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O que (e por que) você deveria escrever no LinkedIn

O LinkedIn não serve apenas para buscar emprego ou acumular conexões. Publicar textos de sua autoria no site também pode dar um ótimo impulso na sua carreira

LinkedIn: escrever textos na rede social é chance de ganhar visibilidade no mercado de trabalho (Andrew Harrer/Bloomberg/Bloomberg)

Claudia Gasparini

Publicado em 1 de junho de 2016 às 15h31.

São Paulo - Com a marca recém-atingida de 25 milhões de usuários no país, já faz tempo que o LinkedIn deixou de ser visto pelos brasileiros como um mero “substituto do currículo”.

Além de impulsionar o networking e facilitar a busca por emprego, o site também é um importante instrumento de marketing pessoal — o que fica mais fácil se você entender o seu perfil como um "anúncio publicitário" do que você pode oferecer ao mercado.

Uma opção recentemente adicionada à rede social promete ajudar ainda mais a construção da sua marca profissional: uma plataforma para publicar textos de sua autoria no site.

Com a ferramenta, qualquer usuário pode escrever comentários e análises sobre o mundo do trabalho e o seu segmento de atuação. Basta clicar no botão laranja “Publicar”, no topo da página inicial no LinkedIn.

A funcionalidade é usada tanto por figuras de projeção global, como Hillary Clinton, Bill Gates ou Mohamed El-Erian, quanto por profissionais "anônimos" e jovens recém-saídos da faculdade. Os autores de maior destaque entram para o seleto grupo dos “influenciadores” do LinkedIn.

A versão em português da plataforma foi lançada em agosto de 2015 e inspirou a tradução da ferramenta para outras línguas, como o alemão e o francês.

Por aqui, a ideia é um sucesso: segundo dados oficiais, os usuários brasileiros publicam em média 10 mil artigos por semana no site.

O que os brasileiros tanto escrevem no LinkedIn?

De acordo com Rodrigo Brancatelli, editor sênior da rede social, muitos usuários partem da própria experiência para escrever seus textos. O que está mudando no seu mercado? Quais são as novas competências exigidas pela sua profissão? Quais são as discussões mais relevantes para a sua área hoje? O ideal é falar sobre aquilo que você conhece.

Outro tema muito abordado é a própria carreira. “Você pode contar como chegou ao sucesso na sua profissão, quais foram as suas dificuldades que precisou enfrentar e onde busca inspiração para seguir em frente”, explica Brancatelli.

Um dos textos escritos por brasileiros mais lidos até hoje no LinkedIn é justamente uma história de superação. Nele, a apresentadora Ana Maria Braga relembra uma dolorosa demissão que sofreu em sua trajetória e conclui que a “derrota” trouxe mais recompensas do que perdas para sua carreira.

Outra dica é olhar para o site como uma espécie de “caixa de ressonância de ideias”. Se você tem uma dúvida, pode escrever um texto dividindo esse questionamento com outras pessoas e solicitando a opinião delas sobre o assunto. “Você nem sempre precisa trazer uma resposta pronta, pode também provocar os leitores, iniciar um debate”, diz Rodrigo.

Se você não tiver ideias de temas, vale olhar para o noticiário. Ainda que o acontecimento em si não tenha nenhum vínculo com a sua área, ele pode servir como gancho para falar sobre um tema pertinente para a sua comunidade profissional.

Por que é interessante publicar textos na rede social?

Os 25 milhões de usuários do LinkedIn no Brasil não estão interessados apenas em vagas de emprego — eles também estão sedentos por conteúdo.

Num ambiente econômico instável como o brasileiro, aumenta a busca por conselhos, análises e opiniões sobre os incertos caminhos do mercado. Nesse contexto, diz Brancatelli, usar a ferramenta de publicação do LinkedIn pode ser uma estratégia para se posicionar como uma referência na sua área.

“Quando escreve um texto interessante e útil para a sua comunidade profissional, você ganha visibilidade e cria uma marca”, diz o editor da rede social. “Bom conteúdo é a chave para conquistar a  atenção das pessoas, que anda cada vez mais escassa”.

O espaço do artigo também pode servir para mostrar de maneira mais profunda quem você é profissionalmente, e assim enriquecer o seu currículo. Vale dizer que todos os textos que você publica são afixados no seu perfil do LinkedIn e ficam à disposição para quem visitá-lo.

Como ganhar leitores?

A cada vez que você publica um artigo, todas as suas conexões na rede social recebem uma notificação sobre a nova postagem.

Além disso, uma combinação de trabalho humano com critérios técnicos de ranqueamento (os algoritmos) amplia a distribuição dos melhores textos no site. Alguns deles vão para o Pulse, o canal oficial de notícias do LinkedIn, que reúne as principais análises feitas por usuários naquele dia.

Mas como ser lido pelo maior número possível de pessoas?

Brancatelli explica que a melhor forma de conquistar leitores é ter uma visão precisa sobre o público que você quer atingir. “Coloque-se no lugar dessas pessoas”, diz ele. “Quais são os temas que mais as interessam? Que tipo de linguagem é mais adequada para se dirigir a elas?”. Quanto mais fina for essa calibragem, maior a sua chance de sucesso.

Também há dicas mais técnicas. Incluir uma foto no topo, por exemplo, torna o seu artigo mais agradável e chamativo. Um título instigante ajuda — desde que não seja um mero truque para chamar a atenção e prometa algo que o texto não entrega.

Escrever em linguagem clara e apostar em formatos simples, como listas, também são boas estratégias. Embora não haja nenhuma regra sobre o tamanho ideal dos artigos, Rodrigo diz que textos com 800 a 2000 palavras são os que costumam gerar mais engajamento entre os leitores.

São Paulo - O LinkedIn conta atualmente com 34 brasileiros entre os seus "influenciadores", isto é, nomes de peso dos negócios e da mídia que escrevem na rede social sobre diversos temas. A empresa revelou com exclusividade a EXAME.com as 10 personalidades do país cujos artigos sobre carreira foram os mais lidos, comentados e compartilhados no site até o momento.  Na lista, aparecem nomes que vão da apresentadora Ana Maria Braga ao empresário Abilio Diniz (foto). Globalmente, o LinkedIn conta com cerca de 500 influenciadores, que incluem personalidades como Bill Gates, Richard Branson, Arianna Huffington, Deepak Chopra e Ban Ki-moon. Navegue pelos slides para ver os 10 brasileiros mais influentes na rede social quando o assunto é carreira, bem como a lista dos seus artigos mais populares.
  • 2. Ana Maria Braga

    2 /12(Divulgação)

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    Com passagens por diversas empresas de mídia, como TV Tupi, Editora Abril, Rede Record e Rede Globo, Ana Maria Braga define-se como "uma mulher apaixonada pelo trabalho". O antigo programa "Note e Anote", apresentado por ela na Record, entrou para o Guinness Book de 1998 como o de maior permanência no ar. Artigo sobre carreira mais lido no LinkedIn: Tomar um pé na bunda foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida Perfil de Ana Maria Braga no LinkedIn
  • 3. Abilio Diniz

    3 /12(@_openspace_)

  • Criador do grupo varejista Pão de Açúcar, Abilio Diniz atualmente é presidente dos conselhos de administração da Península Participações e da BRF, além de membro do conselho do Carrefour. Recentemente, uniu-se a Jorge Paulo Lemmann para criar uma nova rede nacional de padarias. Artigos sobre carreira mais lidos no LinkedIn: Não espere a crise passar

    Crise: perigo ou oportunidade Perfil de Abilio Diniz no LinkedIn
  • 4. Nizan Guanaes

    4 /12(Marcelo Spatafora)

    Fundador do Grupo ABC, que controla agências de publicidade como África, Loducca e DM9, Nizan Guanaes entrou para a lista das 100 pessoas mais criativas do mundo, segundo a revista Fast Company. "Esse negócio de se aposentar é uma coisa muito cafona. Eu tenho horror a ficar parado”, disse o executivo em encontro promovido pela Fundação Estudar. Artigo sobre carreira mais lido no LinkedIn: Vamos trabalhar Perfil de Nizan Guanaes no LinkedIn
  • 5. Sofia Esteves

    5 /12(Acervo Pessoal)

    Em 1988, a psicóloga Sofia Esteves decidiu abrir sua própria empresa de recrutamento e seleção, a DM (Decision Making). O negócio se expandiu e deu origem a novas divisões, como a Cia de Talentos. Atualmente, ela é presidente do conselho do Grupo DMRH, consultoria de RH formada pela junção das empresas DMRH e Cia de Talentos, com escritórios no Brasil, no México e na Argentina. Artigos sobre carreira mais lidos no LinkedIn: Ninguém constrói nada sozinho

    Como anda seu marketing pessoal?


    As competências do futuro Perfil de Sofia Esteves no LinkedIn
  • 6. Vicente Falconi

    6 /12(Germano Lüders/EXAME)

    Formado em engenharia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Vicente Falconi foi professor universitário por 30 anos. A partir da década de 1980, passou a trabalhar com sistemas de controle de qualidade em empresas. Hoje é membro do conselho de administração da AmBev e da BRF. Além disso, preside o conselho de administração da Falconi Consultores de Resultado. Artigo sobre carreira mais lido no LinkedIn: A atitude da excelência Perfil de Vicente Falconi no LinkedIn
  • 7. Chieko Aoki

    7 /12(Divulgação)

    Formada em Direito pela USP, deu início em 1996 à rede hoteleira Blue Tree Hotels, empresa que preside atualmente. Em 2013, foi eleita pela revista Forbes a segunda mulher de negócios mais poderosa do Brasil. Em entrevista a EXAME.com, falou sobre a evolução do mercado de trabalho e disse que "a vantagem competitiva de ser homem está acabando". Artigos sobre carreira mais lidos no LinkedIn: Transpor a tradicional hospitalidade brasileira para o ambiente profissional é possível O descanso pode ser um catalisador de novas ideias
    Perfil de Chieko Aoki no LinkedIn
  • 8. Fabio Barbosa

    8 /12(Endeavor/Denis Ribeiro)

    Fabio Barbosa já presidiu empresas como Banco Real/Santander e Abril Mídia. Atualmente, é sócio-conselheiro da Gávea Investimentos, além de membro do conselho do Itaú Unibanco e da Fundação das Nações Unidas. Artigo sobre carreira mais lido no LinkedIn: Precisamos de uma reforma de valores Perfil de Fabio Barbosa no LinkedIn
  • 9. Adriana Machado

    9 /12(Camila Lam)

    Cientista política formada pela UnB (Universidade de Brasília), tornou-se a primeira mulher na presidência da GE em dezembro de 2011. Entre 2013 e 2015, atuou como VP de assuntos governamentais e políticas públicas da multinacional para a América Latina. Atualmente se encontra em período sabático. Artigos sobre carreira mais lidos no LinkedIn: Em tempos de crise, defenda a inovação Adivinhe qual é a prioridade? Você! Perfil de Adriana Machado no LinkedIn
  • 10. Vicky Bloch

    10 /12(Divulgação)

    Psicóloga formada pela PUC-SP, Vicky Bloch fundou e gerenciou por 18 anos a empresa de recursos humanos DBM no Brasil. Hoje, comanda a Vichy Bloch Associados, que presta serviços de consultoria e coaching para executivos. Artigo sobre carreira mais lido no LinkedIn: Educação não é embelezadora de currículo Perfil de Vicky Bloch no LinkedIn
  • 11. Fiamma Zarife

    11 /12(Divulgação)

    Fiamma Zarife é diretora de agências no Twitter e tem passagens por empresas como Samsung, Claro, Oi e Telecom Italia. No LinkedIn, já escreveu sobre as dificuldades de conciliar carreira e maternidade. Artigos sobre carreira mais lidos no LinkedIn: Reinvente-se. A única constante é a mudança Por um 2016 com mais mulheres em cargos de liderança Perfil de Fiamma Zarife no LinkedIn
  • 12. Veja agora 15 cursos online (e em português) para avançar na carreira

    12 /12(Thinkstock/Katie_Martynova)

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