Bill Gates: filantropo e fundador da Microsoft acredita que a chave para mudar a visão do outro sobre alguma questão está na empatia (Chip Somodevilla/Getty Images)
Victor Sena
Publicado em 5 de novembro de 2020 às 10h56.
Última atualização em 5 de novembro de 2020 às 11h47.
Apesar de ser um homem dos números, Bill Gates sabe que fatos e argumentos nem sempre vencem muitas discussões.
O filantropo e fundador da Microsoft acredita que a chave para mudar a visão do outro sobre alguma questão está na empatia. Além disso, ele defende que o sentimento é fundamental para líderes.
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Em uma entrevista recente ao canal do jogador de basquete Stephen Curry, Gates afirma que todos deveriam se colocar no lugar do outro, tanto para entender de onde vêm suas opiniões e começar uma argumentação, quanto para se tornarem pessoas melhores. E uma boa forma de fazer isso é com a leitura, de acordo com ele.
Stephen Curry disse a Gates que, além de apresentar fatos, você precisa que uma pessoa reconheça que há um problema em uma situação, como racismo sistêmico ou mudanças climáticas, e que se importe com ele.
Mas como “empurrar” alguém para esse sentimento de empatia?
Na entrevista, Gates respondeu que as pessoas e os líderes precisam ir até locais onde a realidade seja diferente da sua. Mas outra forma de fazer isso, sem precisar viajar, seria a leitura, que ajuda a expandir o círculo de empatia.
Ele cita o livro The New Jim Crow (A nova segregação, na versão brasileira) como exemplo de obra convincente e eloquente que pode levar líderes para outras realidades. O livro aborda os disparates raciais no sistema judicial norte-americano.
Apesar de defender a leitura, o filantropo reforçou a necessidade de atividades práticas que expandam a empatia. Ele citou uma iniciativa da apresentadora Oprah Winfrey como exemplo.
"Oprah fez uma coisa que fez com que as crianças de uma escola do centro da cidade fossem olhar para uma escola do subúrbio e vice-versa, e eles ficaram surpresos ao ver que o prédio e tudo mais eram completamente diferentes. Então eu acho que, mesmo para mim, eu tenho que ir, seja para o interior da América, falando com as pessoas que moram lá, ou fora dos EUA ", diz ele," Visitas práticas, acho que são necessárias. "