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Esta é uma área de TI com mais vagas do que profissionais

Atrair profissionais qualificados para a área de desenvolvimento de softwares tributários não é fácil, segundo gerente de RH da Synchro

Softwares para área tributária: mercado promissor por conta de novas exigência do governo (Thinkstock)

Camila Pati

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 06h00.

São Paulo - A burocracia fiscal ainda é um entrave para a produtividade das empresas brasileiras. Estudos já indicaram que anualmente mais de 2,6 mil horas são gastas com organização e pagamento de impostos.

Este e o próximo ano são ainda mais desafiadores com novas obrigações tributárias e acessórias no âmbito do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) que devem ser entregues, como ECF (Escritura Contábil Fiscal), e-Social e Bloco K.

Os efeitos da digitalização obrigatória de informações tributárias e fiscais - de empresas e também de contribuintes - chegam ao mercado de trabalho . Para dar conta de entregar todas as demandas no prazo e evitar multas e autuações, profissionais da área de tecnologia da informação estão sendo recrutados para trabalhar na área tributária.

E apesar da reclamação geral no mercado de trabalho em relação às parcas oportunidades disponíveis, Maria Clara Peixoto, gerente de Recursos Humanos da Synchro, especializada em soluções digitais, diz que é difícil atrair profissionais de TI para a área tributária. O fato de o setor de TI continuar aquecido mesmo em tempos de crise, torna ainda mais difícil encontrar profissionais qualificados dispostos a trabalhar com softwares tributários.

“A pessoas que trabalham com TI têm, em geral, um perfil mais arrojado, dinâmico e, muitas vezes consideram a área fiscal/tributária chata ou complicada. Mas, é possível ser inovador nesta área”, diz ela.

Perfil e salário
Os salários na área de TI podem chegar até 20 mil reais, para profissionais muito experientes. Jovens em começo da carreira recebem bem menos: 2,5 mil, em média, segundo Maria Clara. A ascensão de carreira, de acordo com ela, pode ser rápida já que há falta de pessoas qualificadas.

Intraempreendedorismo é a qualidade mais procurada nestes profissionais, segundo a gerente de RH da Synchro. “Precisamos de pessoas que tenham visão de dono da empresa, que queiram ir além de escrever códigos e desejem se envolver no negócio, resolver o problema do cliente”, diz Maria Clara.

Descobrir as necessidades dos clientes, na maioria das vezes profissionais da área de contabilidade, e propor soluções digitais que facilitem o trabalho deles é um dos desafios diários do gerente de TI da Synchro Paulo de Freitas.

Trabalhando com desenvolvimento de software desde 2003, ele “caiu” na área tributária por acaso quando a oportunidade apareceu diante dele. Hoje, diz gostar bastante do trabalho e faz coro para vencer o preconceito dos profissionais de TI em relação à área tributária.
“Muita gente acha que a gente usa tecnologias ultrapassadas, mas não é verdade. Trabalhamos com tecnologia de ponta, em grande parte do tempo”, diz. Trabalho maçante? De jeito nenhum, diz ele. “ Há espaço para inovação e é possível fazer coisas diferentes”, diz.

Ele destaca a capacidade crítica e analítica como qualidades importantes para o trabalho na empresa. Os conhecimentos técnicos necessários não são muito diferentes daqueles exigidos aos desenvolvedores de forma geral. É preciso dominar linguagens e tecnologias como Java, MySQL, HTML, CSS e Javascript. Mas, segundo Freitas, além de MySQL, os profissionais também devem saber outras tecnologias de bancos de dados, de uma forma mais abrangente.

São Paulo - Não é raro ver grandes empresas de tecnologia dizerem que, na hora de contratar, não se importam muito com a reputação da universidade frequentada pelo candidato. Em entrevista exclusiva a EXAME.com, a responsável pelo RH do Google no Brasil disse que a multinacional prefere "um bom aluno de uma faculdade de segunda linha a um aluno medíocre de uma faculdade de primeira linha". Mas quais são, na prática, as faculdades com mais ex-alunos contratados pelas gigantes do mercado de TI? Com a ajuda de uma ferramenta que cruza informações compartilhadas pelos usuários do LinkedIn , ficou mais fácil descobrir a resposta.  Nesta galeria, reunimos as instituições brasileiras que mais aparecem no currículo de quem é contratado por empresas como IBM, Microsoft, HP e Facebook. O ranking se refere à amostra de usuários que divulgaram no LinkedIn tanto seu empregador atual quanto seu passado acadêmico. Navegue pelas fotos para ver as informações.
  • 2. IBM

    2 /12(Joern Pollex/Getty Images)

  • Veja também

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)1.235
    Unip (Universidade Paulista)887
    PUC-Campinas (Pontifícia Universidade Católica de Campinas)787
    Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)518
    Universidade Presbiteriana Mackenzie490
  • 3. HP (Hewlett-Packard)

    3 /12(Simon Dawson/Bloomberg)

  • Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)534
    Unip (Universidade Paulista)384
    PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)212
    Universidade Presbiteriana Mackenzie210
    USP (Universidade de São Paulo)187
  • 4. Microsoft

    4 /12(Carlos Barria/Reuters)

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)246
    ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing)133
    USP (Universidade de São Paulo)123
    Universidade Presbiteriana Mackenzie123
    Unip (Universidade Paulista)83
  • 5. Google

    5 /12(Mark Wilson/Getty Images)

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing)146
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)131
    USP (Universidade de São Paulo)126
    Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa)48
    PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)46
  • 6. Oracle

    6 /12(Stephen Lam/Reuters)

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)350
    USP (Universidade de São Paulo)138
    Universidade Presbiteriana Mackenzie118
    Unip (Universidade Paulista)114
    ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing)89
  • 7. Dell

    7 /12(Sean Gallup/Getty Images)

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)572
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)334
    UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)327
    Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)314
    Ulbra (Universidade Luterana do Brasil)185
  • 8. Ericsson

    8 /12(Casper Hedberg/Bloomberg)

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)251
    Unip (Universidade Paulista)140
    Inatel - Instituto Nacional de Telecomunicações119
    USP (Universidade de São Paulo)118
    Universidade Presbiteriana Mackenzie111
  • 9. Apple

    9 /12(REUTERS/Mike Segar)

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)50
    USP (Universidade de São Paulo)30
    Universidade Anhembi Morumbi30
    Unip (Universidade Paulista)24
    PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)16
  • 10. Samsung

    10 /12(Getty Images)

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)76
    Unip (Universidade Paulista)59
    Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)52
    ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing)32
    Uniban (Universidade Anhanguera)26
  • 11. Facebook

    11 /12(Meg Roussos/Bloomberg)

    Instituição de ensinoNº de ex-alunos na empresa
    ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing)41
    FGV (Fundação Getúlio Vargas)30
    USP (Universidade de São Paulo)27
    Universidade Presbiteriana Mackenzie17
    PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)16
  • 12. Veja agora as 15 melhores empresas de TI para trabalhar no Brasil

    12 /12(Flickr/Creative Commons)

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