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Felipão só decidirá futuro na seleção depois da Copa

Depois do jogo deste sábado contra a Holanda, em Brasília, na decisão do terceiro lugar da Copa, Felipão volta para casa, em São Paulo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2014 às 08h39.

Teresópolis - Até quinta-feira à tarde, Luiz Felipe Scolari não havia recebido nenhum convite da CBF para continuar no comando da seleção brasileira. O treinador só vai pensar no seu futuro na segunda-feira. Depois do jogo deste sábado contra a Holanda, em Brasília, na decisão do terceiro lugar da Copa, Felipão embarca para São Paulo onde vai passar o domingo recluso com a família.

Na segunda-feira, é bem provável que ele se encontre com José Maria Marin, presidente da CBF, para apresentar o relatório final de todo o trabalho de um ano e meio em que esteve no comando da seleção - seu compromisso com Marin era até o fim da Copa do Mundo.

No documento, Felipão vai apresentar uma análise detalhada dos jogadores, uma avaliação de cada um e dos erros e acertos do trabalho da comissão técnica no período que abrange de janeiro de 2013, quando de fato assumiu a seleção, até o último jogo do Brasil na Copa.

Na sua última entrevista na Granja Comary, quarta-feira, Felipão fez um discurso de continuidade no comando da seleção ao dar um balanço do seu trabalho e da comissão técnica no Mundial. O técnico adiantou que pretende preparar a maioria dos jogadores deste grupo para o Mundial de 2018.

Marin esteve quinta-feira na Granja Comary. Chegou por volta do meio-dia, almoçou com os jogadores e, à tarde, assistiu ao treino, vestindo jaqueta e boné da seleção brasileira. Antes, conversou por 5 minutos com Felipão. Em alguns momentos, ambos deram boas risadas.

Ao sair da Granja, às 16h45, Marin atendeu ao pedido da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, solicitou ao motorista que parasse o carro e desceu para uma rápida conversa. Mas não quis falar sobre o futuro da seleção. "Vamos aguardar. Primeiro vamos pensar nesse jogo em Brasília. É importante terminar bem a Copa’’, disse. Sobre o encontro com os jogadores, afirmou ter sido tranquilo. "Eles estão bem.’’"

Na saída da Granja, Marin estava acompanhado por Alexandre Gallo, um dos observadores dos adversários da seleção nesta Copa. Gallo é nome que não pode ser descartado para suceder Felipão, confirmou ao Estado uma fonte próxima ao atual presidente da CBF e ao futuro, Marco Polo del Nero, que conversou com ambos no dia seguinte à derrota no Mineirão.

"Ele (Marin) está entusiasmado com o Gallo. Destacou que ele tem ótima visão tática, é dedicado e disciplinador’’, revelou esse interlocutor. Marin já fez elogios públicos a Gallo, técnico da seleção sub-20 e coordenador das categorias de base da seleção e, meses atrás, chegou a dizer que, caso Felipão saísse, era o nome ideal para herdar o cargo. Uma de suas justificativas foi a Olimpíada de 2016, no Rio. Gallo deve dirigir o time.

Marin não tem pressa para nomear o futuro treinador da seleção principal. Vai esperar que Felipão tome a iniciativa de deixar o cargo - acha que isso será mais cortês do que anunciar que não o quer mais - e, depois, decidirá com calma, o que pode levar algumas semanas.

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