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Viu as vagas que o novo aeroporto Aerovale vai gerar? 30 mil

Primeiro aeroporto comercial privado do Brasil deve gerar 30.000 postos de trabalho quando entrar em operação em maio de 2014

Canteiro de obras do Aerovale (Divulgação)

Canteiro de obras do Aerovale (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 10h32.

São Paulo - Para desafogar os aeroportos brasileiros, o governo federal editou, em dezembro de 2012, um decreto permitindo a operação de terminais comerciais 100% privados. Ainda não há nenhum desses aeroportos em operação, mas o projeto mais avançado é o Aerovale, em Caçapava, a 130 quilômetros de São Paulo, que deve ser inaugurado em maio de 2014.

O Aerovale foi projetado para atender um grupo crescente de profissionais bem remunerados e empresários que se deslocam com bastante frequência do interior paulista para a capital.

"Mas também estamos de olho nos executivos que trabalham em São Paulo e gostariam de morar no interior, que oferece qualidade de vida, boas escolas e um ritmo mais tranquilo para a família", afirma Rogério Penido, diretor executivo da construtora Penido, responsável pela obra e pela operação do Aerovale. 

O aeroporto teve investimento de 223 milhões de reais e importa um conceito relativamente comum nos Estados Unidos e na Europa: a pista de pouso está sendo construída no meio de um condomínio comercial. Os lotes que ficam à margem da pista são de 2.600 e 15.000 metros quadrados.

Os lotes fora da pista variam de 750 a 5.000 metros quadrados. O preço do metro quadrado é 1.400 reais. As salas comerciais serão vendidas a partir de 7.100 reais o metro quadrado. No entorno do aerovale serão construídos condomínios de luxo, cujo lançamento está previsto para julho de 2014.

Além dos voos executivos e de empresas de táxi aéreo, o aerovale deve contar com linhas de companhias aéreas regionais. A expectativa é que pelo menos 20% dos voos sejam comerciais. "É um conceito ainda inexplorado no Brasil", diz respício do espírito Santo, professor do departamento de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em aviação.


Segundo Respício, a região Sudeste, que concentra 43% da frota de aviação brasileira, é a que apresenta maior potencial para esse tipo de iniciativa. Até o fim da construção do Aerovale, devem ser abertos mais de 2.000 postos de trabalho — atualmente, 400 trabalhadores atuam na obra. após o aeroporto e o centro comercial entrarem em operação, um total de 30.000 empregos diretos e indiretos devem ser gerados.

Para a mão de obra mais qualificada, especializada na administração aeroportuária, os salários devem variar de 6.000 a 20.000 reais, conforme o tempo de experiência. 

"A princípio, não acredito que tenha grande difculdade na contratação de gente especializada, já que estou numa região tradicional do setor aeronáutico", afirma Rogério, que espera recrutar boa parte dos especialistas entre ex-membros da aeronáutica.

"Esse pessoal se aposenta muito cedo, quando ainda pode contribuir muito." Mas não são apenas os aposentados da aeronáutica que terão boas oportunidades de trabalho no novo empreendimento. Segundo Rogério, administradores, engenheiros e profissionais de hotelaria são bem vindos. 

As estimativas de vagas consideram a demanda por parte dos executivos e empresários da região. Até o momento, no entanto, dos 305 lotes disponíveis para venda, só 102 têm dono, o que pode ser um sinal de que as vagas de emprego serão para os próximos anos.

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