Turma de 2019 dos jovens selecionados para o Melhor Estágio do Mundo, da 99Jobs (99Jobs/Divulgação)
Luísa Granato
Publicado em 12 de junho de 2019 às 14h37.
Última atualização em 1 de agosto de 2019 às 14h32.
São Paulo - As inscrições para o Melhor Estágio do Mundo de 2019 estão abertas até o dia 18 de junho.
Essa é a segunda edição do programa de férias do 99Jobs exclusiva para estudantes negros e negras de qualquer curso universitário. Só é preciso ter disponibilidade para estar em São Paulo durante o mês de julho.
Segundo Du Migliano, co-founder da 99jobs, em outras edições do programa abertas a todos os estudantes, os recrutadores observaram uma grande desigualdade entre os candidatos. Dos 20 estudantes contratados, apenas um era negro.
“Lidamos com milhares de vagas todo mês e quando vamos a campo fazer as dinâmicas presenciais dos processos não encontramos os negros e, é mais raro ainda, vê-los nas etapas finais de estágios das empresas”, comenta Migliano.
Assim, em 2018, foi lançada a edição do programa exclusivo para esse público. No estágio, os jovens vão passar por quatro grandes empresas brasileiras e uma startup, vivenciando a rotina e desafios dos escritórios. Eles também vão realizar um projeto desafio, com a missão de propor uma solução estratégica para os negócios.
Em edições anteriores, empresas como Santander, Natura, Suzano, Microsoft e Magazine Luiza já participaram. As empresas dessa edição serão reveladas durante o processo seletivo.
Além da imersão nas empresas, os estudantes terão mais de 120 horas de atividades complementares de graduação e mentoria com profissionais experientes.
A inscrição pode ser feita pelo site do 99Jobs até a próxima terça-feira, dia 18. No mesmo dia, os candidatos precisam finalizar os testes online. Depois da primeira seleção, a dinâmica presencial será realizada em São Paulo no dia 24.
Na sequência, no dia 27, já começa o estágio nas empresas. Os escolhidos receberão uma bolsa auxílio, vale transporte e vale refeição.
Para Migliano, o programa é diferente de outros e ajuda a provocar uma mudança no mercado de trabalho. Para participar, as empresas precisam colocar colaboradores negros de diversas posições e cargos para recepcionar os alunos.
“Sabíamos de uma dor muito forte dos estudantes negros: que é a falta de representatividade nas empresas. Nosso banco de dados revelou que eles gostariam de ser selecionados em estágios por outros negros”, explica ele.