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Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2013 às 16h00.
São Paulo - A saúde do profissional brasileiro anda na corda bamba. Um estudo realizado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, com 32.100 executivos constatou que 76% dos entrevistados são sedentários, 63% apresentam taxas de colesterol e triglicérides elevadas e 59% estão acima do peso ideal, tanto homens quanto mulheres.
Essas características elevam o risco de doenças cardiovasculares, como enfarte e derrame. Os níveis de ansiedade e depressão também são altos por causa da pressão por resultados e do medo de perder o emprego: cerca de 40% dos executivos brasileiros sofrem de estresse, de acordo com o Centro de Psicologia e Controle do Stress, de Campinas, em São Paulo.
“A dinâmica de vida dos executivos, combinada a uma alimentação inadequada, ao tabagismo e ao alcoolismo, só agrava esse quadro”, diz Sandra Arsencio, cardiologista do Oswaldo Cruz.
Não deveria ser assim. Ao contrário, para ter um bom desempenho no trabalho e crescer na carreira, o profissional tem de estar com a mente e o corpo no melhor estado possível. Com a saúde em dia, a pessoa pensa melhor, sente-se disposta a encarar os desafios e ainda assim fica menos cansada.
Mais importante ainda, evita todos os problemas relatados anteriormente. A saída inevitável é adquirir hábitos saudáveis. É fácil fazer isso? Não, mas é necessário, para não dizer urgente, para quem é sedentário. “O primeiro passo é escutar os sinais do corpo e se colocar como prioridade número 1 para as mudanças acontecerem”, diz Sandra Arsencio. A decisão de viver melhor é sempre individual.
“Tem que existir equilíbrio entre as dimensões de sua vida, que são: física, emocional, intelectual, social e espiritual”, afirma o médico Alberto Ogata, membro do comitê internacional do National Wellness Institute e presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida. “Sem essa preocupação, não há como caminhar em direção ao bem-estar.”