Os profissionais que arranharam sua imagem por causa da "língua"
Caso Rafinha Bastos lança luz sobre o perigo de determinados tipos de comentários no ambiente de trabalho ou nas redes sociais
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2011 às 14h26.
São Paulo – “Estou aqui porque nosso querido Rafinha Bastos andou tendo umas câimbras ‘brabas’ na língua e eu vim aqui para substituí-lo”. Foi assim, com uma pitada de ironia, que a humorista Mônica Iozzi justificou a ausência e a consequente substituição de Rafinha Bastos no programa CQC de ontem.
O real motivo, contudo, boa parte dos telespectadores já sabiam. O humorista foi suspenso da atração por tempo indeterminado após a repercussão de um comentário sobre a cantora Wanessa Camargo. No último dia 19, ele disse que “comeria ela e o bebê”.
Apesar das críticas a Bastos nas últimas semanas, a hashtag #voltarafinha foi parar no topo dos “Trending Topics” do Brasil no Twitter. Enquanto isso, ele postou em seu perfil na rede de microblogs algumas fotos com modelos junto com a imagem de uma TV com o programa CQC do dia e a frase “Que noite triste para mim”. Nas próximas semanas, ele já deve voltar para a atração.
Mas os escorregões de Bastos são suficientes para fazer a carreira e a popularidade dele nas redes sociais naufragar? Para Rogério Sepa, da DBM, a resposta é não. “De modo geral, uma pessoa que não tivesse representatividade no mundo virtual, as chances de acabar com uma carreira devido a uma polêmica seria bem maior”.
Para André Assef, diretor operacional da Desix, o bom senso deve prevalecer ao fazer comentários em público – leia-se: redes sociais também. “As pessoas deveriam se perguntar se agiriam da mesma maneira na vida real. É preciso ter consciência de que a representação no Facebook e no Twitter faz parte da pessoa, não é uma coisa separada”, afirma.
Confira quais foram os profissionais e celebridades que também foram vaiados após comentários em entrevistas, em público ou nas redes sociais:
Charlie Sheen
Em março, após ser afastado do seriado Two and a Half Man, o ator Charlie Sheen chamou os executivos da Warner Bros de “baratas amarelas”. Entretanto, não era a primeira vez que Sheen “soltava a língua” com comentários ofensivos. Ele chamou o criador da série, Chuck Lorre de “charlatão” e “um estúpido pequeno homem”.
John Galliano
Outro exemplo de profissional que perdeu seu emprego por causa de seu comportamento foi o estilista John Galliano. A grife Christian Dior o demitiu em março deste ano após vídeo divulgado pelo tablóide britânico The Sun, em que Galliano dizia “eu amo Hitler”. Antes disso, a companhia já tinha suspendido o estilista após ele ser acusado de racismo por um casal judeu em Paris.
Servidores Públicos
Em agosto desse ano, um funcionário da assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento teve a demissão anunciada no Diário Oficial da União. O servidor publicou no Twitter oficial do ministério a frase: “Dilma será a garota propaganda do Veja Limpeza Pesada” seguido do link do site de humor “Sensacionalista” com uma notícia satírica sobre a presidente.
Já em fevereiro, uma funcionária terceirizada também usou o twitter oficial do Supremo Tribunal Federal para escrever a seguinte frase: “"Ouvi por aí: 'agora que o Ronaldo se aposentou, quando será que o Sarney vai resolver pendurar as chuteiras?'". Apesar do próprio Sarney ter agradecido a servidora em um vídeo pela comparação com o jogador, ela também foi demitida.
Thiago Vieira
Em janeiro deste ano, durante a votação para eleger o novo presidente do Palmeiras, o fotógrafo Thiago Vieira foi demitido do Grupo Folha após fazer comentários ofensivos aos palmeirenses no Twitter. Ele escreveu: “Enquanto os porcos não se decidem poderiam mandar mais lanchinhos e refrigerante para a imprensa que assiste ao jogo do ‘Timão’ na sala de imprensa”.
Alex Glikas
O diretor comercial da Localweb Alex Glikas foi demitido da empresa após enviar mensagens no Twitter aos torcedores do São Paulo Futebol Clube em março do ano passado. Com os comentários, o executivo, que é corintiano, deixou a companhia em uma “saia justa”: a Localweb havia firmado um contrato de aluguel com o São Paulo por dois jogos.
São Paulo – “Estou aqui porque nosso querido Rafinha Bastos andou tendo umas câimbras ‘brabas’ na língua e eu vim aqui para substituí-lo”. Foi assim, com uma pitada de ironia, que a humorista Mônica Iozzi justificou a ausência e a consequente substituição de Rafinha Bastos no programa CQC de ontem.
O real motivo, contudo, boa parte dos telespectadores já sabiam. O humorista foi suspenso da atração por tempo indeterminado após a repercussão de um comentário sobre a cantora Wanessa Camargo. No último dia 19, ele disse que “comeria ela e o bebê”.
Apesar das críticas a Bastos nas últimas semanas, a hashtag #voltarafinha foi parar no topo dos “Trending Topics” do Brasil no Twitter. Enquanto isso, ele postou em seu perfil na rede de microblogs algumas fotos com modelos junto com a imagem de uma TV com o programa CQC do dia e a frase “Que noite triste para mim”. Nas próximas semanas, ele já deve voltar para a atração.
Mas os escorregões de Bastos são suficientes para fazer a carreira e a popularidade dele nas redes sociais naufragar? Para Rogério Sepa, da DBM, a resposta é não. “De modo geral, uma pessoa que não tivesse representatividade no mundo virtual, as chances de acabar com uma carreira devido a uma polêmica seria bem maior”.
Para André Assef, diretor operacional da Desix, o bom senso deve prevalecer ao fazer comentários em público – leia-se: redes sociais também. “As pessoas deveriam se perguntar se agiriam da mesma maneira na vida real. É preciso ter consciência de que a representação no Facebook e no Twitter faz parte da pessoa, não é uma coisa separada”, afirma.
Confira quais foram os profissionais e celebridades que também foram vaiados após comentários em entrevistas, em público ou nas redes sociais:
Charlie Sheen
Em março, após ser afastado do seriado Two and a Half Man, o ator Charlie Sheen chamou os executivos da Warner Bros de “baratas amarelas”. Entretanto, não era a primeira vez que Sheen “soltava a língua” com comentários ofensivos. Ele chamou o criador da série, Chuck Lorre de “charlatão” e “um estúpido pequeno homem”.
John Galliano
Outro exemplo de profissional que perdeu seu emprego por causa de seu comportamento foi o estilista John Galliano. A grife Christian Dior o demitiu em março deste ano após vídeo divulgado pelo tablóide britânico The Sun, em que Galliano dizia “eu amo Hitler”. Antes disso, a companhia já tinha suspendido o estilista após ele ser acusado de racismo por um casal judeu em Paris.
Servidores Públicos
Em agosto desse ano, um funcionário da assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento teve a demissão anunciada no Diário Oficial da União. O servidor publicou no Twitter oficial do ministério a frase: “Dilma será a garota propaganda do Veja Limpeza Pesada” seguido do link do site de humor “Sensacionalista” com uma notícia satírica sobre a presidente.
Já em fevereiro, uma funcionária terceirizada também usou o twitter oficial do Supremo Tribunal Federal para escrever a seguinte frase: “"Ouvi por aí: 'agora que o Ronaldo se aposentou, quando será que o Sarney vai resolver pendurar as chuteiras?'". Apesar do próprio Sarney ter agradecido a servidora em um vídeo pela comparação com o jogador, ela também foi demitida.
Thiago Vieira
Em janeiro deste ano, durante a votação para eleger o novo presidente do Palmeiras, o fotógrafo Thiago Vieira foi demitido do Grupo Folha após fazer comentários ofensivos aos palmeirenses no Twitter. Ele escreveu: “Enquanto os porcos não se decidem poderiam mandar mais lanchinhos e refrigerante para a imprensa que assiste ao jogo do ‘Timão’ na sala de imprensa”.
Alex Glikas
O diretor comercial da Localweb Alex Glikas foi demitido da empresa após enviar mensagens no Twitter aos torcedores do São Paulo Futebol Clube em março do ano passado. Com os comentários, o executivo, que é corintiano, deixou a companhia em uma “saia justa”: a Localweb havia firmado um contrato de aluguel com o São Paulo por dois jogos.