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GM estende lay-off e evita demissões em São Caetano

Empresa propôs, entre outras coisas, o congelamento dos salários nominais neste ano e de parte dos de 2017

General Motors (GM): com crise, montadora faz acordo para evitar demissões (Bill Pugliano/AFO)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2016 às 13h08.

São Paulo - A General Motors vai prorrogar novamente por cinco a nove meses o lay-off (suspensão temporária de contratos) de cerca de mil trabalhadores da fábrica de São Caetano do Sul, no ABC paulista.

A dispensa desses funcionários venceria no dia 8, mas como o mercado de veículos segue sem perspectivas de recuperação, a empresa ameaçava demiti-los.

Para estender o lay-off, a GM propôs o congelamento dos salários nominais neste ano e de parte dos de 2017, fim da estabilidade de emprego para quem adquirisse doença profissional e redução do pagamento adicional para trabalhos noturnos.

Por insistência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, a empresa abriu mãos dos dois últimos itens e conseguiu fechar acordo com a entidade na quinta-feira.

O presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, aproveitou um encontro anual na sede do grupo em Detroit (EUA), na semana passada e, segundo ele, pediu à presidente global da GM, Mary Barra, a revisão das exigências para a filial brasileira.

"A viagem ajudou muito na decisão da empresa, pois estávamos num impasse tremendo", disse Francisco Nunes, vice-presidente da entidade.

Pelo acordo, o reajuste pela inflação deste ano não será indexado aos salários , e será pago em forma de abono de R$ 8 mil em duas parcelas.

No próximo ano, serão indexados 70% do aumento, e a diferença também será paga como abono. No dia 6, os funcionários também vão receber R$ 6 mil como antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Em nota, a montadora informou que o acordo prevê a possibilidade de extensão do lay-off por cinco meses, podendo ser renovado por mais quatro meses.

"A GM acredita que esse acordo é positivo, pois pode conciliar as necessidades de ajuste ao mercado em queda com os interesses dos empregados."

Segundo Nunes, parte do grupo de funcionários está em lay-off há mais de um ano (desde novembro de 2014). Outra parte entrou no programa em março e uma terceira em outubro do ano passado.

Pelas normas do programa, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) deixa de bancar parte dos salários dos operários após cinco meses de afastamento. Nesse caso, a empresa assume o custo integral. Alguns dos afastados estão sendo convocados para retornar ao trabalho.

A GM emprega ao todo 9,5 mil trabalhadores na fábrica de São Caetano, dos quais 6 mil na produção. A unidade produz os modelos Cobalt, Cruze (cuja linha será transferida para a filial da Argentina), Montana e Spin.

O grupo também tem fábricas de carros em Gravataí (RS) - para Onix e Prisma - e em São José dos Campos (SP), que produz S-10 e Trailblazer.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras têm atualmente 39 mil funcionários em lay-off ou participando do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que reduz jornada e salários.

Em abril, até quinta-feira, foram vendidos 151,7 mil veículos novos de todas as marcas no País, volume 20% inferior ao de igual período de 2015.

Na comparação com março deste ano, os dados mostram avanço de quase 4%, mas esse dado deve ser revertido no fechamento do mês (quando serão contabilizadas as vendas de ontem e hoje), que terá 20 dias úteis, enquanto o anterior teve 22.

No acumulado de janeiro até o dia 28, foram vendidos 632,9 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no País, queda de 26,8% em relação a igual período de 2015.

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A dispensa desses funcionários venceria no dia 8, mas como o mercado de veículos segue sem perspectivas de recuperação, a empresa ameaçava demiti-los.

Para estender o lay-off, a GM propôs o congelamento dos salários nominais neste ano e de parte dos de 2017, fim da estabilidade de emprego para quem adquirisse doença profissional e redução do pagamento adicional para trabalhos noturnos.

Por insistência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, a empresa abriu mãos dos dois últimos itens e conseguiu fechar acordo com a entidade na quinta-feira.

O presidente do sindicato, Aparecido Inácio da Silva, aproveitou um encontro anual na sede do grupo em Detroit (EUA), na semana passada e, segundo ele, pediu à presidente global da GM, Mary Barra, a revisão das exigências para a filial brasileira.

"A viagem ajudou muito na decisão da empresa, pois estávamos num impasse tremendo", disse Francisco Nunes, vice-presidente da entidade.

Pelo acordo, o reajuste pela inflação deste ano não será indexado aos salários , e será pago em forma de abono de R$ 8 mil em duas parcelas.

No próximo ano, serão indexados 70% do aumento, e a diferença também será paga como abono. No dia 6, os funcionários também vão receber R$ 6 mil como antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Em nota, a montadora informou que o acordo prevê a possibilidade de extensão do lay-off por cinco meses, podendo ser renovado por mais quatro meses.

"A GM acredita que esse acordo é positivo, pois pode conciliar as necessidades de ajuste ao mercado em queda com os interesses dos empregados."

Segundo Nunes, parte do grupo de funcionários está em lay-off há mais de um ano (desde novembro de 2014). Outra parte entrou no programa em março e uma terceira em outubro do ano passado.

Pelas normas do programa, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) deixa de bancar parte dos salários dos operários após cinco meses de afastamento. Nesse caso, a empresa assume o custo integral. Alguns dos afastados estão sendo convocados para retornar ao trabalho.

A GM emprega ao todo 9,5 mil trabalhadores na fábrica de São Caetano, dos quais 6 mil na produção. A unidade produz os modelos Cobalt, Cruze (cuja linha será transferida para a filial da Argentina), Montana e Spin.

O grupo também tem fábricas de carros em Gravataí (RS) - para Onix e Prisma - e em São José dos Campos (SP), que produz S-10 e Trailblazer.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras têm atualmente 39 mil funcionários em lay-off ou participando do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que reduz jornada e salários.

Em abril, até quinta-feira, foram vendidos 151,7 mil veículos novos de todas as marcas no País, volume 20% inferior ao de igual período de 2015.

Na comparação com março deste ano, os dados mostram avanço de quase 4%, mas esse dado deve ser revertido no fechamento do mês (quando serão contabilizadas as vendas de ontem e hoje), que terá 20 dias úteis, enquanto o anterior teve 22.

No acumulado de janeiro até o dia 28, foram vendidos 632,9 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no País, queda de 26,8% em relação a igual período de 2015.

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