Inglês não é mais diferencial em processos seletivos para empregos
"No passado, muita gente conseguiu se dar bem dessa forma", diz Sofia Esteves, da Cia. de Talentos
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2018 às 15h00.
Última atualização em 21 de maio de 2018 às 15h46.
Antigamente, quem dominava a língua inglesa possuía uma carta na manga para os processos seletivos. Era aquele candidato que vinha como a cereja do bolo, com uma habilidade que poucos ainda tinham. Com isso, não só vagas de emprego eram garantidas, como se conquistava promoções e até salários mais polpudos. Hoje, isso caiu por terra. Ter fluência no inglês não é mais diferencial competitivo, mas requisito básico para praticamente todas as posições de mercado.
Se você ainda não tem fluência no idioma, aconselho a ir em busca desta habilidade o quanto antes e esqueça a velha tática da enrolação: nada de colocar no currículo que você lê, escreve e fala bem o inglês. No passado, muita gente conseguiu se dar bem dessa forma, mas o presente está mais astuto e as empresas cada vez mais munidas de formas eficientes para detectar se aquilo que consta no seu currículo realmente condiz com a verdade. Para isso, os selecionadores lançam mão de testes orais, durante a entrevista de emprego , até provas escritas. A melhor forma de fazer a “prova dos nove” e atestar se o candidato é realmente fluente vai depender da necessidade de cada empresa e cada processo.
Muitos profissionais costumam me questionar se o intercâmbio é a melhor maneira para se adquirir fluência no inglês. Sinceramente, isso vai depender exclusivamente de como essa experiência será conduzida. Se o tempo passado fora do Brasil for utilizado para estudar de verdade a língua, conviver com moradores locais e se submeter a experiências focadas no objetivo de aprender ou aprimorar a língua, então, esse é um caminho muito promissor, porque acarreta não só o desenvolvimento do idioma, mas também um enriquecimento cultural importante até mesmo para entender determinadas culturas organizacionais.
Para quem é jovem há mais tempo e acabou por desenvolver o aprendizado da língua no dia a dia, durante o exercício da função, eu indicaria dar um passo além e ir em busca de um aprimoramento. Hoje, temos à disposição inúmeros cursos voltados para o inglês profissional, que foca justamente em objetivos específicos para a língua. Os caminhos para esse aperfeiçoamento são vários: desde cursos de curta duração, dentro do país ou fora dele, focados em áreas como direito, saúde, engenharia e negócios até opções de pós-graduação, MBA, mestrado e doutorado no exterior, para quem tem mais disponibilidade de passar alguns anos fora.
É muito importante ter em mente que dominar o inglês, hoje, possibilita não apenas que o profissional interprete textos, receba informações ou tenha mais acesso ao conhecimento. Isso acontece e é importante, mas vai além. O domínio de um outro idioma, expande nossa visão de mundo e, assim, passamos a entender melhor outras culturas, conseguimos nos comunicar com pessoas completamente diferentes e nos inclui em ambientes diversos. Tudo isso agrega uma bagagem muito enriquecedora, que impacta diretamente no nosso desempenho profissional, pois ajuda no relacionamento com os pares e com os liderados. Portanto, anote meu conselho: o domínio de uma segunda língua não vai apenas garantir uma vaga de emprego, vai também abrir caminhos importantes e enriquecedores para sua carreira. Aposte nisso e voe alto!