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Diretor eficiente foca 50% do tempo na empresa e 50% fora

O diretor brasileiro é um profissional seguro de si, mas está cumprindo mal o papel de representante da empresa

Leandra Leite, da International Paper: exemplo de executivo objetivo e bom de liderança (Marcelo Spatafora / VOCÊ S/A)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 12h39.

São Paulo - O perfil do diretor brasileiro guarda semelhanças com o do gerente, mas apresenta duas características mais desenvolvidas: a determinação e a motivação. Isso é sinal de maturidade e segurança dos profissionais que costumam ocupar esse cargo.

No entanto, o gráfico mostra que o executivo chegou a esse nível hierárquico sem corrigir os defeitos que os gerentes apresentam: dificuldade para lidar com pessoas e cumprir regras e procedimentos. "O diretor é um profissional que já provou sua capacidade, é bom no que faz e agora deve sentar-se com sua equipe e dar caminhos, inspirar, motivar", diz Magui Castro, da CTPartners, empresa de recrutamento de executivos de alto escalão, de São Paulo.

Um diretor desempenha também o papel de embaixador da corporação no mercado. Seu ponto forte para fazer isso é a persuasão. No entanto, seria desejável que essa característica fosse menos acentuada, e que o quesito oposto, a consideração, estivesse mais forte.

Níveis baixos de consideração indicam dificuldade de relacionamento, o que, nesse estágio de carreira, já virou um problema grave. Idealmente, a agenda de trabalho de um diretor deveria ser dividida em duas: metade para o diretor olhar para o que está acontecendo fora da companhia e trazer informação para o negócio.

A outra metade seria dedicada aos relacionamentos internos. Só assim ele conseguirá fazer com que sua equipe seja inovadora diante dos problemas e das metas.  "Ele precisa de tempo para estar fora da empresa e trazer novas ideias, e também precisa estar a par dos negócios", diz José Augusto, da LHH/DBM.

De igual para igual

A diretora jurídica e de sustentabilidade da International Paper, Leandra Leite, de 40 anos, chegou à empresa há quatro anos para ocupar o cargo de gerente jurídico. Começou com uma equipe de apenas duas pessoas e, com o tempo, recebeu mais atribuições e complexidades.

"Durante toda a minha carreira ocupei espaços que via que estavam vazios no departamento, que eram oportunidades", diz. Há dois meses ela foi promovida a diretora. Diferentemente do típico diretor brasileiro, Leandra tem um alto grau de consideração, o que faz com que ela seja muito ligada a sua equipe e assim consiga motivá-la.

Porém, a diretora já reparou que, depois que assumiu o novo cargo, os profissionais ao seu redor passaram a ser mais protocolares. "Não tem necessidade alguma de manter essa distância", diz. Enquanto o diretor padrão tem um grau de motivação elevado, Leandra tem um nível médio. Isso faz dela uma pessoa que se motiva pelo resultado dos outros. "Ser diretora não me faz diferente de ninguém."

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São Paulo - O perfil do diretor brasileiro guarda semelhanças com o do gerente, mas apresenta duas características mais desenvolvidas: a determinação e a motivação. Isso é sinal de maturidade e segurança dos profissionais que costumam ocupar esse cargo.

No entanto, o gráfico mostra que o executivo chegou a esse nível hierárquico sem corrigir os defeitos que os gerentes apresentam: dificuldade para lidar com pessoas e cumprir regras e procedimentos. "O diretor é um profissional que já provou sua capacidade, é bom no que faz e agora deve sentar-se com sua equipe e dar caminhos, inspirar, motivar", diz Magui Castro, da CTPartners, empresa de recrutamento de executivos de alto escalão, de São Paulo.

Um diretor desempenha também o papel de embaixador da corporação no mercado. Seu ponto forte para fazer isso é a persuasão. No entanto, seria desejável que essa característica fosse menos acentuada, e que o quesito oposto, a consideração, estivesse mais forte.

Níveis baixos de consideração indicam dificuldade de relacionamento, o que, nesse estágio de carreira, já virou um problema grave. Idealmente, a agenda de trabalho de um diretor deveria ser dividida em duas: metade para o diretor olhar para o que está acontecendo fora da companhia e trazer informação para o negócio.

A outra metade seria dedicada aos relacionamentos internos. Só assim ele conseguirá fazer com que sua equipe seja inovadora diante dos problemas e das metas.  "Ele precisa de tempo para estar fora da empresa e trazer novas ideias, e também precisa estar a par dos negócios", diz José Augusto, da LHH/DBM.

De igual para igual

A diretora jurídica e de sustentabilidade da International Paper, Leandra Leite, de 40 anos, chegou à empresa há quatro anos para ocupar o cargo de gerente jurídico. Começou com uma equipe de apenas duas pessoas e, com o tempo, recebeu mais atribuições e complexidades.

"Durante toda a minha carreira ocupei espaços que via que estavam vazios no departamento, que eram oportunidades", diz. Há dois meses ela foi promovida a diretora. Diferentemente do típico diretor brasileiro, Leandra tem um alto grau de consideração, o que faz com que ela seja muito ligada a sua equipe e assim consiga motivá-la.

Porém, a diretora já reparou que, depois que assumiu o novo cargo, os profissionais ao seu redor passaram a ser mais protocolares. "Não tem necessidade alguma de manter essa distância", diz. Enquanto o diretor padrão tem um grau de motivação elevado, Leandra tem um nível médio. Isso faz dela uma pessoa que se motiva pelo resultado dos outros. "Ser diretora não me faz diferente de ninguém."

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