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Funcionária demitida desabafa em Twitter oficial da empresa

Em cerca de 20 minutos, gestora de redes sociais da inglesa HMV narrou demissão de 60 funcionários por meio da conta oficial da empresa no Twitter, veja outros casos

A Fail Whale, baleia que simboliza falhas no Twitter: as dores de cabeça das marcas na rede social não estão relacionadas apenas aos problemas técnicos do site  (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 15h47.

São Paulo – No último dia 31 de janeiro, os seguidores do perfil no Twitter da cadeia de varejo britânica HMV acompanharam, em tempo real, a demissão de 60 funcionários da companhia.

De acordo com a Businessweek, Poppy Rose Cleere , agora ex-gestora de planejamento de mídias sociais da HMV, narrou durante 20 minutos a demissão de 60 funcionários no perfil oficial da empresa na rede de microblogs.

“Nós estamos tuitando ao vivo do RH onde todos nós estamos sendo demitidos! Empolgante! # hmvxfactorfiring ”, afirmou a ex-funcionária no primeiro de uma série de tuítes. “Mais de 60 estão sendo demitidos de uma vez. Execução em massa de empregados leais que amam a marca”.

Os posts escritos por Poppy Rose foram deletados pela companhia que, em seguida, tuitou uma justificativa para o tom de desabafo dos tuítes anteriores: “Um de nossos colegas de departamento está compreensivelmente chateado. Mas nós continuamos aqui. Obrigado pelo apoio à HMV nestes tempos difíceis”.

Naquele dia, segundo a BBC, 190 pessoas foram demitidas da rede. Dezesseis dias antes, a HMV havia entrado em concordata.

Em sua conta pessoal no Twitter, Poppy Rose pediu desculpas pela ação. “Eu espero que as ações de hoje mostrem a eles o verdadeiro poder e importância das mídias sociais. Espero que eles finalmente ouçam”, afirmou. Dois dias depois, a funcionária demitida ainda tinha acesso às redes sociais da companhia, segundo ela mesma informou em seu Twitter.

Outros casos

Poppy Rose não foi a única a usar a conta oficial da empresa em que trabalha (ou trabalhava, no caso) para desabafar. Em janeiro passado, após o pedido de demissão, a funcionária de uma agência de publicidade MercuryCSC postou por engano, segundo o AdWeek, a mensagem “F este trabalho” na página do Facebook da empresa de turismo Montana, um dos clientes da companhia em que trabalhava.

No Brasil, um servidor do Tribunal de Contas do Distrito Federal reclamou da falta de reconhecimento no trabalho na página do Facebook do órgão, segundo o R7. De acordo com o depoimento, postado no final de agosto passado, ele era o “único funcionário a trabalhar em um gabinete do tribunal sem receber nenhuma gratificação por isso”. O post foi deletado horas depois.

Pelo menos por aqui, desabafos nas redes sociais contra empregadores podem acabar na justiça. Em novembro, a justiça brasileira determinou que a ex-funcionária de um pet shop em Curitiba pague indenização de 4 mil reais aos seus antigos patrões por ofendê-los com palavras de baixo calão em sua página na rede social Orkut.

Veja também

São Paulo – No último dia 31 de janeiro, os seguidores do perfil no Twitter da cadeia de varejo britânica HMV acompanharam, em tempo real, a demissão de 60 funcionários da companhia.

De acordo com a Businessweek, Poppy Rose Cleere , agora ex-gestora de planejamento de mídias sociais da HMV, narrou durante 20 minutos a demissão de 60 funcionários no perfil oficial da empresa na rede de microblogs.

“Nós estamos tuitando ao vivo do RH onde todos nós estamos sendo demitidos! Empolgante! # hmvxfactorfiring ”, afirmou a ex-funcionária no primeiro de uma série de tuítes. “Mais de 60 estão sendo demitidos de uma vez. Execução em massa de empregados leais que amam a marca”.

Os posts escritos por Poppy Rose foram deletados pela companhia que, em seguida, tuitou uma justificativa para o tom de desabafo dos tuítes anteriores: “Um de nossos colegas de departamento está compreensivelmente chateado. Mas nós continuamos aqui. Obrigado pelo apoio à HMV nestes tempos difíceis”.

Naquele dia, segundo a BBC, 190 pessoas foram demitidas da rede. Dezesseis dias antes, a HMV havia entrado em concordata.

Em sua conta pessoal no Twitter, Poppy Rose pediu desculpas pela ação. “Eu espero que as ações de hoje mostrem a eles o verdadeiro poder e importância das mídias sociais. Espero que eles finalmente ouçam”, afirmou. Dois dias depois, a funcionária demitida ainda tinha acesso às redes sociais da companhia, segundo ela mesma informou em seu Twitter.

Outros casos

Poppy Rose não foi a única a usar a conta oficial da empresa em que trabalha (ou trabalhava, no caso) para desabafar. Em janeiro passado, após o pedido de demissão, a funcionária de uma agência de publicidade MercuryCSC postou por engano, segundo o AdWeek, a mensagem “F este trabalho” na página do Facebook da empresa de turismo Montana, um dos clientes da companhia em que trabalhava.

No Brasil, um servidor do Tribunal de Contas do Distrito Federal reclamou da falta de reconhecimento no trabalho na página do Facebook do órgão, segundo o R7. De acordo com o depoimento, postado no final de agosto passado, ele era o “único funcionário a trabalhar em um gabinete do tribunal sem receber nenhuma gratificação por isso”. O post foi deletado horas depois.

Pelo menos por aqui, desabafos nas redes sociais contra empregadores podem acabar na justiça. Em novembro, a justiça brasileira determinou que a ex-funcionária de um pet shop em Curitiba pague indenização de 4 mil reais aos seus antigos patrões por ofendê-los com palavras de baixo calão em sua página na rede social Orkut.

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