Festival Burning Man, em setembro de 2000 (David McNew/Newsmakers/Getty Images)
Luísa Granato
Publicado em 30 de agosto de 2018 às 15h00.
Última atualização em 30 de agosto de 2018 às 15h01.
São Paulo - Uma vez ao ano, uma cidade é criada no deserto de Nevada, nos Estados Unidos. Desde 1986, o festival Burning Man atrai milhares de pessoas com suas instalações de arte, liberdade de expressão, senso de comunidade e efeitos pirotécnicos.
O festival de contracultura também é famoso dentro da comunidade de tecnologia do Vale do Silício. Entre a multidão, os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, eram frequentadores assíduos do Burning Man.
É que revela o autor Steven Kotler no seu livro "Stealing Fire", que fala sobre a revolução no cotidiano causada por executivos da Califórnia. Em entrevista para o portal Business Insider, ele revela a relação entre o festival e a decisão dos dois executivos de contratar Eric Schmidt como o próximo presidente do Google.
A comunidade criada durante o evento no deserto é o que mais agradava Page e Brin. Um valor de cooperação criativa e trabalho em equipe que está no centro da empresa que fundaram.
Em 1999, após receber um investimento da empresa Kleiner Perkins Caufield & Byers, parte do acordo era contratar um novo - e profissional - CEO.
Mas eles já haviam descartado mais de 50 candidatos quando descobriram que Eric Schmidt já havia participado do Burning Man.
Imediatamente, ele foi para o topo da lista dos executivos, que propuseram o teste final: levar o então CEO da Novell para o festival.
"Eles queriam saber se ele seria capaz de abrir mão de seu ego, se fundir ao time, ou se ficaria no seu caminho", diz Kotler.
Em 2011, Eric Schmidt foi contratado como presidente da companhia. Depois, ele se tornou presidente do conselho de administração em 2011.