Pacote de remuneração competitivo não pode ser único critério para aceitar um novo emprego (CLAUDIA)
Talita Abrantes
Publicado em 17 de julho de 2011 às 09h00.
Para evitar o risco de uma roubada profissional no longo prazo, é preciso compreender, em minúcias, a lógica dentro das quatro paredes de cada empresa. Por isso, EXAME.com selecionou algumas informações que você deve investigar para avaliar qual o risco da sua movimentação.
1 A empresa tem uma situação financeira saudável?
O bom momento da economia brasileira não pode ser justificativa para colocar em segundo plano o balanço financeiro da empresa. Com base no saldo das contas e na postura dela no mercado, você poderá medir o grau de risco da sua movimentação.
Se a empresa tem capital aberto, cheque as informações dela no site da CVM. Basta clicar no item “ITR, DFP, IAN, IPE, FC. FR e outras Informações” na página inicial e procurar pela companhia.
Bancos, empresas que mantem relacionamento com a companhia em questão, funcionários e ex-funcionários também são boas fontes.
2 Quais os projetos da empresa no longo prazo?
Uma pesquisa em sites de notícias de negócios ou outros veículos especializados pode colocar luz sobre os projetos da empresa ao longo prazo. Além de medir qual o nível de crescimento que você pode alcançar no corporação (casos esses planos sejam bem sucedidos), essas informações podem ser fontes valiosas para avaliar a carga de trabalho no futuro.
Alerta vermelho se ela estiver passando por um processo de reestruturação ou planos de fusão. Nestes cenários, segundo especialistas, o risco de uma movimentação profissional tende a ser mais elevado. Por isso, é essencial analisar o plano da companhia.
3 Quais são os principais concorrentes e clientes?
Outro meio de “prever” quais as futuras reações da empresa – e como isso pode impactar sua futura rotina profissional – é o clima de mercado no momento. Nesse ponto, faça uma análise do segmento em que a companhia está inserida e avalie as reais condições de crescimento dela neste contexto.
Então, analise atentamente a atuação dos principais concorrentes da companhia em questão e como eles estão se preparando para os próximos anos. Repita a operação para os clientes da empresa. Como anda o negócio deles? Estão passando por um processo de reestruturação? Há quantas anda o relacionamento com a empresa em questão?
4 Qual o tom da cultura corporativa?
É hora de partir para pontos mais práticos. Investigue com funcionários e ex-funcionários como a empresa materializa seus valores e missão no cotidiano de cada empregado. Se a empresa for multinacional, os reviews do site Glassdoor são um bom termômetro da cultura interna de uma empresa.
A partir das informações coletadas, avalie se essas ações são coerentes com a sua personalidade. Se não, o ideal é não seguir adiante.
5 Qual o plano de carreira?
As chances de crescimento profissional são concretas? O que cada funcionário deve fazer para subir na hierarquia? Esses são questionamentos que você deve ter em mãos antes de fazer a sua decisão.
Checar a evolução dos funcionários ao longo do tempo pode servir de base para esse tipo de avaliação. Além de conversar com pessoas que trabalham na empresa, vale também analisar o perfil no LinkedIn de outras pessoas que atuam na companhia.