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Este erro é sempre grave, mas em empresa familiar é fatal

Perder a confiança da família é o que de pior pode acontecer a um profissional em empresa familiar, segundo especialista

Profissional com a mão na testa: entenda valores importantes para a família que toca a empresa (Thinkstock)

Camila Pati

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 12h32.

São Paulo – Jamais perca a confiança da liderança . Este é um conselho de carreira válido para qualquer profissional, mas, segundo o especialista em gestão estratégica de negócios e professor do Insper, Fábio Astrauskas, é especialmente importante para quem trabalha em empresa familiar .

“O pior erro que se pode cometer em uma empresa desse tipo é ter uma atitude desrespeitosa em relação aos valores da família e perder a sua confiança”, diz.

Uma particularidade das empresas familiares é que decisões são tomadas com base nas emoções mais do que em números, fatos e evidências, segundo Astrauskas. Ele dá o exemplo de uma conversa em almoço de domingo em que pessoas da mesma família decidem para onde viajar nas férias. Um filho dá a opinião, o outro rebate, o tio interfere com outra sugestão. “As decisões de negócios em empresas familiares são tomadas dessa maneira”, diz.

A deliberação emotiva é a diferença básica e que faz com que uma empresa, mesmo que não seja gerida por pessoas com vínculo de parentesco, seja considerada familiar, em oposição às companhias profissionalizadas.

“Uma empresa gerida por sócios que são amigos e não parentes, mas que tenha essa característica na tomada de decisão também é considerada familiar”, explica. Da mesma maneira há empresas familiares com estruturas totalmente profissionalizadas.

O que também é mais marcante nas empresas familiares é o fato de que valores éticos, morais e sociais tradicionais preponderam na missão apresentada ao mercado. “Esses valores muitas vezes superam os financeiros. É fácil de perceber ao ler a missão da empresa e não encontrar nada que esteja ligado à lucratividade”, diz o especialista.

Dicas para se dar bem neste ambiente

Além de conquistar a confiança e a credibilidade dos membros da família que acompanham o dia a dia da empresa, Astrauskas indica que profissionais sigam sempre para o lado da evolução e não da revolução.

É preciso saber diferenciar o que é passível de mudança e o que é inegociável para os membros da família. Empresas familiares, diz o especialista, muitas vezes possuem costumes que dificilmente serão quebrados, mas podem ser melhorados.

“Entenda quais são os valores mais relevantes para a empresa”, indica Astrauskas. Obviamente este é um conselho válido para quem quer crescer em qualquer empresa, não só a familiares.

Vale ser mais conservador em empresas mais cautelosas na tomada de decisão, como a Nestlé, por exemplo, e mais agressivo em empresas mais voltadas à lucratividade como a Ambev, segundo ele. “Serão profissionais diferentes que vão crescer nessas duas empresas”, explica.

A aderência aos valores e princípios que norteiam a empresa é tão importante quando a boa capacidade técnica e muito mais valorizado hoje em dia do que o “tempo de casa”.

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“O pior erro que se pode cometer em uma empresa desse tipo é ter uma atitude desrespeitosa em relação aos valores da família e perder a sua confiança”, diz.

Uma particularidade das empresas familiares é que decisões são tomadas com base nas emoções mais do que em números, fatos e evidências, segundo Astrauskas. Ele dá o exemplo de uma conversa em almoço de domingo em que pessoas da mesma família decidem para onde viajar nas férias. Um filho dá a opinião, o outro rebate, o tio interfere com outra sugestão. “As decisões de negócios em empresas familiares são tomadas dessa maneira”, diz.

A deliberação emotiva é a diferença básica e que faz com que uma empresa, mesmo que não seja gerida por pessoas com vínculo de parentesco, seja considerada familiar, em oposição às companhias profissionalizadas.

“Uma empresa gerida por sócios que são amigos e não parentes, mas que tenha essa característica na tomada de decisão também é considerada familiar”, explica. Da mesma maneira há empresas familiares com estruturas totalmente profissionalizadas.

O que também é mais marcante nas empresas familiares é o fato de que valores éticos, morais e sociais tradicionais preponderam na missão apresentada ao mercado. “Esses valores muitas vezes superam os financeiros. É fácil de perceber ao ler a missão da empresa e não encontrar nada que esteja ligado à lucratividade”, diz o especialista.

Dicas para se dar bem neste ambiente

Além de conquistar a confiança e a credibilidade dos membros da família que acompanham o dia a dia da empresa, Astrauskas indica que profissionais sigam sempre para o lado da evolução e não da revolução.

É preciso saber diferenciar o que é passível de mudança e o que é inegociável para os membros da família. Empresas familiares, diz o especialista, muitas vezes possuem costumes que dificilmente serão quebrados, mas podem ser melhorados.

“Entenda quais são os valores mais relevantes para a empresa”, indica Astrauskas. Obviamente este é um conselho válido para quem quer crescer em qualquer empresa, não só a familiares.

Vale ser mais conservador em empresas mais cautelosas na tomada de decisão, como a Nestlé, por exemplo, e mais agressivo em empresas mais voltadas à lucratividade como a Ambev, segundo ele. “Serão profissionais diferentes que vão crescer nessas duas empresas”, explica.

A aderência aos valores e princípios que norteiam a empresa é tão importante quando a boa capacidade técnica e muito mais valorizado hoje em dia do que o “tempo de casa”.

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