Carreira

Executivos brasileiros mantêm "casamento" com a empresa

Levantamento de EXAME mostra que os profissionais estabelecem uma ligação intensa com a companhia que administram

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 19h41.

Os executivos brasileiros valorizam empresas cujos objetivos estejam alinhados às suas aspirações e valores pessoais. Quando encontram uma companhia assim, estabelecem uma ligação intensa - praticamente um "casamento", segundo uma pesquisa exclusiva de EXAME sobre o perfil dos profissionais que administram as empresas do país.

Esse vínculo é um dos fatores que mais estimulam as pessoas que ocupam os escalões mais altos. A partir de mais de 500 entrevistas com dirigentes do primeiro, segundo e terceiro escalões de pequenas, médias e grandes empresas, a pesquisa revela a autonomia para tomar decisões, compensação financeira e realização profissional são os aspectos mais valorizados por esses profissionais em sua carreira.

Isso não os impede de admitir que a pressão por resultados é constante, e o tempo dedicado à família é menor que o desejado por todos. Mas o envolvimento com os objetivos e metas da companhia os motiva. Para eles, não se trata apenas de um trabalho, mas sim de uma filosofia de vida. Por isso, a grande maioria faria tudo de novo, se pudesse recomeçar a carreira.

Parar de trabalhar não faz parte do repertório dos entrevistados. Enquanto os mais jovens têm planos de crescer na carreira, os mais velhos esperam conquistar mais autonomia no futuro, seja como conselheiro ou consultor, seja abrindo seu próprio negócio.

Hobbies e lazer

Reunir amigos, jantar fora, praticar esportes - estas são algumas das principais atividades dos executivos, quando estão livres. Trinta e um por cento dos entrevistados praticam alguma atividade física ou esporte, por exemplo. A taxa é maior entre os homens (35%), do que entre as mulheres (18%). A prática preferida é a caminhada (58% das citações), à frente dos esportes individuais (31%).

Quando estão em casa, cozinhar também é uma atividade freqüente entre os dirigentes das empresas. Seja em ocasiões especiais, seja ao receber amigos, a culinária é a segunda atividade doméstica mais citada pelos entrevistados, atrás apenas de navegar na internet.

Metodologia

A pesquisa envolveu cerca de cinco meses de trabalho, divididos em duas fases. Na primeira, foram entrevistados 23 executivos e especialistas, a fim de verificar o comportamento desses profissionais e formular hipóteses. Na segunda fase, foram realizadas 17 entrevistas em profundidade, para aprofundar as principais hipóteses do trabalho. Em paralelo, foram entrevistados 500 executivos dos três primeiros escalões das empresas para a pesquisa quantitativa.

No primeiro escalão, foram ouvidas 108 pessoas, entre presidentes, vice-presidentes, sócios-diretores e diretores-gerais. No segundo escalão, composto por diretores de áreas, como tecnologia da informação, finanças e comercial, houve mais 267 entrevistas. Já no terceiro escalão, que abrange gerentes sêniores e plenos, foram consultados 125 executivos. Em relação ao porte, foram ouvidos 184 profissionais de pequenas e médias companhias, e 316 executivos de grandes empresas. A pesquisa será apresentada em um evento para convidados, na próxima quarta-feira (21/3).

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