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Qual o jeito certo de usar o verbo preferir?

Diogo Arrais, professor de língua portuguesa do Damásio Educacional, ensina um macete para nunca mais esquecer a regência certa do verbo preferir

Livros (Marcos Santos/USP Imagens)

Livros (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2013 às 15h35.

* Respondido por Diogo Arrais, professor de língua portuguesa do Damásio Educacional

O povo brasileiro ama sigla; o Governo ama sigla. Na Política, ela está de volta: a CPMF. Como? Sim! Uma nova espécie de CPMF! Não é aquela contribuição provisória, relativa aos impostos; o fato é que a Comissão Prefere Marcos Feliciano.


Disse um camarada:
- Prefiro muito mais outro político na Comissão dos Direitos Humanos!
Um ativista retrucou:
- Que isso! Prefiro mil vezes o Feliciano!
Questiona-se:
- Será?

Com protestos ou não, há uma nova CPMF: a Comissão Prefere Marcos Feliciano! Coincidências à parte, vamos tratar de um dos verbos mais importantes da nossa Língua: PREFERIR.
De acordo com o Dicionário Prático de Regência Verbal, de Celso Pedro Luft, o verbo PREFERIR é dar primazia ou preferência a; gostar mais de; escolher ou querer antes. Viu só? É querer antes!

Povo prefere paz a agressores. 

É verdade! Não há necessidade do comparativo DO QUE. Não há comparação. Não há gosto por agressividade. Paz, somente paz! 

Povo prefere a igualdade à homofobia .

É assim o padrão! Preferir a igualdade à homofobia. Não há necessidade de palavras como MAIS, MIL VEZES, DO QUE. Igualdade, na totalidade. Querer antes!

Então, Comissão prefere mais o Feliciano? Opa! Não! Isso não é linguagem padrão! Lembre-se da CPMF: Comissão Prefere Marcos Feliciano a outros.

Ai, ai! Famosas coincidências linguísticas e gramaticais! A temida CPMF existe sim! E que fique a lição: a regência do PREFERIR em Língua Padrão!

Um abraço e até a próxima!

 

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