Rotatividade de presidentes bate recorde em 2005
Exigências cada vez mais elevadas alimentaram maior troca de comando entre as principais empresas do mundo
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h34.
A rotatividade de presidentes nas maiores empresas do mundo atingiu um nível recorde no ano passado, de acordo com a consultoria americana Burson-Marsteller. Baseada nas 1 000 principais companhias do planeta listadas pela revista Fortune, a consultoria constatou a troca de comando em 129 delas em 2005. O movimento foi 31,6% maior que as do ano anterior, quando 98 empresas mudaram de presidente.
Segundo Leslie Gaines-Ross, diretora global do Departamento de Conhecimento e Pesquisa da Burson-Marsteller, as diretorias executivas exigiram um desempenho "excepcional" dos CEOs no ano passado, o que forçou a saída dos que não corresponderam ao esperado.
O período de transição também voltou para a faixa média registrada desde 2000, após um forte aumento em 2004. Naquele ano, o término de alguns longos períodos de preparação de novos presidentes afetou a média. Houve, por exemplo, a posse de James Dimon no JP Morgan Chase, cuja transição demorou 716 dias; e de Donald Felsinger no Sempra Energy (570 dias de transição). O período considerado pela consultoria abrange desde a data de anúncio oficial da substituição de comando, até a efetiva posse do novo presidente. Em 2005, a média ficou em 33,6 dias, contra 66,9 dias em 2004, e 36,5 dias em 2003.
Total de presidentes substituídos | |
Ano | Total |
2005 | 129 |
2004 | 98 |
2003 | 85 |
2002 | 43 |
2001 | 58 |
2000 | 57 |
Total | 470 |
Fonte: Burson-Marsteller |