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Muita gente quer nossos talentos, diz Google

Evento 'Google Summer' é espaço de recrutamento de jovens de todo o mundo

Sede do Google: recrutamento de talentos é prioridade (Justin Sullivan/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2011 às 00h12.

São Paulo - Uma das oportunidades mais desejadas pelos jovens que estudam tecnologia no mundo, o Google Summer Of Code, vai receber em 2011, participação recorde de estudantes brasileiros.

Em visita a Porto Alegre para participar da FISL 12, a principal gestora do programa, a americana Carol Smith, falou a INFO sobre os projetos mais bem sucedidos do Google Summer, da participação de brasileiros no programa e do assédio de outras companhias de internet aos talentos descobertos pelo Google no evento.

Info - O Google Summer completa em 2011 sete anos. Vocês revelaram muitos talentos neste período?

Carol Smith - Nossa ideia original foi oferecer uma oportunidade a jovens do mundo todo de ter contato com o software livre e descobrir como é legal programar. O Google Summer tem este nome porque acontece durante as férias de verão no hemisfério norte. Ou seja, é algo que qualquer estudante pode participar durante seu tempo livre. Você preenche a inscrição, envia seu projeto e realiza todos os trabalhos remotamente, pela web. E, sim, descobrimos muita gente brilhante.

Info - Que suporte o Google dá a estes jovens?

Carol Smith - Nós conversamos com universidades e ONGs de mais de 90 países para que eles promovam o Google Summer em suas instituições. A universidade pode se cadastrar no evento pela web e, depois, seus alunos podem mandar seus projetos individuais ou em grupo também pela internet. Quem for selecionado recebe um prêmio de US$ 5500. A escola do aluno ganha outro prêmio, no valor de US$ 500, por cada estudante que ela classificar para o evento.

Info - Quem pode participar?

Carol Smith - Qualquer pessoa com mais de 18 anos que estude graduação ou pós numa instituição credenciada no Google Summer. Se sua faculdade não tiver um cadastro com a gente, basta pedir que ela nos procure. Só é preciso ficar atento aos prazos.

Info - Que tipos de projetos vocês recebem?

Carol Smith - São projetos muito variados, desde sistemas de publicação até programas para gerenciar dados médicos em hospitais ou emitir alertas de catástrofes naturais. Recebemos propostas em todas as linguagens, Java, Perl, HTML... Os projetos aceitos são desenvolvidos com apoio do Google. Os estudantes classificados para o Summer recebem a orientação de um engenheiro sênior de nossa equipe, uma espécie de mentor para os jovens.


Info - Em 2005 o Summer aceitou 400 inscrições, número que saltou para 1180 em 2008. Este ano, parece que vocês selecionaram apenas 1000 alunos. O programa está encolhendo?

Descobrimos que o número mágico para o Google Summer é mil alunos. Temos uma capacidade limitada de gerir projetos e só um organizador do programa, no caso eu. Então, não podemos abraçar o mundo.

Info - Há muitos brasileiros classificados no Summer deste ano?

Carol Smith - Dos mil alunos selecionados este ano, 48 são brasileiros, um recorde para seu país. O Brasil é o quinto país que mais classifica jovens, a frente da China e de países Europeus como a Polônia. Os líderes são Estados Unidos (191 classificados) e Índia (182). Se mais brasileiros aprenderem inglês, poderão classificar mais estudantes.

Info - Quais são os projetos desenvolvidos pelo Summer que mais impressionaram Larry Page e Sergey Brin?

Carol Smith - Nós temos uma taxa de sucesso, ou seja, projetos que viram produtos na indústria de tecnologia, de 89%. Acho que a ideia mais bem sucedida foi o Drupal, criado pela jovem canadense Angie Byron. O Drupal é um sistema de publicação de código aberto que permite a governos e companhias privadas publicar seus balanços e informações públicas na web. Há alguns anos, a Casa Branca trocou uma solução proprietária pelo Drupal. Hoje, o governo Obama publica dados de seu governo usando uma plataforma que surgiu de um projeto do Summer.

Info - Vocês contratam os jovens mais brilhantes do Summer?

Carol Smith - Às vezes isso acontece. Mas é importante dizer que este programa não foi criado como uma ferramentade RH do Google. Nós queremos, prioritariamente, fomentar novas ideias e promover as aplicações abertas.

Info - É verdade que o Summer virou uma forma de repor talentos após o Google perder vários programadores para competidores como Twitter e Facebook?

Carol Smith - Bem, todos querem nossos talentos. Somos uma empresa inovadora e repleta de profissionais interessantes. Mas o Google também é o melhor lugar para gente criativa trabalhar.

Info - Você já recebeu propostas para deixar o Google?

Carol Smith - (Risos). Muita gente quer nossos talentos. Mas, repito, não há lugar melhor para gente criativa e inovadora que o Google.

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São Paulo - Uma das oportunidades mais desejadas pelos jovens que estudam tecnologia no mundo, o Google Summer Of Code, vai receber em 2011, participação recorde de estudantes brasileiros.

Em visita a Porto Alegre para participar da FISL 12, a principal gestora do programa, a americana Carol Smith, falou a INFO sobre os projetos mais bem sucedidos do Google Summer, da participação de brasileiros no programa e do assédio de outras companhias de internet aos talentos descobertos pelo Google no evento.

Info - O Google Summer completa em 2011 sete anos. Vocês revelaram muitos talentos neste período?

Carol Smith - Nossa ideia original foi oferecer uma oportunidade a jovens do mundo todo de ter contato com o software livre e descobrir como é legal programar. O Google Summer tem este nome porque acontece durante as férias de verão no hemisfério norte. Ou seja, é algo que qualquer estudante pode participar durante seu tempo livre. Você preenche a inscrição, envia seu projeto e realiza todos os trabalhos remotamente, pela web. E, sim, descobrimos muita gente brilhante.

Info - Que suporte o Google dá a estes jovens?

Carol Smith - Nós conversamos com universidades e ONGs de mais de 90 países para que eles promovam o Google Summer em suas instituições. A universidade pode se cadastrar no evento pela web e, depois, seus alunos podem mandar seus projetos individuais ou em grupo também pela internet. Quem for selecionado recebe um prêmio de US$ 5500. A escola do aluno ganha outro prêmio, no valor de US$ 500, por cada estudante que ela classificar para o evento.

Info - Quem pode participar?

Carol Smith - Qualquer pessoa com mais de 18 anos que estude graduação ou pós numa instituição credenciada no Google Summer. Se sua faculdade não tiver um cadastro com a gente, basta pedir que ela nos procure. Só é preciso ficar atento aos prazos.

Info - Que tipos de projetos vocês recebem?

Carol Smith - São projetos muito variados, desde sistemas de publicação até programas para gerenciar dados médicos em hospitais ou emitir alertas de catástrofes naturais. Recebemos propostas em todas as linguagens, Java, Perl, HTML... Os projetos aceitos são desenvolvidos com apoio do Google. Os estudantes classificados para o Summer recebem a orientação de um engenheiro sênior de nossa equipe, uma espécie de mentor para os jovens.


Info - Em 2005 o Summer aceitou 400 inscrições, número que saltou para 1180 em 2008. Este ano, parece que vocês selecionaram apenas 1000 alunos. O programa está encolhendo?

Descobrimos que o número mágico para o Google Summer é mil alunos. Temos uma capacidade limitada de gerir projetos e só um organizador do programa, no caso eu. Então, não podemos abraçar o mundo.

Info - Há muitos brasileiros classificados no Summer deste ano?

Carol Smith - Dos mil alunos selecionados este ano, 48 são brasileiros, um recorde para seu país. O Brasil é o quinto país que mais classifica jovens, a frente da China e de países Europeus como a Polônia. Os líderes são Estados Unidos (191 classificados) e Índia (182). Se mais brasileiros aprenderem inglês, poderão classificar mais estudantes.

Info - Quais são os projetos desenvolvidos pelo Summer que mais impressionaram Larry Page e Sergey Brin?

Carol Smith - Nós temos uma taxa de sucesso, ou seja, projetos que viram produtos na indústria de tecnologia, de 89%. Acho que a ideia mais bem sucedida foi o Drupal, criado pela jovem canadense Angie Byron. O Drupal é um sistema de publicação de código aberto que permite a governos e companhias privadas publicar seus balanços e informações públicas na web. Há alguns anos, a Casa Branca trocou uma solução proprietária pelo Drupal. Hoje, o governo Obama publica dados de seu governo usando uma plataforma que surgiu de um projeto do Summer.

Info - Vocês contratam os jovens mais brilhantes do Summer?

Carol Smith - Às vezes isso acontece. Mas é importante dizer que este programa não foi criado como uma ferramentade RH do Google. Nós queremos, prioritariamente, fomentar novas ideias e promover as aplicações abertas.

Info - É verdade que o Summer virou uma forma de repor talentos após o Google perder vários programadores para competidores como Twitter e Facebook?

Carol Smith - Bem, todos querem nossos talentos. Somos uma empresa inovadora e repleta de profissionais interessantes. Mas o Google também é o melhor lugar para gente criativa trabalhar.

Info - Você já recebeu propostas para deixar o Google?

Carol Smith - (Risos). Muita gente quer nossos talentos. Mas, repito, não há lugar melhor para gente criativa e inovadora que o Google.

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