Carreira

Como combinar gastos obrigatórios com ganho variável?

O maior erro de quem vive de ganhos variáveis é contar com recursos que podem não estar disponíveis na hora de honrar compromissos

Ilustração - O desafio do ganho variável (Bruno Algarve/EXAME.com)

Ilustração - O desafio do ganho variável (Bruno Algarve/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 14h13.

São Paulo - O ganho variável é um estímulo a mais para o trabalho da maioria de autônomos e, em nível crescente, para profissionais empregados. Ganhar proporcionalmente à dedicação é uma forma de encarar horas extras e sobreposição de projetos de maneira produtiva.

Porém, da mesma forma que a possibilidade do ganho extra motiva, a sazonalidade da renda nos impõe uma necessidade de organização diferenciada. Afinal, a motivação desaparece rapidinho diante da frustração de não contar com recursos para honrar compromissos assumidos.

O ideal, para quem conta com uma renda que varia, é assumir gastos fixos que, somados, jamais superem o piso da renda mensal. Ou seja, adotar um estilo de vida que caiba no orçamento, incluindo todas as prestações, contas fixas e gastos conhecidos. O maior erro de quem vive de ganhos variáveis é contar com recursos que podem não estar disponíveis na hora de honrar compromissos. 

Jamais se deve considerar a média de ganhos como parâmetro para elaborar um orçamento. Afinal, nos meses de falta, dívidas se acumulam e, com elas, os encargos que diminuirão mais ainda o poder de compra nos meses seguintes.

A média de ganhos deve ser a referência para as suas projeções de gastos totais, incluindo os gastos fixos, os variáveis (que incluem lazer e qualidade de vida) e a poupança para realizar sonhos em diferentes prazos. Nos meses em que o ganho variável não acontece, adiam-se o lazer e a poupança, que devem ser compensados nos meses seguintes.

Outra solução é aproveitar os meses de ganho acima da média para formar reservas que serão consumidas nos meses de baixa. Essa estratégia costuma funcionar bem, desde que a pessoa seja disciplinada para planejar o orçamento antecipadamente por vários meses.

Na prática, se compararmos o padrão de vida de dois profissionais com ganhos médios iguais, mas um com renda estável e outro com a instabilidade da renda variável, o que conta com ganhos variáveis deverá ter um estilo de vida mais simples. Férias, academia, cursos extras, passeios? Nada de parcelamento. O certo é pagar à vista, quando estiver com o dinheiro na mão. 

Com uma maior parte de seus gastos sendo considerada variável, o profissional com renda variável terá uma vida com mais diversidade de consumo, ou seja, menos rotina.

Acompanhe tudo sobre:Edição 173Imigraçãoorcamento-pessoalRemuneração

Mais de Carreira

O segredo para unir marketing e vendas (e tomar decisões que realmente funcionam)

Black Friday: EXAME libera maratona de aulas sobre inteligência artificial com 90% de desconto

Redes sociais: conheça 8 dicas para transformar o seu perfil no melhor cartão de visitas

Do esporte para o cacau: a trajetória ousada do CEO da Dengo Chocolates