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Essas empresas estão testando os 4 dias de trabalho, mas indicam um grande desafio pela frente

Pesquisa realizada pela 4 Day Week Brazil, FGV e o Boston College mostra diferentes fatores positivos que o teste da escala 4x3 trouxe para as companhias, mas um ponto as preocupa

Após três meses testando a escala 4x3 (4 dias de trabalho e 3 de folga), essas companhias apresentaram dados positivos no Brasil  (Dragon Claws/Getty Images)

Após três meses testando a escala 4x3 (4 dias de trabalho e 3 de folga), essas companhias apresentaram dados positivos no Brasil (Dragon Claws/Getty Images)

Publicado em 5 de maio de 2024 às 14h02.

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Já pensou trabalhar 4 dias por semana? É o que 21 empresas estão dispostas a fazer ainda este ano no Brasil. Após três meses testando a escala 4x3 (4 dias de trabalho e 3 de folga), essas companhias apresentaram dados positivos para a 4 Day Week Brazil, FGV e o Boston College, instituições responsáveis pelo teste no país.

Entre as principais conclusões do relatório do teste, se destacam:

“Acredito que essas empresas estão dando um passo importantíssimo para revolucionar o mundo do trabalho, possibilitando mudanças na forma de trabalhar, se tornando mais produtiva e saudável”, afirma Renata Rivetti, fundadora da Reconnect, empresa que trouxe o piloto da semana de 4 dias para o Brasil.

“Está na hora de assumirmos que essa sociedade que não tem mais tempo para nada não é produtiva e está caminhando para o esgotamento. A semana de 4 dias traz mais produtividade, sustentabilidade humana e qualidade de vida”, diz Rivetti.

Para o primeiro relatório foram coletadas 205 respostas, o que representa que 71% dos participantes responderam ao questionário. Ao todo, 280 colaboradores com idades acima de entre 18 e acima de 50 anos participaram do projeto. Dentro deste número, 38.1% são homens e 59.3% mulheres. Já os modelos de trabalho em que atuam são 40.2% presencial; 34.4% remoto e 25.4% em modelo híbrido.

O que falta para a escala 4x3 ser aprovada?

Apesar desses diferentes resultados positivos, as empresas se depararam com um desafio em comum: ter o engajamento de todos durante a mudança na forma de trabalhar.

“Falta as pessoas compreenderem que precisarão de mais foco, reduzir improdutividade, como reuniões mais eficientes. Então, para que de fato o resultado se mantenha é preciso comprometimento de todos, principalmente com a gestão de prazo”, afirma Rivetti.

Como funcionou o teste?

Após o período de inscrições, as empresas passaram pela fase de treinamento e de teste piloto:

Treinamento: a empresa contou com 10 master classes para aprenderem a metodologia. Participaram também das pesquisas com a Boston College.

Teste piloto: começou em janeiro deste ano, em que a carga horária de trabalho foi diminuída para 4 dias da semana. É a fase em que as empresas praticaram todo o conteúdo que foi preparado. A duração do teste será de 6 meses, ou seja, até junho.

Quais são as empresas que realizaram o teste?

. Ab Aeterno

. Brasil dos Parafusos

. Clara Associados

. Clementino & Teixeira Advocacia

. GR Assessoria Contábil

. Greco Design

. Haze Shift

. Hospital Indianópolis

. Innuvem

. Inspira

. Maker Brands

. Mol Impacto

. Noono

. Oxygen Hub

. PiU Comunica

. Plongê

. Rede Alimentare

. Smart Duo

. Soma CSC

. tks4s

. Uma empresa não autorizou

“É normal ficar com medo do novo, mas as empresas que não entrarem, certamente ficarão para trás. Ser protagonista dessa mudança dá poder e pode trazer esses ganhos tão necessários hoje no mercado de trabalho”, afirma Rivetti.

Quando a escala 4x3 será implementada?

O teste piloto ainda está em andamento e deve acabar em junho deste ano. Após esse mês, todas as empresas estão dispostas a implementar a escala de 4 dias de trabalho.

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