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Para estas vagas da Ri Happy Baby, o principal requisito é ser mãe

Conhece uma mãe com dificuldade para voltar ao mercado? Este cargo foi criado especialmente para ela - e as inscrições estão abertas até dia 11!

Maternidade: “Me sinto empoderada" (Tuan Tran/Getty Images)

Maternidade: “Me sinto empoderada" (Tuan Tran/Getty Images)

Luísa Granato

Luísa Granato

Publicado em 8 de junho de 2019 às 06h00.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 10h56.

São Paulo - Karine Rodrigues perdeu o emprego em 2016. Mesmo com experiência na área de Recursos Humanos, desde então ela não conseguiu retornar ao mercado.

Foi quando uma amiga sua enviou uma vaga que considerava “a cara” dela. Com dois filhos pequenos, ela já cumpria o primeiro requisito para a vaga: ser mãe.

Sem revelar qual era a empresa, o anúncio procurava por mulheres de São Paulo e do Rio de Janeiro com a experiência e habilidades exclusivas da maternidade para o ocupar o cargo de Consultora de Experiência Única (CEU).

Com jornada de 6 horas por dia e em regime CLT, mais de 5 mil mulheres se candidataram para ajudar mães de primeira viagem com informações e dicas sobre opções de produtos, enxoval, chá de bebê e desenvolvimento do seu filho.

Mesmo saindo da sua área, Karine conta que a possibilidade de trabalhar com sua paixão pela maternidade criou um forte engajamento com o cargo.

“Me sinto empoderada, emocionalmente mais forte e acima de tudo ciente de que não preciso escolher entre ser mãe e profissional. Eu posso ser tudo o que quiser”, fala.

Ela também destaca que adorou o processo de treinamento, organizado no aplicativo TAQE e em parceria com a Ri Happy Baby, a criadora da proposta inédita no Brasil.

Com o sucesso do programa no começo do ano, a experiência será repetida, agora com vagas em Goiânia (GO) e na Praia Grande (SP). Entre os benefícios, as consultoras têm Gympass e desconto nos produtos da empresa.

Confira mais informações no site. As inscrições estão abertas até terça-feira, dia 11 de junho no site do app.

No Brasil, 30% das mulheres deixam o mercado de trabalha para cuidar dos filhos, segundo pesquisa da Catho. Muitas mães também são demitidas ao retornar da licença-maternidade e sofrem discriminação ao buscar um novo emprego.

Para Elisabete Strina, diretora de RH da Ri Happy Baby, mães entendem como ninguém a realidade das clientes. Além de contratar mães como gerentes e vendedoras, ela fala que os executivos da empresa tiveram a ideia para a nova vaga específica para esse público durante o planejamento estratégico em 2018.

“Hoje ainda temos números elevados de mulheres que são desligadas das empresas em virtude da maternidade. Temos mães com total competência para voltar ao trabalho, mas muitas vezes sofrem discriminação”, diz Strina.

Para as novas vagas agora, a diretora diz que a empresa aprendeu muito com as primeiras contratadas e que o processo foi aprimorado. “Buscamos mulheres que sejam apaixonadas pela maternidade e que queiram fazer a diferença na vida das mães de primeira viagem descomplicando a maternidade como uma rede de apoio”, diz.

Com o auxílio da TAQE, startup de recrutamento e treinamento por meio de jogos, as novas candidatas vão realizar no aplicativo testes de personalidade e português e enviar um vídeo contando suas experiências com a maternidade e como poderiam ajudar outras mulheres.

De acordo com Renato Dias, presidente da startup, mesmo com a dificuldade do sigilo sobre a empresa no primeiro processo, o interesse despertado no público e na base de usuários do aplicativo mostra a relevância de iniciativas voltadas para mães.

“Existem tantas estatísticas que mostram a dificuldade para mães voltarem ao mercado de trabalho, é uma questão que todas as mães se identificam. Conheço várias que voltaram da licença e foram demitidas. Tentamos mostrar na divulgação o valor delas no ambiente de trabalho”, fala ele.

Para manter o cuidado com o público, o processo apresenta uma trilha de testes e perguntas para avaliar a afinidade com o cargo. Na etapa presencial, eles trouxeram uma consultora e uma terapeuta familiar para avaliar as candidatas com a sensibilidade que o tema requer.

“É uma experiência de ponta a ponta, queremos que a pessoa, aprovada ou não, se sinta mais preparada para o mercado após o processo”, explica ele.

Saiba mais sobre as vagas com o vídeo:

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