Carreira

LinkedIn demite 960 funcionários em ajuste ao mundo pós-covid-19

Boa parte das saídas é nas áreas comercial e de atração de talentos, como parte de uma digitalização dos negócios

LinkedIn: demitidos levarão computador e smartphone e receberão assessoria na transição de carreira (Tim Boyle/Bloomberg)

LinkedIn: demitidos levarão computador e smartphone e receberão assessoria na transição de carreira (Tim Boyle/Bloomberg)

LA

Lucas Amorim

Publicado em 22 de julho de 2020 às 15h49.

Última atualização em 22 de julho de 2020 às 16h09.

O LinkedIn, maior rede social corporativa do mundo e parte da Microsoft, anunciou nesta quarta-feira a demissão de 960 funcionários dá área comercial — cerca de 6% de seus funcionários em todo o mundo. Os cargos vão ser unificados ou substituídos por ferramentas digitais, voltadas sobretudo para serviços como pequenas empresas. No Brasil, os funcionários demitidos ficarão na companhia até 21 de agosto.

Num comunicado publicado no próprio LinkedIn, o presidente da companhia, Ryan Roslansky, afirmou que embora veja muitas oportunidades adiante, "tomamos a decisão difícil de reduzir o número de funções em nossa equipe de vendas e de atração de talentos." "Isso não é de forma alguma um reflexo do incrível talento que esses empregados possuem, é um reflexo de como estamos desenvolvendo o negócio para melhor apoiar nossos funcionários e clientes", afirmou.

"Para nossos funcionários de saída, obrigado pelo impacto positivo que causaram. E para nossos empregados que ficam, obrigado por apoiar as pessoas que estão saindo e por nos ajudar nessa mudança. O LinkedIn não seria o que é sem paixão, talento e comprometimento que todo funcionário traz ao trabalho e serei sempre agradecido às pessoas que ajudaram o LinkedIn a ser o que é hoje."

Na segunda-feira, Roslansky havia enviado mensagem interna aos funcionários delineando o plano de negócios da companhia. "Estamos entrando em nosso novo ano fiscal com um senso de urgência maior do que nunca para estar à frente das mudanças de paradigma que estamos enfrentando", escreveu.

Roslansky faz referência à clara mudança de estilo de vida e de trabalho de milhões de pessosas mundo afora. "Em todo lugar, pesoas estão se adaptando a novas formas de estar conectadas, aprender, se relacionar, vender, contratar e encontrar trabalho", afirmou.

Nas últimas semanas, segundo a EXAME apurou, a companhia enviou todos os seus funcionários para casa com apoio financeiro para a compra de equipamentos eletrônicos e de mobília para facilitar o trabalho remoto. Também adaptou seus produtos para atender melhor seus clientes durante a pandemia do novo coronavírus. A companhia lançou, por exemplo, ferramentas para realizar eventos, entrevistas e feedbacks virtualmente. Também atualizou sua plataforma "Voices" com nomes relevantes para este novo momento e ofereceu serviços de graça para empresas e entidades dedicadas a combater a pandemia.

Entretando, segundo Roslansky, a companhia foi impactada com a redução no ritmo de contratações pelo mundo. Os funcionários de saída receberão dez semanas de indenização, continuidade no plano de saúde, poderão ficar com computadores e smartphones e receberão assistência individualizada para transição de carreira. Disso a companhia, comprada em 2016 pela gigante Microsoft, entende bem.

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