Direção: David Fincher
  • 4. Big - Quero ser grande

    4 /12

    Um adolescente de 12 anos faz um pedido a um boneco de parque de diversões: queria ser maior. Resultado: no dia seguinte, num passe de mágica, acorda na pele de um adulto.  De acordo com a especialista, o filme retrata alguns dos processos de criatividade típica das crianças, mas bloqueadas pelos adultos, geralmente. “A cena em que o personagem dá um show numa loja de brinquedos descreve perfeitamente o fenômeno chamado de “serendipity”, quando o livre pensar acaba gerando descobertas ou ideias”, conta
    Big
    Ano: 1988
    Direção: Penny Marshall
    Duração: 104 minutos
  • 5. Na roda da fortuna

    5 /12

    Após o suicídio do fundador das indústrias Hudsucker, um grupo de diretores decide fazer uma manobra para diminuir o valor de mercado da companhia e baratear as ações – para que eles pudessem conquistar o controle da empresa. Para isso, elegem um funcionário, aparentemente, não qualificado da companhia para o cargo de presidência. “Apesar de inverossímil, o filme dá exemplos de como não vender um ideia e ilustra o percurso padrão de uma inovação de produto, desde a rejeição inicial até a hora em que cai nas mãos do usuário certo”, afirma

    The Hudsucker Proxy
    Ano: 1994
    Direção: Joel Coen
    Duração: 110 minutos
  • 6. Estação Doçura

    6 /12

    O que estratégias para se aproximar de um possível parceiro amoroso podem ensinar sobre criatividade? Se o estrategista em questão for a personagem do filme alemão “Estação Doçura” a resposta é muito, segundo Gisela. Desapontada com a vida solitária que leva e apaixonada, a personagem estuda as características de seu “alvo” com técnicas semelhantes às usadas pelas empresas para entender seus clientes.  “Ela inova ao conquistá-lo usando um dos seus pontos fortes”, diz a especialista. “A fase de conquista é uma lição de criatividade, já que ela transforma uma desvantagem em vantagem competitiva”.

    Zuckerbaby
    Ano: 1985
    Direção: Percy Adlon
    Duração: 86 minutos
  • 7. O náufrago

    7 /12

    O filme narra a história de um empregado da FedEx que sofre um acidente de avião e acaba em uma ilha deserta no meio do oceano Pacífico. Para sobreviver quatro anos em solidão e conseguir meios para sair da ilha, ele precisa ser inovador. É exatamente no controle emocional dele e criatividade para agir com poucos recursos que estão os principais ensinamentos. Cast away
    Ano
    : 2000
    Diretor: Robert Zemeckis
    Duração: 143 minutos
  • 8. Traffic

    8 /12

    Concebido em cima de uma série de histórias ligadas sobre o tráfico e consumo de drogas, “Traffic” ensina sobre a “complexidade das interligações, suas causas e consequências”, diz Gisela. “Ele pode trazer reflexões sobre os efeitos de uma inovação em toda a teia que envolve idealizadores, produtores, vendedores, consumidores, entre outros”. Traffic
    Ano: 2001
    Duração: 147 minutos
    Direção: Steven Soderbergh
  • 9. Nove Rainhas

    9 /12

    A um passo de dar um golpe milionário, Marcos e Juan precisam usar da criatividade para driblar uma série de ladrões e farsantes. "Embora os motivos de todos não sejam nada nobres, a criatividade de cada um e assurpresas que o filme gera a cada momento fisgam os espectadores exercitando suas mentes", diz a especialista Nueve Reinas
    Direção:
    Fabián Bielinsky
    Duração: 115 minutos
    Ano: 2001
  • 10. A franquia 007

    10 /12

    Da mesma forma que a produção de Almodóvar ajuda a pensar fora da caixa por quebrar paradigmas, 007 inspira pelos gadgets e estratégias de James Bond. “Sua auto confiança e amor ao trabalho são componentes fundamentais de seu sucesso”, diz Gisela.
  • 11. As obras de Pedro Almodóvar

    11 /12

    A especialista indica qualquer uma das 33 produções (entre longas e curtas metragens) dirigidas pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar como uma boa pedida para aguçar a criatividade. Motivo? A quebra de paradigmas proposta pelo espanhol em cada trama. “Não há comportamentos ou reações clichês. Ele sai da linearidade apresentando, por exemplo, bandidos cheios de compaixão, freiras grávidas e homens homossexuais apaixonados por mulheres”, afirma.
  • 12. Agora, veja 145 minutos de palestras inspiradoras

    12 /12(Divulgação)

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