Acompanhe:
seloCarreira

No 1º ano de Reforma Trabalhista, isto é o que mudou na vida das pessoas

O advogado Marcelo Mascaro faz um balanço sobre a Reforma Trabalhista, que completa um ano de vigência no domingo, dia 11

Modo escuro

Continua após a publicidade
Governo Temer: a reforma trabalhista foi uma das vitórias do presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

Governo Temer: a reforma trabalhista foi uma das vitórias do presidente (Ueslei Marcelino/Reuters)

M
Marcelo Mascaro Nascimento, sócio do escritório Mascaro Nascimento Advocacia Trabalhista

Publicado em 8 de novembro de 2018 às, 15h00.

Última atualização em 8 de novembro de 2018 às, 17h07.

São Paulo - No próximo domingo, dia 11 de novembro, a lei 13.467/17, conhecida como reforma trabalhista, completa um ano de vigência. Aprovada em meio a divergências entre diversos setores da sociedade, decorrido esse primeiro ano, já podemos chegar a algumas conclusões sobre suas repercussões nas relações de trabalho.

Primeiramente, observamos uma significativa diminuição no número de ações ajuizadas na Justiça do Trabalho após a reforma, o que tem contribuído para a diminuição de processos estocados na Justiça. Atribui-se essa queda, principalmente, ao fato de que, com a nova lei, há a possibilidade de o autor da ação ser condenado ao pagamento de honorários advocatícios e custas processuais, o que não ocorria anteriormente.

Outra mudança de relevo é o fim da contribuição sindical obrigatória. Nesse aspecto, contudo, a jurisprudência ainda não pacificou um entendimento, em que pese o STF já ter entendido pela sua constitucionalidade.

Ocorre que com o fim da obrigatoriedade legal dessa contribuição, alguns sindicatos, tendo nela sua principal fonte de renda, passaram a aprovar em assembleia geral a cobrança dessa contribuição para todos os integrantes da categoria. Assim, passou-se a ser defendido que, se a contribuição fosse aprovada em assembleia, ela poderia ser cobrada.

Essa possibilidade de cobrança, porém, ainda não está totalmente decidida pela jurisprudência trabalhista, embora tenha prevalecido a tese de sua impossibilidade.

Já em relação à jurisprudência não houve nenhuma mudança de maior relevância. Existiu inicialmente uma proposta de alterações de súmulas do Tribunal Superior do Trabalho, mas até o presente momento, tais alterações não se concretizaram, o que é considerado natural, uma vez que a construção jurisprudencial é um processo gradativo e que exige amplo debate.

Deve-se considerar que, de modo geral, a nova lei tem sido aplicada primeiramente pelos magistrados de primeiro grau, sendo que essas questões só chegam aos tribunais, na maior parte, em fase de recurso, o que demora um pouco. Além disso, a alteração de súmulas já existentes depende de regras próprias definidas pelo próprio tribunal.

Aspecto importante da reforma diz respeito à geração de empregos. Parte da justificativa para sua aprovação se deu sob o argumento de que a mudança na legislação era necessária para gerar mais empregos. Isso, porém, infelizmente não se confirmou até o momento.

Além disso, a criação do contrato de trabalho intermitente foi outra novidade que parece não ter surtido o efeito desejado até agora, uma vez que a prática das relações de trabalho parece ainda não ter se entusiasmado com essa nova forma de contratação.

Por fim, outro ponto bastante levantado pelos defensores da reforma foi a necessidade de se dar maior segurança jurídica nas relações de trabalho. A esse respeito, porém, também ainda é cedo para se chegar a uma conclusão, uma vez que ela está relacionada ao modo como os tribunais irão interpretar as novas regras, o que ainda está em processo de construção.

Últimas Notícias

Ver mais
Saque-aniversário do FGTS: veja quem pode resgatar o dinheiro até esta quinta-feira
seloMinhas Finanças

Saque-aniversário do FGTS: veja quem pode resgatar o dinheiro até esta quinta-feira

Há 22 horas

Haddad celebra dados do Caged e espera que o BC não se assuste com número de empregos
Economia

Haddad celebra dados do Caged e espera que o BC não se assuste com número de empregos

Há um dia

Strippers conquistam lei de proteção trabalhista no estado americano de Washington
Mundo

Strippers conquistam lei de proteção trabalhista no estado americano de Washington

Há 2 dias

Trabalhador trans tem direito a usar qual banheiro na empresa?
seloCarreira

Trabalhador trans tem direito a usar qual banheiro na empresa?

Há 3 dias

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais