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Isto é o que (realmente) importa na hora de estudar inglês

Será que você não está priorizando o que menos importa no seu estudo do inglês? Compare opiniões de alunos e especialistas no assunto e tire suas conclusões

jovem escrevendo (./Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2017 às 12h45.

Última atualização em 24 de maio de 2017 às 13h01.

Para aprender inglês, é essencial saber quais aspectos são fundamentais, quais são importantes mas não obrigatórios, e quais são relativamente dispensáveis.

Será que você não está priorizando o que menos importa? Ou pagando mais por algo que nem tem tanta importância assim para os resultados de fluência?

Para determinar o que realmente importa na hora de estudar o idioma, vale comparar as opiniões de alunos e especialistas no assunto. Confira abaixo e tire suas próprias conclusões sobre o que mais contribui para os seus resultados:

O que contribui para o aprendizado, segundo os estudantes

1. Ter um professor nativo 

Motivo: “Com um professor nativo, eu aprendo mais, porque ele sabe mais.”

2. Modalidade (aulas presenciais ou por Skype, por exemplo) 

Motivo: “Só aprendo se o professor estiver perto de mim.”  ou “Só aprendo se for online."

 3. Contato diário com o idioma 

Motivo: “Não consigo ir muito à aula, sou muito ocupado. Mas vou quando dá. Estudar depois o conteúdo, aí não dá mesmo.”

4. Tempo de fala em aula

Motivo: “Sou meio tímido pra falar, mas entendo e escrevo bem. Faço perguntas, o professor esclarece, acho que estou aprendendo.”

 5. Revisões do conteúdo visto

Motivo: “O professor é ótimo, ele ensina muito bem, manda listas de palavras e muitos textos."

O que contribui para o aprendizado, segundo os especialistas

1. Contato diário com o idioma

Motivo: "É o que mais importa.  Aulas todos os dias, imersões ou contato diário por meio de apps, redes sociais, YouTube, TED Talks, livros, games, músicas, séries. Desde que o aluno pratique as quatro habilidades (fala, compreensão oral, escrita e leitura) e não se concentre em uma delas, o aprendizado é proporcional ao número de horas de exposição e prática do idioma.”

Observação: Ficou em 3º lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado.  Para os especialistas, é o 1º.

 2. Tempo de fala em aula

Motivo: “A comunicação oral em inglês (falar e entender) é a competência mais desafiadora para a maioria dos alunos. O curso deve motivar o aluno a simular diálogos possíveis, expressar suas opiniões, contar histórias em inglês. Os mais tímidos podem não querer se expor, mas sem essa exposição em todas as aulas, a comunicação oral nunca será natural. O aluno vai dizer que tem nível avançado, só não sabe falar inglês.”

Observação: Ficou em 4º lugar, na opinião dos alunos, no ranking de fatores mais relevantes para o aprendizado. Para os especialistas, é o 2º.

 3. Revisões do conteúdo visto

Motivo: "Há um engano muito frequente, por parte de alunos e até de professores. Não é porque um conteúdo foi ensinado que significa que ele foi aprendido.  Pode-se dizer que, se não foi aprendido, não foi ensinado, foi apenas mostrado aos alunos.  E garantir aprendizado requer repetição do mesmo conteúdo, de várias maneiras. Nem sempre isso acontece – em aula ou fora dela. Resultado: muito é visto, pouco é de fato aprendido".

Observação: Ficou em último lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado.  Para os especialistas, é o 3º.

4. Modalidade (aulas presenciais ou por Skype, por exemplo)

Motivo: “Os outros três fatores são muito mais relevantes. Há alunos que quase não vão à aula, porque pegam trânsito, por exemplo – mas não abrem mão da aula presencial. A regularidade de contato com o idioma é mais importante e eles não percebem.” Mas é claro que há alunos que se concentram melhor em aulas por Skype, outros em aulas presenciais.  Entender o seu estilo de aprendizagem e o que desvia sua atenção é fundamental.

Observação: Ficou em 2º lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado.  Para os especialistas, é o 4º.

5. Professor nativo

Motivo: “Há excelentes professores nativos no mercado. Há professores nativos muito ruins. Isso acontece com não-nativos também. Um excelente professor deve dominar o idioma, dominar diversas técnicas de ensino, saber adaptá-las a cada aluno ou grupo, não ser o centro da aula, promover prática de todas as habilidades, revisar. Deu para perceber que essas ações não dependem do país onde o professor nasceu?  Mas é claro que se o aluno tem um nível avançado, um professor nativo pode trazer desafios ao seu curso.

Observação: Ficou em 1º lugar na opinião dos alunos, como o fator mais relevante para o aprendizado.  Para os especialistas, é o último!

* Rosangela Souza é fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas e da ProfCerto. Também é professora de técnicas de comunicação, gestão de pessoas e estratégia no curso de Pós-Graduação ADM da Fundação Getúlio Vargas.

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