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POIT ENERGIA

Wilson Poit, 43 anos, engenheiro eletricista

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h34.

Wilson Poit tinha tudo para dar errado. Nasceu em 1959, na região agrícola de Oswaldo Cruz, no interior de São Paulo. Até os onze anos morava numa casa sem energia elétrica, usava roupas remendadas e, nos dias de chuva, como o acesso à escola era ruim, não conseguia freqüentar as aulas. Naquela época, Poit recebeu um saco de batatas do pai. "Minhas primeiras lições de administração começaram no armazém do meu pai. Além de negociar com os clientes, precisava gerenciar o capital de giro e os lucros", lembra. As lições da infância humilde foram determinantes para seu sucesso hoje.

Mesmo com dificuldades, Poit migrou para São Paulo e se formou engenheiro eletricista pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI). Trabalhou na Refinações de Milho Brasil, uma multinacional que oferecia bom salário e boas oportunidades de crescimento. Mas em 1985 largou tudo para virar empreendedor. Montou sua empresa de engenharia e instalações e chegou a um ponto em que muitos poderiam se sentir realizados. No entanto, em 1997, resolveu virar a mesa. Havia sido contratado para gerar energia em um show. "O gerador precisava ser silencioso, e era muito difícil encontrar uma empresa que fizesse esse serviço", lembra. Para dar conta da missão, vendeu parte de seu patrimônio e estruturou uma empresa que oferece não só os geradores de energia mas também todo o suporte técnico para fazê-los funcionar. Em 1998, com a privatização das telecomunicações, o negócio explodiu: afinal, as torres de celular precisam de energia para funcionar. "Só a BCP precisava de dez geradores em 15 dias", conta.

Hoje, a Poit Energia já é a maior empresa nesse segmento, com 270 geradores espalhados pelo Brasil. Para Wilson Poit, um dos triunfos da sua empresa é oferecer o serviço com a mesma cordialidade do atendimento aos clientes no armazém do pai. "Naquela época, comprava-se o arroz por quilo. Lembro que ele me ensinou a colocar sempre meia caneca a mais para todos os clientes. Hoje, faço a mesma coisa: quando a devolução de um gerador atrasa um pouco, não cobro sobretaxa."

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