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Absenteísmo: o que é, quais os tipos, causas e como calcular

Absenteísmo é um fenômeno corriqueiro no ambiente de trabalho. Saiba quais são as causas e como evitá-lo

Workers talking at common coworking space tables, busy multiethnic businessmen and businesswomen working together in the space of coworking, diverse staff of employees (gettyimages/Divulgação)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 14h29.

Última atualização em 12 de março de 2024 às 13h50.

No ambiente de trabalho, acaba sendo comum que funcionários faltem por diversos motivos, sejam eles justificados ou não. Essa realidade é ainda mais vista em empresas maiores, com dezenas e centenas de empregados.

Por isso, saiba o que é o absenteísmo, quais são os tipos e como evitar esse problema.

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O que é absenteísmo?

O absenteísmo refere-se à frequência ou padrão de ausências não programadas de funcionários no ambiente de trabalho. Essas ausências podem ser devidas a doenças, problemas pessoais, falta de motivação ou outros fatores.

Entendendo o significado de absenteísmo, fica claro que ele pode ter impactos significativos nas operações de uma empresa, afetando a produtividade, a moral da equipe e até mesmo a qualidade do trabalho.

Gerenciar o absenteísmo envolve implementar estratégias para melhorar a satisfação e o engajamento dos funcionários, promover um ambiente de trabalho saudável e oferecer programas de apoio à saúde mental, evitando assim um prejuízo no balanço patrimonial da empresa.

Qual é a diferença entre turnover e absenteísmo?

O turnover e o absenteísmo são dois fenômenos distintos relacionados à gestão de recursos humanos. O turnover refere-se à taxa na qual os funcionários deixam uma organização e são substituídos.

Pode ser voluntário, como resignação ou aposentadoria, ou involuntário, como demissões. O turnover impacta diretamente a continuidade operacional, a cultura organizacional e os custos associados à contratação e treinamento de novos colaboradores.

Por outro lado, o significado de absenteísmo diz respeito à frequência e padrão de ausências não programadas de funcionários, seja por motivos de saúde, pessoais ou outros. Isso afeta a produtividade, a qualidade do trabalho e o moral da equipe.

Embora ambos os fenômenos possam influenciar o desempenho organizacional, suas causas e implicações são distintas, exigindo estratégias de gestão específicas para lidar com cada um. É importante que gestores cuidem dessas duas métricas com seus funcionários contratados pela CLT.

Qual o cálculo do índice de absenteísmo?

O índice de absenteísmo é calculado para avaliar a taxa de ausências não programadas dos funcionários em relação ao total de dias de trabalho programados. A fórmula básica é:

Índice de Absenteísmo: (dias de ausências/dias programados) x 100

Para calcular o índice de absenteísmo, é necessário somar o número de dias em que os funcionários estiveram ausentes devido a razões não programadas, como doença ou emergências, e dividir esse total pelo número total de dias que os funcionários eram esperados no trabalho. O resultado é multiplicado por 100 para expressar a métrica como uma porcentagem.

Quanto é o índice aceitável de absenteísmo?

A taxa média de absenteísmo no setor de serviços é de 5%, contrastando com o setor varejista, onde essa taxa varia entre 7% a 10%. Não existe consenso quanto a um número ideal, sendo que esse índice pode flutuar conforme o segmento e o porte da empresa.

Contudo, de maneira geral, considera-se aceitável um índice de até 4% de absenteísmo. Estabelecer benchmarks internos e compreender as nuances do setor são cruciais para avaliar a performance.

Em ambientes como o varejo, onde as demandas operacionais podem ser intensas, taxas mais elevadas podem ser toleradas, mas, em todos os casos, mitigar o absenteísmo continua sendo uma prioridade para manter a produtividade e a satisfação da equipe. Deve-se ter isso em mente desde a admissão até o dia a dia de trabalho.

Quais são os tipos de absenteísmo?

Existem diversos tipos de absenteísmo, cada um com propriedades diferentes. O absenteísmo justificado ocorre quando um colaborador, de maneira formal, comunica à empresa o motivo de sua ausência.

Geralmente, a empresa é notificada antecipadamente, permitindo-lhe preparar-se para a falta do funcionário. Exemplos comuns desse tipo de absenteísmo incluem licenças e consultas médicas.

Por outro lado, no absenteísmo injustificado, o funcionário omite a razão da sua ausência no trabalho. Imprevistos, insatisfação com o ambiente laboral e falta de motivação são exemplos desse tipo de ausência nas organizações.

Por fim, o presenteísmo caracteriza-se pela presença parcial do funcionário no ambiente de trabalho, onde, embora presente, seu desempenho fica muito aquém do esperado devido a possíveis problemas pessoais ou de saúde.

Detectar o presenteísmo pode ser desafiador, já que não há um medidor objetivo imediato. Observar a queda prolongada no alcance de metas e produtividade ao longo do tempo pode indicar essa situação.

Exemplos de absenteísmo

Exemplos de absenteísmo abrangem uma variedade de situações. Alguns casos envolvem faltas frequentes motivadas por problemas de saúde, enquanto outros decorrem de emergências familiares, resultando em ausências não planejadas.

Licenças médicas programadas para tratamentos específicos também se enquadram nessa categoria. Além disso, existem ausências não justificadas, onde o funcionário falta sem aviso prévio, afetando a programação da empresa.

Condições de trabalho insatisfatórias podem levar a dias de ausência, assim como conflitos interpessoais no ambiente profissional. Faltas relacionadas ao estresse excessivo e insatisfação geral no trabalho também contribuem para o absenteísmo.

O uso inadequado de licenças e benefícios é outro exemplo, assim como o presenteísmo, em que o colaborador está presente fisicamente, mas seu desempenho é comprometido por questões pessoais ou de saúde. Pode-se fazer um contrato de experiência para verificar os níveis de absenteísmo de um funcionário, por exemplo.

Quais são as causas do absenteísmo no trabalho?

O absenteísmo no trabalho pode ser causado por uma variedade de fatores, desde questões de saúde até elementos relacionados ao ambiente e à cultura organizacional.

Problemas de saúde, como doenças agudas ou crônicas, são causas comuns, assim como o estresse, ansiedade e problemas emocionais. Condições inadequadas no local de trabalho, falta de motivação, insatisfação profissional e conflitos interpessoais também contribuem para o absenteísmo.

Além disso, políticas de gestão inadequadas, falta de reconhecimento e oportunidades de desenvolvimento podem desencadear a ausência dos funcionários.

O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, bem como a cultura de apoio à saúde mental, desempenham um papel crucial. Identificar e abordar essas causas de maneira proativa é essencial para mitigar o absenteísmo e promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

Como diminuir o absenteísmo no trabalho?

Reduzir o absenteísmo no trabalho requer abordagens holísticas que abordem tanto as causas imediatas quanto os fatores subjacentes. Estabelecer políticas de gestão de presença claras e comunicar efetivamente as expectativas em relação à frequência são passos iniciais.

Promover um ambiente de trabalho saudável, incluindo medidas de segurança e bem-estar, contribui para a prevenção de doenças e estresse.

Oferecer programas de suporte à saúde mental e incentivar um equilíbrio adequado entre vida pessoal e profissional também é fundamental. Estratégias de reconhecimento e engajamento, como feedback positivo e oportunidades de desenvolvimento, podem aumentar a motivação.

Além disso, criar uma cultura organizacional que valorize o trabalho em equipe e promova a resolução construtiva de conflitos pode reduzir conflitos interpessoais.

Monitorar regularmente os índices de absenteísmo, analisar as tendências e ajustar as abordagens conforme necessário são práticas essenciais para promover a presença e o bem-estar no local de trabalho. Profissionais de departamento pessoal devem estar atentos a isso.

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