Mulher olha para cima com semblante de dúvida, confusão (ferlistockphoto/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2022 às 17h56.
Por Talita Oliveira, professora de inglês e sócia da Companhia de Idiomas
Chegou a hora de falar sobre erros comuns que (quase) todo estudante de inglês já cometeu! Mas antes disso, vale começar com uma pequena reflexão sobre o papel dos erros.
Em nossa sociedade, errar nunca foi realmente visto com bons olhos. Devido ao histórico da maioria das pessoas como aprendizes em contexto escolar, existe a tendência de valorizar demais as notas excelentes.
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Isso sem falar no estresse que certos erros causam. É possível ver um aprendiz que tire 9.5 numa prova, e só fique realmente “encucado” com o 0.5 que não obteve.
Recentemente, no entanto, essa perspectiva tem mudado. Mais pessoas têm discutido sobre a importância do erro em qualquer coisa que se aprenda. E quando pensamos na aprendizagem de idiomas, isso se encaixa perfeitamente, já que um aprendiz que não comete erros, pode estar se privando da chance de receber feedback e avançar.
Sem falar que há os erros de omissão. Por exemplo: um aprendiz que não se expõe nas habilidades mais produtivas (como falar), pode nem estar utilizando algo que aprendeu em termos de gramática. E como será possível perceber se esse aprendiz consegue ou não utilizar, caso não haja a prática e os erros apareçam como parte natural do processo?
Outra questão importante é observar os sentimentos nos momentos em que se recebe feedback/correções. Não deve ser um momento que causa frustração ou estresse. E se esses momentos se tornarem uma parte tranquila da jornada, não provocarão sentimentos ruins que prejudiquem a aprendizagem.
Por outro lado, existem momentos em que não queremos errar. Naquela reunião ou entrevista de trabalho importante, ou naquela apresentação para a qual você tanto se preparou. É pra esses momentos que você vai desejar ter se preparado MUITO e ter cometido muitos erros nas suas práticas anteriores, porque aí sim você terá minimizado os erros que não quer cometer mais.
Podemos até pensar que existem tipos de erros. Alguns erros talvez não seriam percebidos numa conversa, é provável que um falante nativo talvez nem note um erro que te preocupou tanto na interação, caso esse erro não tenha causado ruptura na comunicação. E aí existem aqueles erros que realmente podem causar problemas. Nesse caso, mais atenção na prática é fundamental.
Depois de refletir um pouquinho, veja aqui alguns exemplos de erros super comuns (especialmente para falantes de português). Conhecê-los pode ajudar a saber como praticar para reduzi-los, se assim desejar:
Esse diz respeito a tendência que temos de acrescentar um som a mais ao final de consoantes, como um sonzinho de “i”. Treine evitando colocar esse som ao final das seguintes palavras: THAT, BOB, WALK, TALK
Aqui acontece o erro de confundir os dois sons. Treine com alguns pares: HOME x ROME, HOLE x ROLE, HATE x RATE
Existe a tendência de pronunciar demais este som no final, alogando a sílaba. Pratique e perceba que na maioria dos casos, o som do E nem aparece. Algumas palavras para treinar: HELPED, WASHED. DANCED, CALLED, CLEANED
Aqui é necessário diferenciar bem os sons. O M ao final deve ser feito com os lábios se fechando. Pratique os pares: GUM x GUN, TEAM x TEEN, SCAM x SCAN.
Observe que ele não deve ser pronunciado como som de “u”. O L deve fazer a língua subir mais. Pratique: BALL, CALL, TELL, WILL
E agora fica aqui um desafio para você! Consegue pronunciar a lista a seguir corretamente?
Selecionamos palavras que são erradas MUITO frequentemente:
Acertou todas? Lembre-se que não há problema nenhum se tiver errado, a chave é praticar! Se quiser conferir, use o site Youglish, ou um bom dicionário online.
Aprender um pouco sobre o Alfabeto fonético internacional (IPA), pode ajudar muito também.
Keep studying!
Sobre Talita Oliveira
Formada em Letras (Português e Inglês) e mestra em Ensino-Aprendizagem de Língua Estrangeira pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), Talita Oliveira é professora de inglês há 11 anos e trabalha com a criação de cursos em Ambiente Virtual de Aprendizagem na Companhia de Idiomas. Também já foi bolsista Fulbright na Universidade da Georgia, atuando no ensino de Língua Portuguesa. Quer falar com ela? talita.letrasufscar@gmail.com ou Instagram @teachertali